Uma semana depois.
Eu ainda não recebi alta, não aguento mais esse lugar, a cada dia que passa eu odeio mais a cor branca, saudade do meu quarto, da minha casa, mesmo sabendo que quando sair daqui não iria pra lá mesmo. Mas só o fato se saber que iria sair desse lugar e recomeçar a minha vida, isso já me dava forças o suficiente para continuar. Ainda mais com Paulo do meu lado agora. Eu havia acabado de tomar um banho e resolvi ir dormir, já que é a unica coisa que faço aqui ultimamente. Ouvi barulhos na porta, mas não me virei, devia ser Paulo ou alguma das meninas, ou até mesmo os médicos. Mas foi ai que me enganei.
- Jheiny? Então, ta gostando do seu novo "quarto"?
Eu paralisei ao ouvir aquela voz! C-como assim? Não era possível ser ela! Ela está presa! Não, não pode ser a Melissa. O medo era visível no meu olhar. Eu sabia do que aquela cobra mal amada era capaz de fazer.
- Melissa? O-oque você tá fazendo aqui? Me falaram que você estava presa! Oque você quer?- disse com medo e gritando.
- Oque você acha que eu estou fazendo aqui? Acha que eu vim te desejar melhoras? Dizer um "eu sinto muito pelo seu pai"? Não meu amor, eu vim aqui pra dar uma acelerada na sua morte tabom?- ela disse com raiva no olhar, com um olhar maligno e um sorriso enorme no rosto que me deixou com muito medo.
- Você é louca Melissa! Vai me dizer que ja cumpriu sua pena? Sai desse quarto agora!- eu disse gritando e as lagrimas escorreram.
- Vou sair sim, até porque nao aguento mais olhar pra essa tua cara!- ela disse desligando os aparelhos que me mantinham viva e pegando uma seringa com um liquido vermelho dentro. Eu comecei a gritar socorro, mas nao vinha ninguem, eu ja estava desesperada, era impossivel controlar as lagrimas e o meu medo era mais que visível! Para a minha sorte, Paulo chegou bem na hora, empurrando ela pra bem longe de mim. Ela estava com uma fúria maior ainda nos olhos, parecia até que estava possuída, Paulo gritou pelos médicos e logo vieram uns três para ligar meu aparelhos, Paulo estava ligando para a polícia e Melissa foi pra cima dele, pegou um vaso de flores, tentou tacar em Paulo mas ele conseguiu desviar. Os seguranças do hospital vieram segura-lá. A policia chegou. Ficamos sabendo que ela havia conseguido fugir. Pensei comigo mesma, logo no primeiro dia de prisão e essa mulher ja conseguiu fugir, deve ter uma doença seria, ninguem tem tanta maldade assim! O importante é que ela estava presa, novamente. E espero que lá ela fique pro resto da vida. Se eu ver ela denovo, eu é que vou presa por assassinato! Depois da confusão toda, e que confusão, Paulo veio falar comigo.
- Jhe, voce ta bem?- ele disse calmo.
- Dentro do possível, é muita coisa pra uma pessoa só em apenas uma semana. Mas to bem sabendo que ela esta presa novamente, espero que ela fiquei o resto da vida por la.- eu disse normalmente.
- Cara, tu é inexplicável, com tudo isso que aconteceu e voce ta ai , sorrindo.- ele disse com um sorriso bobo no rosto.
- Pois é, tu me faz ficar calma, e eu tenho os melhores amigos do mundo ao meu lado, do que mais eu preciso? Sou feliz com a vida que tenho Paulo..
- Dá pra ver isso no teu olhar.- ele disse me olhando nos olhos e eu sorri.
- Paulo, sobre aquele assunto que a gente estava conversando.. Eu acho que..
- Eu sei, eu te entendo! Olha me desculpa, eu não queria te deixar confusa nem nada, mas é que..- ele disse triste e me interrompendo.
- Cala a boca Paulo Augusto! Deixa eu terminar de falar, porra!- eu disse já sem paciência.
- Tabom desculpa.- ele disse de uma forma que me fez rir.
- Eu acho que seria uma ótima ideia, você é lindo, gente boa, acho que daria certo, não custa nada a gente tentar, não é?- eu disse com um certo receio.
- É serio isso Jhe?- ele disse com um brilho imenso no olhar.
- Sim.- eu disse sorrindo.
- Eu te amo viu?! Não vou te decepcionar nunca! Eu juro! Tu vai ser a mulher mais feliz desse mundo a partir de agora! Te amo tanto pequena..- ele disse mega feliz.
- Para de ser bobo Paulo!- nos rimos.- Eu te amo muito! E sei que você não vai me decepcionar meu amor.- eu disse calma e sorrindo.
- A gente vai ser feliz, mas dessa vez de verdade, o destino nos uniu, e disso eu tenho certeza pequena. Te amo, agora descansa!- ele disse retribuindo meu sorriso com outro.
- Para de me falar pra eu ir descansar, eu só faço isso ultimamente Paulo.- eu disse com uma carinha triste e ele riu.
- Só tu mesmo viu Jhe..- ele disse e me beijou. Ohh saudades daquele beijo.- Preciso dar um saída pra encontrar os meninos, a gente ta organizando um projeto pra construir uma banda, que afinal é o meu sonho.- disse ele sorrindo largo.
- Tabom meu amor! Vai lá, e olha, um dia ele vai se realizar, assim como o meu também.- disse sorrindo.
- Ha é? E qual é o teu sonho meu amor?- ele disse surpreso e também sorrindo.
- Ser escritora, publicar livros, ser conhecida no mundo pelo meu trabalho.- eu disse sorrindo com um brilho mó olhar.
- Um dia, quando nossos sonhos tiverem se realizado, a gente vai rir dessa conversa, e vai ver que juntos, tudo se torna possível.- ele disse sorrindo.- Preciso ir agora pequena, te amo.- ele disse e me deu um beijo na testa. Apenas assenti e fui dormir.
" Que loucura, tantas tragédias em tão pouco tempo, e ela ali, sorrindo, feliz com a vida, agradecida por tudo que tem, ou melhor, por tudo que lhe restou. Mal sabe ela, que a vida ainda vai dar muitas rasteiras, e que aquilo foi apenas o começo! Mas ela vive da maneira certa. Vivendo cada dia, como se fosse o seu último, porque afinal, quem garante que aquele não é o ultimo?"
VOCÊ ESTÁ LENDO
Destinos Cruzados
FanfictionNós tínhamos tudo pra dar certo, tudo pra seguir uma vida juntos. Mas parece que sempre algo vai atrapalhar, sempre vai dar algo errado. As pessoas pensam que tem uma vida difícil, mas elas não viram a situação da minha. Às vezes fico pensando, e...