Acordei com o barulho do vento, que entrou muito forte pela janela e derrubou um abajur, fui olhar a hora no celular e marcava 6:30. Não consegui dormir depois, estava com uma forte dor na barriga, achei normal, tomei um remédio pra ver se melhorava, sentei na sacada, e fiquei lendo alguns livros pelo celular, o céu estava tão lindo, ainda estava um pouco escuro, mas podia ver uns raios de sol ainda fracos, eu estava com uma vontade enorme de fumar, mas eu ainda não tinha comprado cigarros, e nem estava com o meu narguilé ali, as únicas que sabiam que eu fumava era Isa e Bia, e como percebi que Paulo não curte essas coisas, muito pelo contrario, resolvi nem comentar com ele. Deixei o celular de lado, e fiquei admirando aquela paisagem, batia um vento e aquilo dava um sensação maravilhosa de liberdade, eu nunca havia parado pra admirar o céu assim antes. As horas passaram e deu 7:40, Paulo ainda não tinha acordado, então resolvi fazer um café da manhã caprichado pra gente, afinal não custa nada mimar um pouquinho, né? Ele já fez tanta coisa por mim. Fui até a cozinha preparei algumas torradas, peguei algumas frutas e fiz um suco, resolvi ir até o quarto levar pra ele, já que não havia acordado ainda. Entrei no quarto e puis a bandeja sobre a mesinha, fui até Paulo, e dei um selinho nele, que logo abriu os olhos lentamente e deu um sorriso largo.
- Bom dia meu amor.- eu disse sorrindo.
- Bom dia pequena.- ele disse também sorrindo e me selou.
- Fiz um café da manhã pra gente.- disse e peguei a bandeja colocando ela sobre a cama.
- Nossa, desse geito fico mal acostumado ein!- ele disse brincando e sorriu.- Que horas são pequena?
- 8:00, e você dorme demais, fiz o maior barulho e você nem acordou.- disse rindo e ele riu também.
- Tá acordada desde que horas?- ele disse pegando uma das torradas.
- Desde as 6:30, não consegui dormir depois, então quis te mimar um pouquinho, mas não se acustuma não viu?- disse e nos rimos.
- Tá explicado esse amor todo, tava sem nada pra fazer, e resolveu me agradar.-ele disse tentando ficar sério, mas não deu muito certo e logo nos caimos na risada.
- Idiota.- disse rindo e ele riu também.
Terminamos de comer e coloquei a bandeija sobre a mesinha novamente.
- Vamos assistir alguma coisa?- ele disse pegando o controle e ligando a tv do quarto.
- Não sendo aquele filme do Rio denovo pode até ser.- disse e nos rimos alto.
- Ha dessa vez to pensando em assistir Madagascar, sei lá.- ele disse me zoando e eu olhei pra ele rindo com uma cara de "vai se fuder".
- Quero assistir How to Rock!- eu disse pegando o controle da mão dele e trocando de canal.
- Essa série é muito chata, e eu não gosto daqueles carinhas da banda lá.- ele disse rindo e eu ri também.
- Mas é exatamente por isso que eu quero assistir essa série.- eu disse.
- Porque eu não gosto dela?
- Não, porque eu quero ver os carinhas, que alias são perfeitos, imagina eu com um deles!?- eu disse rindo, ele fechou a cara e ficou me encarando.
- Ha mais tu não vai assistir isso ai nem pagando.- ele disse e veio pra cima de mim tentando pegar o controle.
- Para de graça Paulo.- eu disse rindo e tentei fugir dele, que também estava rindo.
- To falando sério Jhe, tu não vai assistir aqueles carinhas, eu não vou deixar, tá pensando oque?- ele disse rindo até que conseguiu pegar o controle de mim.
- Não é justo Paulo! Tu é bem mais alto e mais forte que eu! Assim não vale.- eu disse com uma carinha triste e ele riu.
- Eu disse que tu não vai assistir aquela série Jhe.- ele disse rindo e eu taquei uma almofada nele.
- Idiota, tu me paga.- nos rimos e ele tacou outra almofada em mim.
E assim iniciamos uma guerra de almofadas, até que por incrivel que pareça, eu consegui pegar o controle e coloquei no How to Rock.
- Poxa Jhe, tu é muito chata cara.- ele disse e nos rimos.
- Eu disse que tu ia me pagar!- eu disse rindo e caimos na cama, com a respiração ofegante, por causa da "guerrinha".
- Vou deixar tu assistir, só porque sou da paz, mas é só hoje ein!- ele disse rindo.
- Tu Paulo? Da paz?- eu disse e ri alto.- E tu só vai deixar eu assistir porque consegui pegar o controle e escondi ele, só por esse simples fato!
- Você só vai assistir, porque foi mais esperta que eu.- ele disse e riu.- "Só por esse simples fato!".- ele disse tentando imitar minha voz e riu.
- Vai te fuder Paulo.- eu disse rindo e dei um tapa no ombro dele.
- Tu é chata ein?- ele riu, eu tentei ficar séria, mas assim como ele não deu certo, e nois rimos pra caramba.
Ficamos ali assistindo a série e rindo, de coisas bobas, um hora e outra Paulo chingava os carinhas da série, eu ria alto, e fazia questão de ficar elogiando eles, só pra provocar ciúmes em Paulo, que toda vez que eu fazia isso, fechava a cara, era tão engraçado. O episódio da série terminou e Paulo sorriu de alegria, desligamos a tv, e ficamos deitados juntinhos na cama, conversando sobre coisa idiotas, e totalmente sem sentido. Era tão bom ficar nessa paz, o ar estava tão leve, era visivel a felicidade em nossos olhos.
" São essas coisas tão simples, que nos fazem felizes, não precisa de muito pra ser feliz, um lugar e a pessoa que se ama, já são o suficiente. Gestos tão simples cativam, e isso nos faz pessoas melhores."
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Destinos Cruzados
Fiksi PenggemarNós tínhamos tudo pra dar certo, tudo pra seguir uma vida juntos. Mas parece que sempre algo vai atrapalhar, sempre vai dar algo errado. As pessoas pensam que tem uma vida difícil, mas elas não viram a situação da minha. Às vezes fico pensando, e...