Destinos Cruzados

Capítulo 3

Narrador POV On

O carro deles havia batido em um caminhão que transportava gás, pra um pouco de sorte deles, a ambulância que Jheiny havia chamado estava logo atras, Bia e ela sobreviveram, mas Pedro já tinha perdido muito sangue e não aguentou a batida. Melissa tentou fugir quando viu a movimentação, mas um dos policiais foi atras dela pois tinha visto uma arma em sua mão. Ela foi levada para a delegacia junto com Junior e seus capangas, Bia e Jheiny para o hospital, e Pedro para o IML.

Narrador POV Of

Acordei em um hospital, havia uma bolsa de sangue conectada a mim, olhei um relógio na parede, que marcava 7:40, não lembrava de nada depois de ver aquela luz. Imaginei oque havia acontecido e as lagrimas começaram a cair. Estava em um quarto, e um cara, que nunca tinha visto na vida estava dormindo em uma cadeira, ele era bem bonito, físico forte, tatuagens por todo corpo, um cabelo mais que arrumado e roupas super estilosas. Estava apenas eu e ele no quarto. Comecei a chorar, de decepção comigo mesma, não era pra isto ter acontecido. O cara que estava ali dormindo acordou, e me viu chorando. Fiquei assustada com tudo aquilo e me apavorei quando ele se aproximou de mim. Ele chegou mais perto e falou comigo.

Paulo POV On

- Oi, não precisa ficar assustada.

- Quem é você? Nunca te vi na vida, oque você tá fazendo aqui?- perguntei assustada.

- Calma ai pô! Meu nome é Paulo, sou amigo do Nathan, ele ficou sabendo do acidente que você sofreu e pediu pra mim ficar contigo aqui, já que ele tá ocupado lá com a Bia.

- Entendi.- Foi ai que lembrei da Bia, e do meu pai, MEU PAI.- Onde tá a Bia? E o meu pai? Oque aconteceu com eles? Me diz!- disse nervosa.

- Você é muito rápida fazendo perguntas. Olha..

- Não me enrola, fala logo Paulo! Oque aconteceu?!

- Não fica nervosa, você vai precisar ser forte.

- N-não! Não p-pode ser oque e-eu to pensando.- disse com os olhos lagrimejando e uma dor enorme no peito.

- A Bia ta bem, mas seu pai, ele..

- FALA LOGO PAULO!- eu disse chorando, sem paciência e apavorada.

- O seu pai morreu Jhe, ele morreu.

Essas palavras ficavam na minha cabeça, como eco, "seu pai morreu". Senti meu coração gritar, meu corpo entrou em choque, e eu paralisei. Não tinha reação nenhuma. Não escorreu mas nenhuma lagrima depois que Paulo disse isso, eu fiquei sem reação, não conseguia nem chorar, eu não sentia medo de nada. Nunca tinha sentido isso antes.

Paulo POV On

Como ela era linda. Tão meiga com aqueles olhos verdes hipnotizantes. Acordei com o barulho dos seus choros, e foi horrível ter que dar aquela noticia pra ela. Achei estranho, pois antes de eu dizer aquilo ela estava fazendo um rio de lagrimas, mas quando eu disse, ela não derramou se quer mais uma lagrima. Ela ficou paralisada, eu senti que seu corpo entrou em choque. O meu também entrou junto com o dela, parecia que tínhamos uma ligação muito forte, parecia que nos conhecíamos a muitos anos.

- Ei! Você ta bem?- perguntei.

- Como eu poderia estar bem? Acabei de descobrir que meu pai morreu e você acha que eu estou bem?- ela me respondeu gritando. Eita, além de linda é grossa. Mas eu entedia seu lado.

- Eu.. Eu sinto muito. Você quer que eu ligue pra sua mãe? Sei lá, não vi ela ainda, acho que ela não esta sabendo.

- Eu não sei onde ela esta! Me deixa por favor.- ela disse baixo e ai as lagrimas rolaram.

- Ela não ta na sua casa? No trabalho dela sei la?!

- Eu não tenho mais ninguém! Minha mãe me abandonou quando eu era pequena e agora descubro que meu pai morreu. Eu não tenho mais nem casa se você quer saber!- ela disse chorando.

- Como assim? Você tem sua herança, deve ter algum parente, ninguém fica sem nada desse jeito!

- Pois é, eu fiquei, olha ai como sou sortuda! Minha herança é todinha da minha madrasta, a casa, os carros, e todo o dinheiro! Eu não tenho nada além das minhas amigas e das minhas roupas!- ela disse com o rosto vermelho de tanto chorar e pude ver que ela estava muito assustada.

- Não é verdade..

- Ha é? E o que mais eu tenho então?- ela disse chorando e irônica.

- Eu..-ela riu debochada.- To falando serio, pode ficar no meu apartamento se quiser, moro sozinho. Eu posso te ajudar, a gente não se conhece, mas eu senti uma ligação muito forte com você! Eu to disposto a te ajudar!

- Você não pode estar falando serio. Eu também senti essa ligação, mas como eu vou confiar em você? Eu acabei se te conhecer!

- Ei, fica tranquila, é difícil acreditar que alguém possa ser tão bonzinho assim, mas eu sou um pacote completo né?!- nos rimos.- Te garanto que não sou estrupador nem assassino, pergunta pro Nathan, mas nada impede a gente de dar uns pegas de vez enquando né?! Q-quer dizer.. Ha deixa pra la. Mais e ai? Cê topa?

- Você é bem safado e convencido né? Bom isso é melhor que morar na rua né? Tá pode ser, mas antes precisamos ter uma conversa seria entre eu, você, Nathan e as meninas!

- Ok, ok. Você que manda, agora descansa um pouco, você precisa.

- Trás noticias da Bia pra mim?

- Não mandei você ir descansar?

- Ninguém manda em mim querido! Mas é serio, trás notícias dela, por favor.- ela disse com uma carinha tão fofa que não resisti.

- Ta, vou procurar saber o estado dela. Agora descansa.

- Obrigada.- ela disse e eu dei um beijo em sua testa.

Tão pequena, mas tão forte por dentro. Senti pena dela por tudo que havia acontecido em tão pouco tempo. Mas as vezes, é necessário acontecer esse tipo de tragédia para coisas melhores entrarem em ação. Sai do quarto e fui atras de Bia.