Capítulo 06 - De volta a escola.

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Pra garantir que eu estaria mesmo na escola, Bucky,  me acompanhou até aqui, ele queria ter certeza de que eu entraria pela porta da escola e não sairia, eu pensei em fingir que iria entrar e sair de novo mas ele ficou lá fora observando a saída,  ele realmente não tinha fé que eu manteria a promessa, mas foi melhor ele ter ficado lá fora pois se ele não estivesse  eu teria saído.

Minha grande escola que continha bastante programação para os alunos se chamava  " Michelangelo" , aí você entende porque tem tanta programação.

Mesmo estudando aqui desde meus 11 anos eu me sentia estranho, talvez era a sensação de todas as pessoas estarem olhando pra mim com espanto , como se eu tivesse saido das tumbas e eles estavam me olhando assim,me sentia um idiota, porque estava aqui mesmo ?.

Da última vez que estive aqui, foi aonde me levaram para o reformatório. O motivo foi que coloquei várias bombinhas nos vasos sanitários e não estava nessa sozinho, conheci duas pessoas que amavam confusão como eu que entraram nessa também, eu apenas joguei as bombinhas no banheiro, já eles, vandalizaram os corredores e as salas enquanto na escola estava havendo uma palestra que falava sobre o bullying, depois do fim da palestra e depois de encontrarem a escola naquele estado e olharem as câmeras da instituição , eles viram a gente e bom....Fiquei um ano com eles no reformatório, eles ainda estão  lá pois não se comportaram no reformatório como eu.



- Não vai vandalizar não é  ? - perguntou bem descontraído o diretor da minha escola o senhor Barnes, um homem alto de cabelos um pouco grisalhos e um pouco gordinho mas não era velho, tinha a faixa de 35 anos, por ai e adorava pintar o cabelo de grisalho, castanho ou preto, acho que a cor vária no humor dele.



- É um belo cartaz, não irei fazer isso - sorri olhando o cartaz do concurso de poesia que terá nessa semana na escola .


- Você vai participar ?.



- Não pega bem eu participar dessas coisas, sabe disso.


- Não precisa ter vergonha Vicent, muitos garotos da escola estão se escrevendo pro concurso e isso não os fazem menos homens, conhece os maiores poetistas não é  ? Um deles tem o nome de nossa escola,  deveria participar.




- Eu tô de boa  - passei as mãos em meus cabelos e repousei nos bolsos da minha calça.



- Eu vejo um futuro brilhante em você,  tem potencial e por isso deixei você voltar a estudar aqui, não podemos perder um grande aluno como você, e se focar nos estudos e frequentar as aulas corretamente, você terá muitas oportunidades garoto - ele colocou a mão em meu ombro - É muito bom te ter aqui de volta, não deixe de  vir a escola - ele sorriu - Depois conversaremos mais, seja Bem-Vindo novamente. - sorriu  e se afastou.

Depois disso eu fui pra sala de aula, minha sala não era a mesma da Ângela e do Diego pois perdi um ano e eles estavam mais adiantados do que eu, isso também desanimava um pouco.


Saindo da escola depois que assisti todas as aulas, ao lado de um carro estava um rosto conhecido, Carlos, ele era ruivo e um pouco mais alto do que eu mas tinha a mesma idade. Ele fumava e bebia bastante, suas  festas eram as melhores pois havia muitas drogas , bebidas e bastante garotas sem mencionar as boas músicas do estilo punk, ele era punk.


- Olha só,  Vicent Valles, quem tá vivo sempre aparece - Ele que estava fumando jogou o cigarro no chão e pisou - Saiu do reformatório  ?.


- Se estou aqui, é porque sai - Ele riu e me olhou de cima a baixo - O que você está fazendo aqui ?.


- Estou esperando uma mina aí, mas me fala, como é que você tá  ? O Caio e o Johan não saíram junto com você?.


- Não, e é possível que eles irão  demorar pra sair do reformatório, eles brigam com os caras toda hora, sai porque me comportei.


- Os melhores semprem sai - Ele se aproximou de mim - Quer alguma coisa de boas vindas ? Estou com novas "Paradas ".



- Não estou afim  - Ele riu colocando as mãos no bolso da calça dele - A gente se vê por aí.


- Acho que sim - ele sorriu de canto e eu me afastei.



De todas as pessoas ruins que já Conheci, ele era uma delas e eu estava ciente de que não posso me aproximar de uma pessoa como ele.


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VicentOnde histórias criam vida. Descubra agora