Essa é a História da vida de Charlie Colleman, um garoto ômega que aos 16 anos foi obrigado a se casar para a família não perder a fortuna e pela vida de sua mãe que estava enfrentando um câncer. Charlie não esperava que fosse feliz, mas confirmando...
A semana transcorreu tranquila para mim, com exceção da presença do Kim exigindo minhas "obrigações" de ômega. A Ellen vinha almoçar comigo antes de ir para a faculdade, algumas vezes o alfa estava em casa, e ele agia como um perfeito marido, só por estar na presença da minha irmã. Obviamente, que a Ellen sentia que havia algo de errado, pois ela me conhecia o suficiente, mas eu mantinha o sorriso falso no rosto e dizia que era loucura da cabeça dela. Amava a presença da Ellen, mas vê-la com os materiais da universidade fazia-me lembrar que meu sonho estava completamente enterrado. Às vezes eu chorava escondido, por saber o quanto a minha vida estava arruinada.
Com o passar dos dias comecei a me sentir estranho, o cheiro do alfa me enjoava terrivelmente. Quando ele tomava o meu corpo, eu mantinha as mãos sobre a boca para não acabar vomitando e ofender o alfa. Na manhã de sábado acordei muito enjoado, mas havia o convite para o golfe e o alfa queria que eu fosse. Então, coloquei uma calça cenoura preta de alfaiataria e um suéter vinho. O inverno estava acabando, não havia mais neve, porém ainda fazia frio por quase todo lugar. Quando sentei na mesa as comidas fizeram-me revirar o estômago, e Agatha notou pela minha expressão que havia algo de errado.
— Charlie, o que você tem? Está estranho e comendo pouco faz alguns dias. — Pergunta Agatha com expressão desconfiada.
— Não é nada! Só estou um pouco enjoado, só quero um pouco de chá. Não estou com muita fome hoje. — Digo.
— Filho, eu creio que.... Não é nada! Vou preparar seu chá. — Afirma Agatha voltando para a cozinha.
— Andou comendo besteira!? Não quero um ômega gordo! — Fala Kim, rude como sempre.
— Eu.... Não como tanto, deve ser um pequeno mal estar! — Falei observando meu corpo, e realmente estava um pouco mais cheirinho, mas eu não estava comendo além do normal.
— Não irei cancelar o golfe hoje. Trate de melhorar! — Respondeu o Kim, com o mesmo tom frio.
Apenas acenei e terminei meu chá, se comesse qualquer coisa eu acabaria vomitando. Quando o alfa encerrou o desjejum fizemos a nossa higiene bucal e fomos para a garagem. O Kim pegou a Bugatti Veyron, eu soube o nome porque o alfa acabou falando ao procurar as chaves. Mais uma vez, o carro era chamativo, preto e vinho, é lindo, sempre sonhei em aprender dirigir, mas era um dos sonhos que já imaginava que acabaria apenas em minha mente. O nosso caminho corriqueiramente silencioso não foi longo, pois o campo de Golfe era perto da mansão do Kim. Quando chegamos fomos recebidos com largos sorrisos pelo Sr. Mackenzie que havia trazido seu filho mais velho. O homem fez questão de nos apresentar e deixar claro que era seu herdeiro.
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