Capítulo 34 - Encontrado.

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Acho que fui meio burro, poderia ter passado pelo menos a noite naquela bela casa pra de manhã ir embora mas estava tão orgulhoso que nem pensei nisso direito.


Não sabia onde eu estava, apenas entrei em um beco qualquer e me deitei no chão pois voltei a estaca zero de novo.


Mesmo o chão estando duro e frio, eu me mantive ali , mas naquele silêncio eu sentia um pouco  de medo, isso não poderia negar.




- Você viu ? A Milene,  aquela maluca, mostrou os peitos pra todo mundo , ela falava que era Santa.




- De Santa, ela não tem nada  - eles riram.


Não sabia quem eram , mas torci para que eles não notassem que eu estava ali.



- É só você entregar uma bebida pra mulher, que ela já mostra seu lado puta, não concorda Bruno  ?.



- Claro, sem mencionar que aquela boate, tem um monte delas - ele riu junto com os outros dois.




- Ei, olha ali um mendigo.



- O que esse cara está fazendo aqui na nossa área  ?.




- Vamos acordar ele.





Depois que falaram isso, por alguns minutos eu não ouvi nada,  parecia que tudo tinha voltado ao silêncio então retornei a tentar  dormir , mas quando fiz isso, senti água caindo sobre meu rosto e isso me fez me levantar aos risos dos caras , um que estava com camiseta vermelha me prensou na parede.



- Desculpe te acordar assim, mas tínhamos que fazer isso, você  está na nossa área  - disse ele que estava com tom de deboche.



- Eu não sabia que esse lugar tinha dono.



- Você viu Ray  ? Ele disse que não sabia que nosso local era restrito.



- Você deve ser novo por aqui,  isso é bom  - o cara de camiseta amarela começou a rir.



- Olha aqui novato, a gente vai aceitar o seu pedido de desculpas  - o cara de camiseta vermelho me jogou para o de camiseta amarela que me pegou e me jogou no chão.



- Acho que estou com vontade de me divertir um pouco, o que acha dessa idéia  ? Bruno.



- Estou querendo me exercitar um pouco  - ele sem dó,  deu um chute na minha barriga onde eu gritei de dor e pedi pra eles pararem  - Acho que o novato disse alguma coisa  - ele me chutou de novo.



- O que será que ele tá querendo falar  ?.



- Não conseguimos codificar, ele precisa de ar pra poder falar  - senti um chute em minhas costas.


- Por favor....pare  - falei sem saber se minha voz estava saindo.



- Não vamos parar não  - ele colocou o pé dele que estava com sapatos em cima da minha cabeça - A gente vamos brincar um pouco com você,  não é  garotos ?.




- Eu sugiro que você tire esse pé imundo desse garoto, ou cabeças vão rolar aqui. - a voz firme era do Adrian.



- Quem você pensa que é pra chegar aqui e estragar nossa diversão   ?.


- Alguém que vai contar ao Marcos o que aconteceu aqui, acho que memorizei os seus rostos.


Quando Adrian disse isso, os três caras saíram correndo,  Adrian correu em minha direção e me ajudou a me levantar.



- Se você não tivesse chegado a tempo.. Eu....


- Vou te levar pra minha casa  - ele me cortou  - Vai estar seguro lá comigo.



Sem questionar nada eu comecei a andar com ele pra saída do beco, estava sentindo muita dor , principalmente  nas costas mas mesmo assim, com a ajuda dele eu fazia um esforço pra conseguir andar.



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VicentOnde histórias criam vida. Descubra agora