Capítulo 3

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DIEGO

Eu realmente estou intrigado com a atitude de Iara, eu sei que ela quer me dar uns beijos, não há outra explicação para ela ter me secado a aula de educação física inteira. 

E bom, eu também quero dar vários beijos nela, não tem motivo nenhum para toda essa enrolação, mas não me importo se ela gosta de um pouco de jogo. 

Eu amo jogos, amo competições, amo ganhar competições, e sei que vou ganhar contra Iara. Rio só de imaginar uma vitória dupla, seria tudo para o meu ego.

Iara me diverte, gosto do jeito dela. Muitas garotas que são inteligentes, são quietas e às vezes chegam até se achar superiores por causa disso. Gosto de garotas divertidas, confiantes, inteligentes, mas que também são bobas e sempre estão bem arrumadas. 

Esse é meu tipo, mas na verdade se qualquer garota quiser ficar comigo e eu estiver interessado, é o resultado de uma equação perfeita. Falo assim, mas nunca namorei nenhuma menina assim, acabei namorando Larissa – que ficou puta por eu não ter escolhido ela.

Hoje, devo admitir, que foi um dos melhores dias da minha vida. Foi lindo ver a cara de derrotado de Arthur quando disseram que meu time era o vitorioso, e foi mais prazeroso ainda marcar um ponto em Iara. 

Eu estaria perfeitamente no céu, se ela não tivesse aceitado ir pra minha festa sendo companheira do filha da puta do Arthur, e ainda ter gritado isso no meio da quadra com toda a sala escutando. 

Meu ego ficou machucado, não nego, mas jamais abalado. Gostei da atitude dela, mostra que ela é atrevida e foda para caralho, admiro isso nela.

Ela ter me rejeitado, só me fez minha vontade de beijá-la aumentar, aumentar para caralho. Quando eu pisco, eu imagino ela me beijando. Quando eu tô sorrindo para o nada, é porque tô imaginando ela sentando forte em mim. Quando suspiro leve, é porque tô imaginando ela sentando no meu rosto – e eu estou cansado só de imaginar.

— Tu me escutou? – Adrian estala o dedo na minha frente. Ele revira os olhos. — Deu 450, tu fica me devendo 50.

— Tu vai me cobrar 50 reais? – pergunto, indignado.

— Tu tem sorte de eu não te cobrar 400.

— Cara, tu disse que era meu presente de aniversário.

— Até 400 reais – ele me lembra. Reviro os olhos.

— Aniversário fulerage esse – pego quatro sacolas cheias de bebidas.

A sorte de ter um irmão mais velho, é que ele já está com mais de dezoito anos e posso sempre arrastar ele para qualquer canto se quero comprar bebidas para mim – não preciso mais pedir para o nosso porteiro. As sacolas estão cheias de vodka, leite condensado, algumas frutas – morango, limão e laranja –, Smirnoff Ice e cervejas, já Adrian está carregando os gelos. 

Porra, bebidas tão ficando muito caras, se bem que tô comprando pra embebedar mais de quarenta adolescentes.

Adrian abre o bagageiro da Hilux dele e coloco as sacolas, ele coloca os gelos.

— Já ligou pro titio e confirmou as pizzas? – ele pergunta, entrando no carro. Queria tanto que Adrian deixasse eu dirigir a Hilux dele, mas ele sequer deixa eu chegar 10cm perto do volante.

— Daiane fez isso. O padrinho é dela – digo. Pego meu celular e volto para o Instagram, uma notificação surpreendente aparece pra mim.

@iara_rm começou a te seguir.

A Competição [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora