Capítulo 21

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DIEGO

O treino está perfeito, mais perfeito que isso só tempo de Português – espero que entendam essa piada, me esforcei para pensar nela.

Eu nunca tive um dia ruim no vôlei, modéstia parte, meus sentimentos sempre foram muito influentes, eu sempre consigo fazer com que o resultado seja positivo. 

Se estou feliz, vai ser a melhor partida de todas, minha felicidade toda é colocada no vôlei. Se estou triste ou ansioso, o vôlei me acalma e no final estou relaxado. Se estou com raiva, deposito toda minha raiva no vôlei e no final estou calmo. Emoções nunca me atrapalharam, muito pelo contrário, sempre foram meu motor.

E agora estou no melhor momento, a felicidade está esbanjada em todo meu rosto. Um sorriso de canto a canto. Pô, estou ficando com a menina mais perfeita de todas. Iara é simplesmente… tudo.

Diferente das outras vezes, quando eu ficava com algumas meninas, quando estou com Iara só penso nela. Meu pau só pensa em Iara. Cara, acho que é isso que chamam de ficar enrolado, e eu digo com orgulho que estou enrolado para caralho.

Não quero ser o ficante sério dela, quero ser mais, quero ser aquele que quando entra na quadra, ela aponta e grita: "É meu namorado, porra!". Quero isso.

Por isso, preciso ser perfeito no nosso primeiro encontro, na nossa primeira vez, mas o problema é que não sei o que fazer. Nunca tive um primeiro encontro com Larissa, me arrependo um pouco disso, e quero fazer diferente com Iara.

Quero que ela se sinta o quão especial ela é para mim. Preciso fazer do nosso encontro, o melhor dela. Preciso fazer da nossa primeira vez, o sexo mais incrível de todos.

Caralho, parece até que voltei há alguns anos atrás quando topei tirar a virgindade da Isabella, a crente que chamou Iara de puta. Ser o primeiro de uma garota é uma responsabilidade enorme, responsabilidade essa que eu nunca mais quero ter.

A treinadora está fazendo uma nova tática de treino. Você deve recepcionar o saque do adversário e também deve contra atacar, não é nada fácil fazer os dois ao mesmo tempo, especialmente quando a minha dupla é o canalha do Arthur e ele bota para lascar.

— Porra! – resmungo, ao errar o ataque. Minha recepção foi boa, mas não boa o suficiente para um contra ataque. — Cara, você deveria ajudar também – reclamo com Arthur.

Ele tampa os ouvidos, como criança. — Irmão, não tô te escutando, foi mal ó – ele saca mais uma vez, a bola parece um torpedo.

Mais uma vez recepciono perfeitamente, dessa vez, minha recepção é muito melhor e consigo fazer um contra ataque, contra ataque esse que Arthur não consegue pegar.

— Se fode aí, cuzão – mostro meu dedo do meio. Arthur consegue estragar meu bom humor.

— As princesas vão ficar conversando ou vão treinar? – a treinadora grita, o time inteiro para observar eu e Arthur. Nós dois suspiramos, pensei que a esse ponto, todos já tinham se acostumado com as minhas brigas com Arthur. — Não escutei, porra!

— Desculpa, treinadora – nós dois pedimos, emburrados.

A verdade é que a minha rivalidade com Arthur é tão antiga que eu não me lembro o porquê direito, tenho quase certeza e não ao mesmo tempo que foi por causa da Daiane. Porém, devo admitir, essa rivalidade é ótima para mim, rivalidades saudáveis como essa que me fazem sempre querer melhorar.

Foi a mesma coisa que aconteceu quando Iara chegou, ela chegou tão confiante e preparada para me desafiar que eu não resisti. Sou competitivo, não resisto a nenhuma competição. A maneira que ela apareceu acendeu um fogo enorme em mim, uma necessidade enorme de me esforçar mais e manter meu primeiro lugar.

A Competição [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora