Capitulo 29 - Perda.

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- Você acha que pode tirar umas folgas pra poder relaxar Vicent ? Quando se trabalha comigo, não tem essa modormia toda não. - disse ríspido Carlos, eu e ele estávamos do lado de fora da casa dele.



- O que você quer  ?.



- Daqui a cinco horas, terá uma festa na casa de um amigo meu, onde terá vários adolescentes chatos que irão  querer um pouco de diversão, preciso que você vá a festa comigo.




- O Breno pode ir com você, imagino  isso.




- Breno estará ocupado com outros afazeres, como não tenho mais o Johan e Caio,  você terá que fazer isso - ele colocou as mãos nos bolsos  - Não vai acontecer nada de mais, é só você fazer o que você  sabe que tudo dará certo.




- O que acontece se eu não ir ? - ele riu enquanto eu olhava seriamente.




- Você sabe muito bem o que pode acontecer com você se você não fazer o que quero , aliás, você está me devendo então não está em permissão pra fazer o que bem entender.



- As vezes sinto que tudo que você fala é blefe, acho que você não tem coragem de fazer nenhum mal a mim, até porque eu sei que eu sou o " Menino de ouro " do Marcos, provável que ele pediu pra você não fazer nada contra mim  - sorri de canto a ele que franziu a testa.



- É verdade que Marcos tem um interesse pessoal em você, você é realmente valioso pra ele , o mesmo me disse pra não fazer nada a você só que as vezes eu sou bem desobediente Vicent, Não pense que vou levar ao pé da letra tudo que o Marcos fala.




- Duvido que você tenha coragem de desobedecer ele, eu sei o que ele faz quando alguém que o segue, não cumpre as ordens dele  - sorri vendo que meu blefe estava fazendo algum efeito nele.



- Tire esse sorriso da cara, porque você não venceu ainda, Marcos tem o poder bem grande,  isso em San American e não estamos em San American , estamos  ? Se eu machucar você, mesmo que seja um pouco, eu vou ganhar uma punição, mas não tão severa quanto ele da pra alguém que não cumpriu as ordens dele mas isso em San American, estamos em Santa Clara , então estou de boa, você vai fazer o que te pedi, por que se não fizer eu vou tirar o seu ponto fraco de você,  talvez não posso te machucar fisicamente, mas posso matar você matando quem você ama.



- Eu não vou permitir isso - quando estava me aproximando dele , ele retirou da cintura dele uma arma e apontou pra mim , parei no mesmo momento em que estava frente a frente dela.




- Abaixa essa arma , agora  - gritou Bucky, que me fez arregalar os meus olhos quando o vi se aproximar  - Fique longe do meu irmão.




- Uma reunião de família  ? Adoro isso ! - ele sorriu de canto e apontou a arma pro Bucky.



- O que você está fazendo aqui  ? - questionei.


- Você estava estranho,  então segui você,  imaginei que iria se encontrar com ele.



- Não era pra você estar aqui Bucky.



- Então você sabe sobre mim ? Quer dizer que o Vicent abriu o bico - ele apontou a arma pra mim e Bucky se pôs a minha frente.




- Abaixa a arma e ninguém se machuca - disse ele.



- Quem está armado é eu e não você, não está em uma posição boa nesse momento.




- Eu sei de tudo que você fez pro meu irmão,  não vou permitir de que ele  continue trabalhando pra você, isso tem que acabar agora.



- Se sabe de tudo, então sabe que ele tá me devendo, ele precisa trabalhar pra mim pra pagar o que deve.




- Sim, eu sei e nisso eu quero fazer uma proposta com você.



- Que tipo de proposta  ? - perguntou apontando a arma pro Bucky.



- Eu e Vicent juntamos bastante dinheiro que dá pra cobrir tudo que ele possa estar devendo a você,  estou com cheque aqui em meu bolso , posso pegar e dar pra você e assim você deixa meu irmão em paz.



- Me mostre,  mas sem gracinhas pois atiro em você sem pensar.




Bucky se afastou um pouco de mim e retirou do bolso dele o cheque ele mencionou. Com muito cautela, ele entregou o cheque para o Carlos que abaixou a arma e sorriu ao ver o valor , acho que o plano de Bucky daria certo.




- Estou impressionado, é uma boa quantia mas ainda assim não dá pra cobrir tudo que perdi por conta dele.



- Qual é  cara , aceita logo e deixe meu irmão em paz, estou cansado de ver ele sofrer, cansado de ver ele nessa situação,  aceite o dinheiro que prometo a você que não contarei pra ninguém sobre isso.




- Você acha que sou tolo não é  ? Você sabe de mais , não posso deixar isso assim.



Carlos  apontou arma para o Bucky novamente ,  nesse momento quando ele fez isso, em voz alta três policiais apareceram apontando as armas para o Carlos e mandando ele a baixar a dele , nesse momento eu olhei para o Bucky que correu pra perto de mim me abraçando , quando ele fez isso eu escultei um disparo e a gritaria dos policiais que no qual começaram a atirar em Carlos,  Bucky que ainda estava me abraçando começou a escorregar , e eu sem entender nada olhei pra ele  e vi que em seus lábios estavam cobertos de sangue.





Minha cabeça estava tentando formular alguma coisa, não estava entendendo o que tava ocorrendo ali, segurei na mão dele seguido de minhas lágrimas que estavam caindo em seu rosto.




- Bucky, que porra é essa ?  - falei a ele que me olhava com os olhos de quem estava assustado  - Bucky  ?.




-  Vicent ...... - sussurrou e em seguida , Bucky fechou os olhos.




Eu gritei pedindo ajuda dos policiais que estavam ali , um deles veio até nós e olhou para  Bucky  e com os semblante triste ele abaixou a cabeça e fechou os olhos. Aquilo não poderia estar acontecendo, minha cabeça começou a enxer com minha memoriais, minhas e dele , eu estava arrasado e tudo aquilo estava acontecendo por minha culpa.




Meu peito estava repleto de dor, eu me levantei e em prantos  comecei a correr ouvindo os chamados dos policiais, não me importei e corri junto com aquela chuva que começou a cair do céu, como se as nuvens estivesse triste por mim e pelo Bucky.




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VicentOnde histórias criam vida. Descubra agora