Capítulo 25

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Era tipo uma casa de campo, grande, de dois andares, eu achei ela simplesmente linda! Aqui é bem diferente de São Paulo, lá só vemos prédios enormes, trânsito que não acaba mais, tipo uma selva de pedra. Aqui tem bem mais contato com a natureza, e eu amei isso, dava pra ver o mar da casa dos pais deles, um jardim magnífico ao redor da casa, olhei pro Paulo e sorri.

- Oque achou?- ele pergunta com um sorriso bobo.

- Não poderia ser mais perfeita.- digo encantada.

- Então vamos entrar logo, minha mãe deve estar esperando ansiosa já.- ele diz sorrindo, agradeçe e se despede do tio dele, pega minha mão e caminhamos até a porta de entrada.- Ué!? Eu avisei que nós viríamos pra cá e que hoje de manhã já teríamos chegado.- ele diz tentando abrir a porta mas estava trancada e a casa por sinal vazia.

- Eles devem ter esquecido e talvez saíram comprar alguma coisa.- digo tentando achar uma explicação.

- Vou ligar pro João.- ele diz e disca alguns números no celular.

- João?- ele diz.

- "Oi mano, eai já chegou?"- escuto o irmão do Paulo responder.

- Já sim, mas cadê vocês?- Paulo pergunta confuso.

- "Tivemos que ir visitar a tia Nelsa, o estado médico dela piorou e não podíamos deixar pra outro dia, mamãe mandou eu te avisar mas acabei esquecendo."- ele diz e da uma risada meio sem graça.

- Uhm, entendi..- Paulo diz.

- " Eu implorei pra ficar, mas sabe como a dona Rosângela é.. 'Você só tem quinze anos, não pode ficar sozinho em casa João e blá blá blá.."- ele diz tentando imitar a voz da mãe deles, Paulo sorri.

- Sei como é, tudo bem então, vocês vão demorar muito pra virem embora?- Paulo pergunta.

- " Depende da mãe, o pai tá doido pra ir embora, mas mamãe disse que seria falta de educação ficar apenas duas horinhas aqui e ir embora, creio que vamos chegar ai só na hora do jantar, a chave da casa está no lugar de sempre, preciso desligar, beijos mano.. 'JOÃO! EU JÁ NÃO DISSE QUE NÃO É PRA VOCÊ...' "- escuto a mãe do Paulo gritar no fundo, mas João desligou o telefone enquanto ela falava, eu e Paulo riamos da situação

- Dona Rosângela continua a mesma.- diz e sorrimos, ele vai em direção ao fundo da casa escuto barulho de algum vaso quebrando e logo ele aparece com a chave da casa na mão.- Acho que vou receber sermão hoje.- ele diz e mostra os dentes.

- Deixa eu adivinhar.. Você quebrou o vaso de flor preferido da sua mãe?- digo como se fosse óbvio.

- Caramba, cê podia trabalhar de vidente, ia ficar milionária.- ele diz e nós rimos.

- Bobo.- digo e sorrio, ele abre a porta e nós entramos, a decoração por dentro é ainda mais incrível! Tudo muito moderno, com aquele toque de elegância.- A casa dos seus pais é perfeita!- digo encantada.

- Pois é, minha mãe sempre teve bom gosto, assim como o filho.- ele diz tentando se gabar e eu rio.

- Tão bom gosto que me escolheu, né?- digo tentando me gabar também.

- Olha.. Nisso eu acho que errei um pouquinho..- ele diz me zoando.

- Aé? Haa mas deixa você comigo! Estou de mal com você.- digo e faço bico, tentando segurar a risada.

- Boba!- ele diz e me puxa pra um abraço e me dá um beijo na testa.- Tá com fome?- ele pergunta me olhando.

- Não muita..- digo um pouco desanimada.

- Que milagre! To vendo até umas nuvens de chuva se aproximando aqui. Vou pedir pizza pro almoço, já que não sei cozinhar.- ele diz e ri me fazendo rir também.

- Eu até poderia cozinhar, mas to cansada da viajem, melhor pedir pizza mesmo.- digo e sorrio.

- Quatro queijos e chocolate?- ele pergunta sorrindo.

- Tá aprendendo a ser vidente comigo é?- digo e nos gargalhamos, ele liga pra pizzaria e pede, o cara diz que em mais ou menos meia hora chega.

- Vem, vou te mostrar o meu quarto.- ele diz e me puxa ao andar de cima arrastando as malas.

- Legal.. Não é muito diferente do nosso quarto lá do apartamento, apenas que esse é uma suíte.- digo entrando no quarto logo atrás dele e sorrio, sento na cama dele e começo a desfazer as nossas malas, eu estava cansada, mas se não fizesse isso agora não ia ter ânimo pra fazer depois, percebo Paulo me encarar.

- Tá me olhando assim porque?- digo ao perceber seu olhar malicioso sobre mim.

- Sabe.. Nós dois aqui, sozinhos.. Sem ninguém pra atrapalhar..- ele diz e sorri maliciosamente sentando ao meu lado.

- Uhm.. E oque você pretende fazer?- digo sentando em seu colo e lhe dou um olhar provocador.

- Você sabe muito bem oque eu pretendo fazer..- ele diz e me beija calorosamente, me deitando sobre a cama. Ele me beija intensamente, com desejo, e eu estou adorando isso, em um movimento rápido ele tira a minha blusa e eu ajudo ele a se livrar da dele e o resto de sua roupa, quando nos damos contas estamos apenas de roupas íntimas e ele desce os beijos pelo meu pescoço, pelos meus seios, minha barriga, enquanto eu seguro o cabelo dele com força, e então ele volta a me beijar e tira o resto de roupa que restava em mim, o clima estava esquentando, eu sabia muito bem como isso iria terminar, e eu queria aquilo muito mais que ele, pude sentir sua ereção e ele sorriu quando percebeu que eu senti.

- Paulo..- digo já arfando em tamanha excitação.

- Shhh.- ele diz arfando também.- Quero você.. Por complet..- ele diz mas é interrompido pela campainha.

- Você não vai atender?- digo em meio aos beijos quentes que eu estava recebendo.

- Não deve ser importante.- ele diz e continua a me beijar mais intensamente, então a campainha toca descontroladamente.- Mais que droga!- ele diz bufando e se levanta, olha pela janela do quarto e vê que é o entregador de pizza.- Eles não disseram que iria demorar uma meia hora? Não se passou nem quinze minutos!- ele diz impaciente e eu rio.

- Vai lá amor, vou me vestir e logo desço..- digo me levantando e lhe dou um selinho, ele me agarra pela cintura e me beija, e então a companhia toca novamente.

- Mas que merda, esse cara não sabe esperar não?!- diz vestindo uma bermuda e sai bufando do quarto, eu só consigo rir.

Destinos CruzadosOnde histórias criam vida. Descubra agora