Capítulo 55 - Um pouco mais de Adrian.

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- Tem algumas coisas que não contei a você,  Vicent - disse Adrian a mim , que estávamos caminhando para a casa VIP.




- Não fico surpreso com isso, acho que tem coisas que você não precisa me contar.



- Sim , só que eu deveria pois eu confio muito em você. Contar uma coisa dessas, significa que realmente eu confio em você. Nunca tive um amigo de verdade durante toda a minha vida, ter você é algo novo pra mim.




- Bom , se você acha que deve me contar sobre outro pedaço de sua história, pode me falar pois não vou contar nada a ninguém. - olhei pra ele que me olhava e sorri, dando confiança a ele.



- Talvez seja um pouco embaraçado pra você quando souber, mas vou falar. - ele colocou a mão no bolso da calça dele  - Teve uma época de minha vida, muito antes de eu conhecer o Mark que eu vivia em um lugar desde a minha infância.


- Onde era esse lugar ? - idaguei curioso.


- Em um lar de prostituição - disse ele sentindo um pouco de vergonha , não tive reação  - Meus pais me deixaram nesse local com uma amiga deles por um longo tempo......



- Quantos anos você tinha ?.


- Entre nove a dez anos.... passei minha infância e a adolescência vendo mulheres nuas e homens também.



- Nossa  - cocei minha nuca - Que tipo de país eram os seus ?.



- Do tipo que não ligavam pra mim.... mas não tenho rancor pois a mulher que eles me deixaram , não era má, ela era de boa e me ensinou bastante coisas nessa vida. Ela só lamentou que eu estivesse naquele local, mas era a vida não é mesmo ?.



- A vida as vezes gosta de pregar peças na gente, mas fazer o que.



- É tudo sobre aprendizado, eu comecei a trabalhar naquele lugar quando ninguém queria me dar uma oportunidade de trabalho , me prostituir era uma saída pra eu poder ter algum dinheiro pra sair dali.



- Você se prostituiu  ?.


- Por um período, a mulher que cuidava de mim ela não gostava disso, mas eu não queria depender dela e mesmo que fosse errado, eu queria ganhar dinheiro com meu próprio desempenho mas não fiquei nessa vida por muito tempo pois em uma das circunstâncias eu acabei conhecendo o Mark.



- O que o Mark estava fazendo em uma casa de prostituição ? - arregalei meus olhos já sabendo o óbvio.



- Não.... ele não estava lá, eu encontrei ele em outro lugar , em uma circunstâncias lamentável.


- Como assim  ?.


- Depois de ter terminado meu serviço, estava voltando pra casa e nessa volta eu me deparei com um corpo jogado no chão lá no beco, me aproximei e vi um homem todo machucado, acabei que ajudando ele e o levei pra minha casa, nesse tempo eu estava alugando um quarto então o trouxe pra lá , cuidei dele e depois disso acabei sabendo quem ele era e no começo eu confesso que senti um medo do caralho  - ele riu - Mas depois de o conhecer,  acabei que gostando muito dele , do Mark,  ele não era tão ruim quanto os boatos diziam. Depois que ele se curou , ele me convidou pra largar essa vida que eu tinha e seguir ele , acabei entrando pros Vítoriuns  onde estou até hoje.



- Mas me diz, o que ouve com o Mark pra ele aparecer em um beco todo detonado  ?.



-  Segundo ele, ele estava investigando algo a respeito do irmão e acabou que não dando certo, mas graças a Deus tudo ficou nos trilhos - ele sorriu - Essa é mais uma parte de minha história, me desculpe se algum momento lhe constrangi.



- Isso não ocorreu, não se preocupe pois cada um de nós tem uma história pra contar , seja embaraçada ou não.



- Obrigado, senti que você deveria saber... obrigado por não me julgar.



- Nunca faria isso, Adrian. Acho que chegamos  - falei quando paramos em frente de uma casa que já por fora dava pra ver que era enorme lá dentro.



- Esse é o local  - ele olhou no celular dele  - Vamos entrar. - ele abriu a porta e entamos.



Imagino o que o Bucky iria me falar se soubesse que eu estava em uma casa de prostituição, ele certamente iria me matar e me dar tanto sermão que sei que ficaria traumatizado. Estava aqui por uma missão e não pra curtir.

O local era enorme , tinha várias mulheres e homens também. Homens jovens e velhos que no qual era maioria, sinto pena dessas mulheres que se deitam com esses caras velhos,  mas faziam por conta do dinheiro que eles tinham, mesmo assim, era uma tortura isso.


Em alguns espaços tinha algumas mulheres que estavam dançando,  enquanto elas usavam diferentes fantasias sexuais. Tocava uma música com um ritmo lento e depois rápido,  vários homens estavam olhando pra elas , Vendo elas dançarem para agradar eles, que no quais jogavam dinheiro para as moça.

Era aqui onde começava nossa missão.



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VicentOnde histórias criam vida. Descubra agora