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Vinnie me colocou na nossa cama e minha mãe e meus sogros nos acompanhavam até o quarto.
Eu ainda chorava copiosamente, que dor chegar em casa sem Daisy.
O celular de Vinnie tocou mais ele achou melhor não atender, ele estava mais preocupado comigo.
_"Sarah filha, ela vai ficar bem, ela logo estará em casa, com a gente, com você...", minha mãe falou agachada ao lado da cama fazendo carinho no meu cabelo. Eu não conseguia responder, meu nariz já tava entupido por causa do choro.
Vinnie me olhava de pé ao lado de Maria, Vinnie me olhava preocupado, Nate estava parado na porta do quarto do mesmo jeito, o silêncio era péssimo, todos só me olhavam chorar.

Vinnie se aproximou e tocou o ombro de minha mãe pedindo se podia tentar falar comigo e minha mãe se levantou e se afastou, ele olhou pra mãe dele que com o olhar de Vinnie ela percebeu que era melhor deixarmos conversar a sós.
_"Vamos sair", minha sogra falou e chamou minha mãe pra ir também.

_"Yes, é... filha você tá com fome? O que acha se eu fizer uma comida pra nós? Algo que fazia quando você morava lá em casa?", minha mãe perguntou.
_"Strogonoff?", ela perguntou e eu dei um mini sorriso, "Ótimo, vai ser Strogonoff, se tiver os ingredientes naquela sua dispensa, olhei lá é só vi coisa americana", minha mãe disse reclamando e eu achei graça e ela saiu junto com meus sogros.
Vinnie reclamou do celular quando ele tocou outra vez, mais silenciou ele e deitou ao meu lado me puxando com cuidado pra deitar junto dele.
_"Linda, eu não quero te ver assim", Vinnie sussurrou arrumando meu cabelo colocando o colocando atrás da minha orelha delicadamente, "Eu sei que dói, eu também queria muito entrar com ela hoje em casa, com ela nos braços, era tudo que eu mais queria, sei que deve doer mais em você do que dói em mim, você é a mãe, você e ela tem uma ligação desse dentro da barrida, mais eu vou pedir e sei que pedir isso nesse momento é difícil, mais por favor Linda, preciso que você fique forte, bem, não desabe agora, forte do jeito que sempre foi", Vinnie pediu.

_"Eu queria ela aqui", sussurrei e Vinnie teve que chegar perto pra ouvir.
_"Eu sei, eu sei...", Vinnie falou.
Eu olhava pela porta de vidro grande que estava com a cortina aberta e deixava uma luz forte do dia entrar, eu já não chorava como a pouco, mais ainda soluçava.
_"Você sabe que ela ficar no hospital foi melhor escolha pra ela né?", Vinnie perguntou e eu demorei pra responder mais assenti eu sabia, mais não anulava minha tristeza de não a ter comigo.
_"A médica disse que podemos entrar em contato e depois do almoço vou lá pra vê-la", Vinnie disse.

O silêncio durou muito, Vinnie ficou em silêncio esperando que eu falasse algo mais eu não consegui responder.
O celular de Vinnie começou a vibrar, ele recusou e continuou quieto ao meu lado, em menos de 15 segundos começou a vibrar de novo.
_"Cacete o que... Tudo bem se eu atender?", Vinnie perguntou.
E eu assenti, não me importava, eu sabia que não era do hospital por ele ter negado a primeira vez então tanto vazia se ele atendesse.
_"Ja venho", Vinnie disse levantando abrindo a porta de vidro do quarto e saindo pra área externa.
Vinnie atendeu a ligação, eu não prestava atenção, também não dava pra escutar de dentro, mais também não me importava, 'eu preciso ficar bem, Daisy vai precisar de mim quando ela tiver alta', pensava sozinha, viajava tentando tirar forças pra ficar bem, acordei da minha viagem quando vi Vinnie andar três passos pra um lado e voltar três passos e bater a mão na perna enquanto andava como se estivesse bravo, ainda entre a ligação me olhou de longe e disfarçou quando percebeu que eu o olhava, era algum problema.

Me levantei devagar graças a cesária e fui até a porta de vidro abrindo pra saber o que estava acontecendo.
Fechei a porta atrás de mim e caminhei na direção de Vinnie.
_"Eu já te ligo", Vinnie disse a sei lá quem no telefone e desligou.
_"Quem era?", perguntei parando.
_"Quer sentar?", Vinnie perguntou e senti um gelo na espinha. 'Não era do hospital, não era do hospital", torci.
_"Era do hospital Vinnie?", perguntei e ele negou 'ufa'.
_"Era o meu agente", Vinnie falou e eu sorri, ótimo, era algo na carreira de Vinnie, menos mal que não era nada com Daisy.
_"Então tá, vou ver se minha mãe achou os ingredientes", disse me virando, eu já tinha dito que não me metia em nada relacionado a carreira de Vinnie, só cabia a ele do mesmo jeito que a minha só canoa a mim, ele deveria ter ligado por que Vinnie não postava fazia alguns dias, ou algum problema com a Purgatory, algum problema com contratos, algo assim.

E SE ELA QUISER? • VINNIE HACKER Onde histórias criam vida. Descubra agora