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JungKook estava desesperado, não sabia o que estava acontecendo com sua cabeça, estava tentando trabalhar durante três horas, mas não conseguia se concentrar, a beleza de Park o deixara assim, seu olhar muitas vezes frio, mas que queria dizer muita coisa, seus lábios vermelhos e carnudos, pele branquinha como a neve, a personificação perfeita de um anjo ou quem sabe de um deus. O jovem escritor sentou no sofá e respirou fundo, aquilo é passageiro, com toda certeza. Uma pequena atração pelo fruto proibido.

— Estou ficando louco… — Ele sussurrou.

— Louco por que? — JungKook deu um pulo no sofá, ao ver um dos parentes de Park ali.

— O que está fazendo aqui? Não deveria estar com sua família?

— Não quero ficar vendo a cara de idiota do Park, apenas isso. Caso não lembre, meu nome é TaeHyung.

— Certo, TaeHyung — JungKook respirou fundo — Entendo que não queira ficar lá, mas, não pode ficar aqui, estou trabalhando.

— Trabalhando? Você ficou mais de vinte minutos em pé, sussurrando o nome do Park. Acho que esse não é seu trabalho.

— O que? Não, não fiz nada disso!!!!

— Claro que fez, parecia um louco — TaeHyung deu de ombros — Se quer saber mais sobre a família Park, é aquele armário que você tem que mexer.

TaeHyung apontou para um armário de tamanho médio com duas portas onde havia o brasão da família, como fechadura, parecia haver muitas coisas ali dentro, mas ficou encabulado, porque aquele armário estaria trancado? 

— Mas, está trancado, como vou poder pegar as coisas que estão lá? 

— O único que tem a chave é o Duque, mas ele nunca abriu o armário para alguém, ali, estão os segredos mais sujos dessa família.

— Como você sabe disso?

— Meu pai me contou, não sei o motivo, mas me contou, só não sei o que tem lá dentro, por que não tenta descobrir? Assim, terá mais coisas para seu trabalho. — TaeHyung sorriu falso, o que não passou despercebido por JungKook.

— Por que não gosta do Lord? 

— Isso não é da sua conta, não conte para ninguém que conversamos — O garoto seguiu para a porta e olhou para o escritor — Espero que se saia bem com seu trabalho e lembre-se, fique longe do Park — Ele sorriu perverso e saiu da sala, batendo a porta com um pouco de força.

JungKook passou as mãos no rosto e fechou os olhos, tentando relaxar. Ele sabia que a família para qual estava trabalhando era uma família difícil, mas nunca imaginou que seria neste nível.

Jimin conversava um pouco mais animado com seu primo, mas quando TaeHyung entrou no cômodo, o ar ficou pesado, a tensão entre os dois era bem visível, principalmente vinda de TaeHyung. Park suspirou e se ajeitou no assento e apertou um pouco a barra de sua blusa.

— Estou indo para casa, não aguento mais ficar aqui.

— Sabe que nosso pai não quer você sozinho por aí.

— Então vamos juntos, quero minha casa…

— Tae, por favor, não seja assim, eu quero ficar com o JiMin, faz tempo que não conversamos.

— Querido, eu levo TaeHyung para casa e volto. Passamos a noite aqui, o que acha?

E assim foi, NamJoon levou TaeHyung embora, este que foi se mordendo de ódio, principalmente por SeokJin não ir junto. JiMin se sentiu ainda pior com a cena, já começava a imaginar o motivo do ódio de TaeHyung por si. Ciúme do irmão. 
SeokJin caminhava com o amigo pelos corredores da grande casa, quando se deparou com o Duque entrando apressado na sala onde o escritor estava. Ele ficou extremamente curioso para saber o que estava acontecendo, mas JiMin o convenceu de não ir lá, não quero o pai ainda mais irritado.
Seguiram até o jardim, onde cada um sentou em um balanço, conversavam sobre assuntos variados, mas toda a atenção que Park havia depositado em SeokJin acabou no momento em que ele viu o escritor na janela do segundo andar. Jin apenas riu e jogou algumas pequenas folhas no rosto de Park, o que o fez acordar de seu transe.

— O que foi?

— Estava comendo o escritor com os olhos, novamente — SeokJin riu.

— Não estava nada, eu estava… olhando um passarinho azul.

— Tem certeza? O passarinho estava justo na janela onde o escritor está?

Park sentiu o rosto ruborizar e desviou o olhar para o chão, estava tão na cara assim? Ele suspirou e segurou nas cordas da balança, moveu seu corpo para frente e para trás de leve, tentando esquecer tudo o que seu corpo estava sentindo quando olhou para o escritor. Por um segundo, esqueceu que seu primo estava ali e imaginou como era ter seu corpo tocado pelas mãos firmes do homem, mas não demorou muito para desviar a atenção do pensamento, não queria ficar excitado agora, muito menos com seu primo ao lado, que o chamaria de pervertido, com toda certeza.

— Por que sinto que quer me perguntar algo indiscreto, Lord? — SeokJin sorriu ladino.

— Eu… Eu não quero perguntar nada — Park falou num sussurro.

— Sempre que você brinca com seus dedos das mãos, quer me perguntar algo indiscreto — JiMin se assustou ao não perceber que movia os dedos, dando leves atritos entre eles e a corda do balanço.

    — Como você se sentiu ao ver o NamJoon pela primeira vez? Seu corpo reagiu de alguma forma?

    — Não me diga que ficou excitado vendo o escritor…

Lord Park || JJK + PJM Onde histórias criam vida. Descubra agora