Essa é a História da vida de Charlie Colleman, um garoto ômega que aos 16 anos foi obrigado a se casar para a família não perder a fortuna e pela vida de sua mãe que estava enfrentando um câncer. Charlie não esperava que fosse feliz, mas confirmando...
Durante boa parte da noite eu caminhei sob os saltos ao lado do alfa cumprimentando seus amigos e acionistas, escutei vários comentários de que fui uma ótima "aquisição", pois era lindo. Nunca em toda minha vida me senti tão humilhado, as pessoas ali só me olhavam como uma mercadoria, a bonequinha de luxo de Kim Morgan. Andamos de braços dados e o alfa segura uma taça de champanhe, eu não bebi, só tenho 16 anos e nunca havia tomado nada alcoólico.
Perto das 22h encerramos a recepção e fomos para a mansão do meu marido, haverá um jantar apenas para família e pessoas próximas. No caso de familiares só os meus, pois a mãe do Kim, morreu misteriosamente e o pai foi acometido por uma doença e faleceu faz 7 anos. Os Morgan só tiveram um filho, então, ao chegar no local a sala era gigantesca e as pessoas já estavam chegando.
— Suas roupas já estão aqui! Pedi para os empregados arrumarem tudo junto ao meu closet, vou te mostrar onde é para você colocar algo mais confortável. — Fala o alfa e eu apenas aceno.
— Podemos ir com vocês para ajudar Arlie com o vestido? — Pergunta minha mãe e minha irmã.
— Claro, me sigam! — Respondi o Sr. Morgan.
Nós três seguimos o alfa em silêncio, a casa era grandiosa demais, havia retratos de família pelos corredores e obras de arte avaliadas em milhões. No final havia uma porta grande de madeira grossa e o Sr. Kim a abriu mostrando uma suíte imensa, dava para ver algumas coisas minhas, principalmente a caixa de jóias sob uma penteadeira iluminada e nobre.
— Podem ficar à vontade! — Afirma o alfa nos deixando sozinhos.
Minha mãe e a Ellen me ajudaram a tirar o vestido e colocar o outro que estava em cima da cama. Elas tiraram o salto alto e calçaram outro mais confortável. Não via a hora de tirar aquela roupa pesada, principalmente os saltos, pois meus pés já estavam doendo. Ellen tirou o véu e a grinalda com cuidado para não bagunçar o meu cabelo.
— Está tão lindo filhote! Olhe, a partir de agora sua vida não será mais a mesma, seja um bom Ômega com o seu marido. Creio que o Sr. Morgan será bom para você, nada irá lhe faltar. — Fala minha mãe segurando minhas mãos.
— E o amor onde fica? — Questiona minha irmã indignada.
— Amor não enche barriga Ellen! Arlie, eu mandei algo para você com suas coisas, use hoje a noite, tente agradar o máximo possível seu alfa! — Fala a dona Anne fazendo minhas bochechas ficarem coradas.
— Sim, mamãe! — Respondi, ainda com vergonha, pois eu sabia do que ela estava falando.
— Retoque a maquiagem, sua irmã e eu vamos descer, seu pai está à nossa espera. — Afirma minha mãe me deixando sozinho no quarto.
Aproveitei o momento a sós para observar o quarto que agora dormiria, era bem maior que o meu, mas as cores neutras e escuras não traziam nenhuma alegria para o cômodo. Então, notei que estava perdendo o foco e voltei a concentrar-me a retocar minha maquiagem. Não quis perder muito tempo e logo já havia terminado. Parei alguns minutos para observar minha imagem no espelho, o vestido era branco e passava um pouco do joelho, mas ele marca bem o meu corpo, modéstia a parte eu tenho uma cintura fina e quadris e bunda um pouco avantajados. Os alfas da minha escola diziam que eu sou uma ômega muito atraente, apesar de não levar muito a sério o que diziam.
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