Capítulo 47 - Confiança.

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Certa vez eu disse ao Bucky que minha vida estaria repleto de adrenalina, eu estaria pichando e fugindo da polícia,  eu ainda não estou fazendo isso, mas estou fazendo parte de duas gangues importantes daqui da cidade, onde fui me meter ? Onde quer que o Bucky esteja,  ele deve estar maluco por estar assistindo esse drama particular em que eu estou vivendo.



Estava olhando as fotos em que o Marcos pegou de minha casa pra me dar,  ainda nem acredito que ele teve a ousadia de pisar lá , eu sinto um pouco de medo pela minha família, mas sinto um pouco de paz em saber que Mark estava de olho neles , acho que poderia mesmo confiar naquele homem.


Me perguntava como será a minha vida daqui pra frente  ? Será que algum dia eu irei sair dessa situação  ? Ainda gostaria de ter uma oportunidade de mudar tudo e voltar naqueles tempo onde o meu irmão estaria vivo..... a realidade é complicada de aceitar, ainda estou aprendendo a lidar com tudo, preciso amadurecer pra poder ser um homem forte.



Ainda dói lembrar de tudo, mas pra ser forte eu teria que seguir em frente e sem olhar para trás, o passado já passou não é  mesmo  ? Agora tenho que lidar com as consequências dele.



- O que tanto você olha aí  ? - perguntou Adrian se aproximando de mim  - Estou aqui te observando a dez minutos, e você nem notou que abri a porta e entrei, você tem que deixar a porta fechada, na chave , não confie em ninguém da redondeza.



- Estava meio perdido aqui  - mostrei pra ele a foto do Bucky  - É o meu irmão.



- Legal, ele se parece muito com você   - ele sentou ao meu lado - Não está chorando vendo essa foto né  ?.




- Eu nunca chorei na vida , chorar é pros fracos  - olhei pra ele que riu - O que você quer ?.



- Eu estava fazendo minha corrida da noite e resolvi passar aqui e te convidar pra correr um pouco, o que acha  ?.


- Minha cabeça está cheia de coisas, gostaria de ficar em casa e pensar no que vou fazer.




- Correr ajuda bastante sabia  ? Vai fazer abrir as barreiras do seu cérebro,  sem falar que está tendo um vento bom.




- Tudo bem Então, vamos ver se uma corridinha ajuda a aquecer minha cabeça.




Ainda era 21:00 , e não tinha quase ninguém nas ruas, Adrian e eu corriamos em direção às docas , mas corriamos devagar.



- Está tão calmo, que parece que existe apenas nós dois nesse mundo  - disse Adrian enquanto corria ao meu lado.


- Achei que nessas horas, poderia ter mais pessoas nas ruas.




- As vezes tem, as vezes não tem, depende do que estão fazendo, se tiver movimentado, é porque estão trabalhando.




- Defina trabalho por aqui.



- Vendas de drogas, furtos etc.



- Que vida louca heim ? As pessoas não tem trabalhos normais não  ?.




- Não é obrigado a fazer apenas essas coisas, algumas pessoas têm vidas normais por aqui, não é todo mundo que fuma, ou vendem coisas ilícitas, uma coisa que você tem que saber é que aqui há comunidades.



- Comunidades?.


- Sim, o Marcos ele é um homem ruim mas ele também é uma voz pro povo , ele ajuda quem precisa  e sempre da conselhos as crianças a seguir uma rotina de vida longe de furtos,  mas a maioria entra nesse mundo por algum motivo.




- Entendi, mas eles não tem um bom exemplo, mesmo achando que tem  - ele riu  - Marcos é uma pessoa errada que tenta ensinar a coisa  certas, nunca da certo.



- Realmente - a gente parou de correr - Você poderia falar o que está sentindo, é uma boa hora pra você se abrir.



- Sei que parece que estou bem, mas sinto um pouco de medo.



- Eu também sinto esse medo, mas não deixe isso dominar você.



- É o que tento fazer,  não ser refém dele pois aí as coisas vão piorar.



- Você é um garoto forte , vai conseguir lidar com isso e se não conseguir, lembre-se que você tem a mim e sabe que posso te ajudar.



- Eu sei disso, talvez eu confie em você.



- Quer dizer que antes você não confiava  ? - ele gargalhou.



- A gente não se conhece a anos, mas posso dizer que você é o único amigo que tenho aqui, então me sinto a vontade em falar com você.




- Fico feliz em saber que você gosta de me ter por perto.



- Eu não disse que gosto de ter você por perto , apenas disse que gosto de falar com você  - sorri e ele riu.



- É quase a mesma coisa , não é  ?.


- Acho que não  - olhei pra frente e avistei as docas  - Se eu chegar primeiro,  você vai pagar uma bebida pra mim.



- O que  ?.



- três,  dois,  um, aqui vou eu  - corri e ele rindo correu atrás.





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VicentOnde histórias criam vida. Descubra agora