Talvez

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Talvez ele realmente é o que você procurava ou talvez seja eu ou talvez você encontre outra pessoa que seja o motivo de você ser feliz.
Ou talvez seja tudo um talvez...

- AAAAH, EU NÃO ACREDITO! CADÊ O RESTO LAUREN?! - Ouvi o grito de Dinah e logo ela estava adentrando meu quarto com quatro garotas correndo atrás dela.

- Ainda não está escrito Dinah - Revirei os olhos, voltando a responder algumas menssagens no celular.

- Só respode: Com quem a Sabrina fica? Com o Matthew, com a Rosa ou ela encontra alguém? - Camila perguntou.

- Eu não sei, ainda não está escrito - Elas bufaram.

- Você precisa nos falar! - Ally falou se jogando ao meu lado.

- Porque eu tenho a vaga impressão de que você contou uma parte da sua história, com outros personagens? - Normami perguntou.

- Porque é exatamente isso que ela fez - Todas nos assustamos e olhamos para a porta.

E lá estava a pessoa em forma de demônio que infernizou a minha vida no ensino médio. Keana Marie.

- Keana! Como você entrou?! - Perguntei indo até ela.

- Como você tem a cara de pau, de falar que eu fiz aquele chororô todinho quando você foi embora?! - Cruzou os braços.

- Mas...

- Ah! A porta estava aberta! - Sorriu acenando para as meninas.

- O meu Deus! Você é a Úrsula? A amiga de berço da Rosa?! - Dinah perguntou indo até ela.

- Eu mesma, linda, gostosa, em carne e osso! - Revirei os olhos.

- Menos Keana - Passei por elas, indo pra cozinha.

- Mas então, a Sabrina escolhe a Lauren...Digo, a Rosa? - Ouvi Allyson perguntar.

- Apesar de ter algumas partes que realmente fez parte da nossa adolescência, a Sabrina nunca existiu e nem muito menos esse tal de Matthew. A Lauren era a nerd, que só liga pra nota, pro teatro estar perfeitamente arrumado e as falas bem escritas - Elas vieram até mim.

- Você escrevia as peças do teatro?! - A latina perguntou.

- Na verdade eu pegava pedaços de filmes, séries e histórias de livros, juntava tudo e estava pronto - Dei de ombros.

- Mas então o que mais é real? Nós não sabemos muita coisa sobre a Lauren - Dinah apontou pra mim.

- Bom, a Clara realmente morreu e o pai dela se afastou, mas ele não voltou a ser aquele cara que ela relatou, ele só ficou na dele e hoje é casado com a Elisa - As meninas me olharam.

- A sua mãe morreu? Como...Porque nunca nos falou isso? - Normani pergunto.

- Vocês nunca perguntaram - Franzi o senho - Também, com eu iria falar isso? Ia chegar e falar "Hey meninas minha mãe morreu, de câncer"

- Eu sinto muito - As três falaram juntas.

- Gente relaxem, a tia Clara ela era legal, mas só quando não nos atacava com comentários homofóbicos e a Lauren já superou isso certo? Também como não esquecer, ela tinha o Brian ou como ele se chama na vida real ele se chama Zayn, ele é modelo hoje em dia - Sorri me lembrando do moreno.

- Olha só ela até sorriu - Dinah me jogou um pano.

- E o Brad? Ele realmente fez a música pra ela? - Keana deu de ombro.

- Fez? - Elas me olharam.

- Fez, mas nós prometemos não falar sobre isso, a banda dele está começando e sim o nome dele é realmente Brad - Elas me olharam surpresas.

- Porque deixou o nome dele? - Ally preguntou.

- Ele pediu e sim ele sabia, porque eu pedi pra usar a música dele - Me sentei na mesa com elas.

- Ok, mas quem é a Sabrina e o Matthew, na vida real? - As cinco, me olhavam.

- Eu criei eles, ok? Quando eu era mais nova, eu criava histórias na minha cabeça com qualquer pessoa famosa ou não - Ouvi a campainha tocar.

- Deve ser o Zayn, ele disse que vinha aqui também - Dinah levantou e foi até a porta.

- A Lauren...

- Nossa...Ela tá ali - Ele colocou a cabeça pra dentro e me olhou.

- Entra - O chamei.

- Desculpa aparecer sem avisar, mas a Keana disse que tava vindo e eu estava por aqui - Deu de ombros e eu fui até ele o abraçando.

- Não tem problema, vem - O puxei para perto das meninas - Garotas esse é o Zayn, Z essas são Dinah, Normani, Ally e Camila, minhas colegas de apartamento - Os apresentei.

Minutos depois meu celular tocou, era meu chefe, ele queria me parabenizar pelo livro, que estava sendo um dos melhores livros da atualidade. Ele também me agradeceu, pois eu tinha o ajudado a subir de cargo. Depois disso liguei para meu irmão Chris e pra minha irmã mais nova Taylor. Sim ela se chama Taylor, o mesmo nome da minha irmã mais velha que morreu. Eu a amava muito e isso era o suficiente.

- Lolo...

Camila entrou no quarto com o rosto banhado em lágrimas, então se deitou comigo na cama. Ela chorou muito, por um longo período de tempo, até dormir. As meninas perguntaram, se eu sabia de algo e neguei, me concentrando no corpo delicado que estava em cima de mim.

- Acho que ela terminou com o Austin - Ally falou.

- Como sabe? - Perguntei baixo, pois a latina ainda estava sobre mim.

- Ouvi ela falando com ele, antes de entrar chorando - Nós suspiramos.

- Ou ele que terminou com ela - Normani comentou pensativa.

- Ah mais ele vai se ver comigo! Quem ele pensa que é?! - Dinah falou e saiu do quarto, sendo acompanhada pelas três.

Camila se mexeu em cima de mim e logo despertou, suspirando pesado. Ficamos um tempo em silêncio, apenas ouvindo nossas respiração, até ela levantar e ir até o banheiro. Não mais que dois minutos ela voltou e se jogou ao meu lado, mas desta vez ela se virou para o outro lado.

- Você vai se incomodar se eu dormir aqui hoje? - Ouvi sua voz fraca.

- Nenhum pouco - O silêncio dominou novamente, mas eu não deixei que se prolongasse - Porque não com uma das meninas? - Ela se virou de frente pra mim.

- Elas vão querer saber o que houve, eu não quero falar sobre isso e você sabe esperar meu tempo - Dei um sorriso fraco.

- Tá com fome? - Ela sorriu revirando os olhos.

- Que pergunta idiota! Estou com fome todo minuto - Eu ri.

- Hambúrguer ou pizza? - Ela levantou animada.

- Os dois! Anda logo, vamos no Mcdonalds! Você paga a conta, porque tá rica agora - Ela saiu correndo do quarto.

Apesar dela não demonstrar eu sabia que ela estava sofrendo, mas quem não se anima indo com uma amiga rica no Mcdonalds? Eu só espero que ela não guarde essa dor emocional.

Oi gente, como vocês poderam ver nesse capítulo, eu vou começar a fazer eles maiores.

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