P.s: Leiam ouvindo a música que vocês acham mais triste!
Assim que cheguei em Campo Largo, peguei um taxi e fui direto pro hospital em que Paulo estava, eu não consegui parar de chorar um minuto se quer, coloquei um óculos escuro pois eu estava com olheiras horríveis, e com certeza as flyers, a essa altura do campeonato, já estavam sabendo de tudo, e sem sombra de dúvidas estariam la na frente do hospital.
Cheguei e logo ouvi a gritaria das fãs, algumas batiam fortemente no taxi quando perceberam que quem estava lá dentro era eu, pedi para o moço estacionar bem na entrada do hospital e me esperar ali fora, disse que o pagaria o quanto ele quisesse, pois pelo visto eu demoraria. Ao entrar vejo tia Ro na sala de espera.- Querida!- ela diz ao me ver e corre pra me abraçar, assim como eu, ela estava desabando, aquilo fez meu coração doer muito, tive a sensação de estar levando uma facada.
- Não se preocupe tia Ro, ele vai sair dessa, Paulo é forte, a gente sabe disso!- digo tentando acalmá-la em meio ao nosso choro, mas a quem eu queria enganar? Desfizemos o abraço, cumprimentei o pai do Paulo com um sorriso triste, em troca ele me deu um olhar triste. Logo avistei Caíque entrando no hospital com uma cara preocupada, cumprimentou os pais do Paulo e veio me abraçar.
- Olha, sinto muito..- ele disse me abraçando forte e pude sentir que uma lágrima escorreu pelo seu rosto. Vimos o doutor se aproximar e fomos correndo falar com ele, todos perguntavam varias coisas ao mesmo tempo.
- Por favor senhores! Se acalmem! Um de cada vez! Por favor!- o médico disse tentando falar.
- Queremos saber o estado dele, como ele está!- digo assim que todos param de falar.
- Não vou mentir, o estado dele ainda é muito grave! Ele ainda está desacordado e com ferimentos graves na cabeça, mas por sorte ele não vai correr o risco de perca de memória, porém, como a batida foi muito forte, talvez ele...- o médico ia dizendo mas para na metade da frase.
- Talvez ele oque doutor?- eu e tia Ro falamos quase gritando de desespero.
- Talvez ele.. Não volte a andar nunca mais.- ele completa, eu abraço forte a tia Ro, aquilo foi um choque pra nós, desabamos em lágrimas.
- Podemos vê-lo?- pergunto.
- Ele ainda não está preparado pra receber visitas e, está desacordado..- o médico diz.
- Por favor, eu insisto!- digo chorando descontroladamente, ia me ajoelhar aos pés do médico, mas ele me interrompe.
- Não, por favor, isso não é necessário! Olha apenas cinco minutos, e só um poderá vê-lo hoje!- o médico diz e volta ao seu trabalho.
- Me deixem entrar, por favor!- digo me humilhando para que ele me deixem entrar hoje, ele concordam e então a enfermeira me diz para acompanhá-la.
- Qualquer coisa só aperta esse botão ao lado da cama dele, que eu virei aqui rapidamente.- apenas assenti.- Você tem cinco minutos.- ela diz saindo do quarto.
Olho pro Paulo, deitado ali naquela maca, sem se mexer, isso é tão depressivo, nunca pensei passar por isso, ter que ver essa cena, meu amor, ali sem reação, não tem dor pior que essa.
- Me desculpa meu amor..- digo chorando, me aproximo dele e passo minha mão sobre seu rosto, lhe acariciando. Ele estava usando um aparelho para conseguir respirar, me partia o coração vê-lo assim.- Me perdoe por ser uma péssima namorada, eu juro que tentei..- tento dizer mas não consigo controlar meu choro.- Eu.. Juro que tentei.. Ser a melhor namorada do mundo.. Me perdoe se eu não consegui, eu te amo tanto, você não faz ideia..- digo ainda acariciando seu rosto.- Não imagina como dói te ver assim meu amor.- digo e uma lágrima minha cai sobre ele.- Queria que... as coisas fossem diferente, queria ter um vida inteira ao seu lado, mas porque você tem que fuder com tudo? Me diz?- digo e caio sobre ele lhe abraçando, as lágrimas ainda caiam.- Eu vou cuidar de você, não se preocupa.. É.. eu quero te pedir uma coisa, mesmo sabendo que você não pode me escutar.. Não me abandona.. nunca mais.. Por favor!- digo e choro muito mais.- Sem você, minha vida é uma metade qualquer de uma música sem começo, sou um vazio de alguém. E pra falar a verdade eu já nem sei pra onde foi nosso final feliz.. Mesmo que você não me queira por perto, então, eu vou deixar você seguir sua vida, vai doer? Vai.. E muito.. Mas se for preciso.- digo e escuto a porta se abrir.
- Srt. Jheiny, acabou seu tempo.- apenas assenti.
- Eu te amo, to aqui fora, esperando você sair dessa, melhora rápido, por favor.- digo pegando a mão dele e depositando um beijo na mesma, olho por uma última vez o seu rosto, o acariciando novamente, solto sua mão e vou em direção a porta, me escoro nela e o olho novamente, posso jurar que vi uma lágrima escorrendo de seu rosto, aquilo me fez se sentir pior, sai daquele quarto detonada, só queria que isso fosse um pesadelo e que logo eu acordaria e o veria ao meu lado sorrindo e me desejando bom dia. Mas infelizmente, não era simples assim. Sai correndo daquele quarto, me senti perturbada.
- Droga! Porque isso acontece apenas comigo?!- digo gritando pelo hospital e chorando descontroladamente.- Eu nem sei se mereço essa merda de vida, a única coisa que eu sei fazer é destruir a vida dos outros!- digo andando até a sala de espera, senti minha cabeça balançar, uma tontura tomou conta de mim, vi uma faca em cima de uma mesa na recepção, perto da mesinha de cafés, os médicos viram que eu estava perturbada, e viram que eu iria pegar aquela faca e fazer alguma besteira, eu estava fora de mim, sem dúvidas, logo vieram dois médicos me segurarem.
- Me deixem! Ou melhor, me matem!- digo chorando e gritando, tento me soltar mas eles me seguram mais forte.
- Se acalma por favor!- um médico diz, eu continuo chorando e tentando me soltar, até que um vem com uma injeção pro meu lado.
- Não! Não! Por favor, não!- digo chorando mas ele não me ouve e aplicam aquilo em mim, na hora perco as forças e caio lentamente no chão.. Escuto algo dizendo em minha mente "Pense em nós.. Não faça nenhuma besteira.." Após isso, minha visão escurece e não me lembro de mais nada.
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Destinos Cruzados
FanfictionNós tínhamos tudo pra dar certo, tudo pra seguir uma vida juntos. Mas parece que sempre algo vai atrapalhar, sempre vai dar algo errado. As pessoas pensam que tem uma vida difícil, mas elas não viram a situação da minha. Às vezes fico pensando, e...