Capítulo 18

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Acordo com o sol invadindo a janela, abro os olhos e não vejo Paulo ao meu lado, me levanto lentamente e abro os olhos devagar, vejo um bilhete na mesinha ao lado da cama.

" Fui pra academia, 8:30 chego em casa.
                 Com amor, Paulo."

Sorrio ao ler o "com amor". Mas perai, 8:30? Olho no relógio que marcava 7:15. Af ainda falta muito tempo pra ele chegar. Tomo um banho de uns 15 minutos, coloco um shorts meio rasgado, uma blusa preta meio larga com o número 87 escrito na frente em branco, visto meu querido vans preto, penteio o cabelo, e o amarro em um coque frouxo, pego meu celular e vejo que está lotado de mensagens em todas as redes sociais, não ia perder tempo lendo tudo agora, então olho somente a primeira que tinha acabado de ser enviada no meu twitter: "Qual é sua opinião, em relação aos ciúmes das fãs pelo Paulo?". E então já imagino como é o resto das outras perguntas, bom mas isto leio depois, não to com cabeça pra ler tudo agora. Desço as escadas e vou até a cozinha, Cintia me cumprimenta com um sorriso, ela é a nova empregada e cozinheira da casa, ela me diz bom dia e eu lhe digo o mesmo, pego uma maçã e vou em direção à chave do carro e a do apartamento.

- A senhora não vai tomar café, Srta.Jheiny?- ela diz toda formal.

- Por favor Cintia, apenas Jhe, sem o Srta.- digo quase a implorando pra não me chamar de velha denovo, penso isso e sorrio pra mim mesma.- Não eu vou tomar café em uma padaria aqui perto, daqui uns 20 minutos já estou de volta.- digo por fim.

Vou até um bar e compro um maço de cigarros, depois vou até a padaria que fica do lado desse bar e como alguma coisa, saio e acendo um cigarro, resolvo andar até uma praça pra comprar algodão doce, atravesso a rua e um carro quase me acerta em cheio.

- Ooh seu filho de uma puta, não olha por onde dirige não? Seu desgraçado!- falo nervosa e chingando o cara, ele para o carro e desce pra ver se eu estou bem.

- É.. V-você ta bem?- ele pergunta meio gaguejando, uau! Ele até que não é feio, mas ele me atropelou e estou brava, então pode parar por ai Jhe, penso.

- Ha claro, com toda certeza!- digo.- POR ACASO VOCÊ ACHA QUE EU TO BEM? VOCÊ QUASE ME ATROPELOU, QUER DIZER, VOCÊ ME ATROPELOU! OLHA O MEU PÉ!- digo gritando e aponto pro meu pé que estava torcido e quebrado, então como eu percebo ele começa a doer, droga!

- Me desculpa, por favor, e-eu..- ele diz mas ele se interrompe.- Qual seu nome?

- Oque?- digo não acreditando no que ele perguntou.

- Eu perguntei qual é o seu no..- ele diz mas o interrompo.

- EU SEI QUE VOCÊ PERGUNTOU MEU NOME, mas eu to com o pé quebrado, isso ta doendo e você me pergunta meu nome? Pelo amor né..- digo.- É Jheiny.- digo por fim.

- É desculpa.- ele diz.- Vem vou te levar pro médico.- completa.

- E eu vou entrar no carro de um estranho? Nunca.- digo a ele.

- Não complica por favor.- ele diz.

- Tá posso saber pelo menos o seu nome?- digo entrando no carro e ele segue dirigindo.

- Lucas Scanner.- ele diz.

- Perai! Não me diz que você é o filho do dono da maior empresa de moda do Brasil?- digo não acreditando naquilo.

- É, sou, e essa blusa ai, é da empresa do meu pai.- ele diz e sorri.

- Eu sei, idiota, mas cara, eu não acredito nisso! Scanner's! A marca de roupas que eu mais uso, é a que seu pai é dono.- digo.- Você bem que poderia me enviar umas roupas né, já que você quaseeee me matou.- digo por fim.

- Eu só quebrei o seu tornozelo.- ele diz rindo.

- Não interessa é atropelamento do mesmo jeito!- digo cruzando os braços e o encarando, ele apenas me encara também e não diz nada.- Ei o carro!- digo gritando, aponto para frente e ele cai em si, olha pra frente e joga o carro com tudo pro lado.

- TÁ QUERENDO TERMINAR DE ME MATAR É?- digo gritando.

Destinos CruzadosOnde histórias criam vida. Descubra agora