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#cartasparajimeo

Mesmo tentando esconder a animação, JiMin não conseguia disfarçar, principalmente para seu pai. O sorriso não saía de seus lábios, mesmo que tentasse, suas pernas ficavam chacoalhando em ansiedade, suas mãos ficavam brincando uma com a outra e ChungHee o observava cada vez mais inquieto com toda aquela animação.

Já era noite quando adentraram em sua cidade, o coração de JiMin poderia sair do peito a qualquer momento e ele rezava para chegar logo em casa e poder ver o rosto fofo de JungKook. Rezava também para que seu pai não ficasse em seu encalço o tempo todo, queria passar a noite junto de Jeon, aproveitando os beijos e carinhos do homem.

— Quando chegarmos, vá direto para o meu quarto.

— Por que papai? — O sorriso de JiMin sumiu na mesma hora.

— Vai dormir comigo hoje, precisa estar perto para que eu proteja você.

— M-Mas papai... eu... eu já sou adulto...

— Ainda é apenas uma criança, não sabe se cuidar sozinho.

JiMin suspirou e voltou a olhar pela janela, mesmo estando feliz, a tristeza se instalava em seu interior. Como ChungHee teve coragem de falar aquilo? JiMin nunca iria dormir junto de seu pai, era humilhante demais. Lágrimas escorriam em seu rosto, tudo o que ele conseguia fazer era chorar e já não se importava se seu pai estava presente, aquilo era para ele ver o que estava causando na vida de seu filho.

Quando a carruagem parou na frente da casa, o Lord não esperou nem mais um minuto, saiu da grande caixa onde estava e entrou correndo em sua casa, sua vista estava embaçada, o impossibilitando de ver o que tinha em sua frente, tanto que acabou batendo contra um corpo, ele não se importou com quem havia se chocado, apenas segurou as vestes da pessoa contra suas mãos e chorou, chorou tão alto que até as pessoas do lado de fora da casa poderiam ouvir. JiMin não se importava mais com nada, apenas precisava deixar toda aquela angústia sair de seu corpo. Duas mãos agora seguravam sua cintura e o puxou para um abraço, acolhendo JiMin como se fosse um cãozinho assustado, não demorou muito até JiMin perceber que aquelas mãos eram da pessoa que mais amava no mundo, ele se aconchegou mais nos braços do homem e fechou os olhos com força, sentindo as lágrimas escorrendo sem controle por seu rosto. Suas pernas estavam bambas, tanto que Jeon se abaixou lentamente, sentando no chão e deixando JiMin em seu colo, como um bebê. Ambos não se importavam com o que o Duque diria ou faria, JiMin estava apenas querendo chorar, liberar tudo o que guardara por tantos anos e JungKook apenas queria fazer seu pequeno príncipe se acalmar.

ChungHee observava tudo quieto, mas se mordia de ódio por dentro, como Jeon ousava tocar em seu filho daquela maneira tão suja? Já havia matado Muriel, será que Jeon seria o próximo? Quando ele pensou em ir até eles e tirar JiMin dos braços nojentos do escritor, JungKook o olhou com fúria, como se pudesse matá-lo apenas com aquele olhar, aquilo foi o bastante para ChungHee ficar o mais longe possível.

— O leve para o quarto.

Aquilo foi tudo o que o Duque conseguiu dizer antes de seguir para as escadas e parar na frente da porta branca do quarto de JiMin. Disfarçadamente Jeon beijou a testa de JiMin e levantou com ele em seus braços, antes de subir as escadas, sussurrou que tudo ficaria bem e que iria para o quarto de JiMin quando pudesse. Quando entraram no quarto, Jeon o colocou na cama e JiMin se encolheu ainda mais, sentindo-se vazio por não estar nos braços de JungKook e quando o mais alto saiu do quarto, ficando apenas seu pai, JiMin gritou, como nunca antes, deixando toda a sua raiva assumir o controle de seu corpo. Seu olhar com o do pai se encontraram e ele o encarou com puro ódio, algo que assustou ChungHee, que nunca havia presenciado seu filho daquele jeito.

— EU NÃO AGUENTO MAIS VIVER ASSIM! EU NÃO SOU MAIS CRIANÇA, EU SOU UM ADULTO!!! PRECISO VIVER A MINHA VIDA!!!! — JiMin levantou e foi ao encontro do pai, o encarando de frente — NÃO SOU UM SERVO PARA QUE ME TRATE DESTA MANEIRA, MUITO MENOS UM CACHORRINHO!

— JiMin...

— NÃO! AGORA VOCÊ VAI ME OUVIR! — Ele seguiu o pai que andava para perto do guarda roupa — EU NUNCA MAIS VOU SUPORTAR SUAS ATROCIDADES COMIGO, SEU JEITO DE ME TRATAR COMO UM ANIMAL, COMO SE EU NÃO FOSSE NADA, VOCÊ ME DÁ NOJO!!! EU ODEIO VIVER AQUI!!!!!!!

ChungHee abriu o guarda roupa, ficando de costas para o filho, enquanto ele ainda gritava. O Duque pegou um lenço branco e dobrou, o deixando em um formato quadrado, dentro de sua veste ele pegou um pequeno frasco e despejou o clorofórmio no pano, ao virar de frente para JiMin, ele o agarrou pela nuca e forçou o pano contra sua boca e seu nariz, o fazendo aspirar o triclorometano, a visão do garoto ficou turva por alguns segundos e ele apagou, caindo nos braços de seu pai desacordado.

— Olha o que me obrigou a fazer — ChungHee sussurrou e pegou o garoto, o colocou na cama e suspirou — Você sabe que não deve se comportar assim meu filho ou terá consequências, espero que desta vez você aprenda e não faça tudo o que fez hoje.

O Duque saiu do quarto e o trancou, olhou em volta e viu JungKook parado perto da escada, calmamente ele se aproximou do jovem o olhando fixamente, sem nem mesmo piscar, agora era a vez de conversar com o pirralho que se atreveu a ficar perto de seu pequeno filho.

— Quero você fora desta casa, nunca mais ouse chegar perto do meu filho. Eu lhe avisei e você não me ouviu, agora, eu vou tirar tudo o que é seu — O Duque esbravejou e fechou os punhos, se contendo para não mandar os guardas matarem JungKook — Suma desta cidade, para o mais longe que puder.

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Fiquei com muita raiva desse Duque imbecil!!!!!

Agora Lord Park tem uma playlist no Spotify, onde coloquei todas as músicas que uso para me inspirar! Está no meu perfil do Twitter ou é só procurarem a # que vão encontrar o tweet com o link do Spotify! 

Beijos anjinhos!

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Lord Park || JJK + PJM Onde histórias criam vida. Descubra agora