Capítulo 12 - Festa parte 2.

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Não sabia exatamente que horas era, eu estava tão envolvido naquela festa que não estava me importando com mais nada. Eu fiz tudo que a minha liberdade deixava, desde ficar com algumas meninas e beber bastante, eu realmente aproveitei e não estava nem aí pra nada.



Após a curtição eu entrei em uma sala que parecia ser uma biblioteca por acaso, lá eu encontrei sentado numa poltrona fumando muito alguém que eu nunca imaginaria que estaria ali, Carlos. Ele ao me ver entrar mostrou um grande sorriso de lado e se ajeitou na poltrona.



- Vicent, nos encontramos tão cedo.




- O que faz aqui ? - perguntei depois de soltar um leve arroto.



- Vim me distrair um pouco e você? O que faz aqui ? Não sabia que era amigo do Ander.



- Não sou...um amigo meu é  conhecido dele, ele que me trouxe aqui.


- Se divertindo muito  ? Ouvi dizer que um cara com camiseta de caveira estava fazendo um grande sucesso por aqui, não sabia que era você  - olhei para minha camiseta que tinha estampa de caveira - Me diz Vicent,  o que você sente estando tão livre e despreocupado ?.



- Não sei dizer ao certo - ele ficou de pé e jogou a bituca de cigarro no tapete que estava no chão da biblioteca.


- Claro que sabe , você só não quer falar  - ele colocou as mãos dele dentro do bolso da calça dele  -  É incrível como você consegue escapar de tudo, conseguiu até sair do reformatório antes do Caio e do Johan.


- Eu saí por bom comportamento, como já falei.


- Se for mesmo assim, os dois nunca iram sair de lá, eles não são pessoas que gostam de ser controladas, quanto tempo será que ainda vai ficar lá  ? Mas 3 meses ? 2 anos ?.



- Suponho que mais tempo  - ele riu e fechou os olhos - Mas é  certeza que eles iram sair de lá em breve.



- Sabe que depois que eles foram levados pro reformatório eu perdi muitos clientes..... não sei se sabe mas tanto quanto Caio e Johan trabalhavam pra mim, eles me ajudavam a vender minhas mercadorias, eu confiava neles.


- Sinto muito - coloquei a mão em meu pescoço sentido de leve um pequeno calafrio - Eu vou indo nessa - me virei e quando eu iria abrir a porta, Carlos a impediu de abri colocando a mão diante a porta.



- Eles amavam esse trabalho,  gostavam de se arriscar naquele colégio imundo, era lá a minha fonte de renda, era lá que alimentava os desejos daqueles adolescentes imundos que saciavam por alguma coisa para acalmar os nervos, para relaxar, eles nunca foram pegos, eram ágeis e fiéis a mim, só que depois que foram parar no reformatório eu não tive eles para começar os fornecimentos, mas eles tiveram uma chance de escapar não é Vicent ? E você sabe muito bem disso, bom comportamento, certo ? Eu sei o que aconteceu naquele lugar, eu sei o que você fez.



- Não sei sobre o que  está falando - iria sair mas ele me prensou na parede  - Me deixa ir embora - falei para ele que me olhava com ódio,  tava bem nítido em seu olhar e face.



- Você é um grande de um filho da puta, eles iram escapar daquele inferno e você os dedurou,  você os esfaqueou pelas costas contando para os superiores de lá o que Johan e Caio iriam fazer,  em cima disso você ganhou tanta confiança que pode sair de lá mais cedo, bom comportamento não é  ? - ele deu um soco em minha barriga me fez se ajoelhar  - Eu sei de tudo, mesmo você negando , eu sei a verdade e você me prejudicou muito  - Ele me deu um chute em minha barriga que senti meu estômago se revirar  - Esculta Vicent, você me conhece e sabe do que sou capaz  - ele me puxou pelo meu cabelo para olhar pra ele  - Eu não vou machucar você por agora, mas você está me devendo e muito, você vai ter que quitar a sua dívida comigo e vou começar a cobrar  - ele largou meu cabelo e se levantou  - Em algumas semana eu vou entrar em contato com você, não de uma de espertinho pois só vai piorar a sua situação comigo, aproveita o resto da festa. - ele abriu a porta e saiu.




Eu estava bem ferrado.......




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VicentOnde histórias criam vida. Descubra agora