Capítulo 23 - Crises.

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Algumas semanas depois......




Minha cabeça girou como se eu estivesse em uma roda- gigante. Outra vez tive uma pequena crise na escola e o pior, dessa vez foi dentro da sala de aula onde todos me olharam de uma maneira que eu mais detestava, olhar de pena. Nesses dias estava muito preocupado e me culpava bastante sobre tudo que estava ocorrendo em minha vida ultimamente, me perguntava cansativamente em como cheguei naquele ponto, nesse abismo infernal que parecia não ter fim.



Marcos conversou com o Carlos pedindo para ele parar de me ameaçar, de alguma maneira fez algum efeito mas alguns dias pra cá eu comecei a receber ligações estranhas e mensagens anônimas de mal gosto que no qual estava me deixando bem abalado. Sabia muito bem que era o Carlos e sentia tanta raiva mas não poderia fazer nada, não queria mais confusão.



Estava me esforçando muito pra sempre  vender as mercadorias do Carlos, quase fui pego umas duas vezes fazendo venda no pátio da escola, estava me arriscando de mais, eu tava cansado.



Pensei em algumas vezes ligar pro Marcos e contar o que estava rolando, mas não queria procurar ele , não queria me envolver com ele, pois sei que tudo isso teria uma grande troca, sei que nada era de graça, minha vida parecia que estava vendida.



Imagina, você estar enfrentando tantas coisas sozinhos, e não pode contar absolutamente nada pra ninguém pois não quer envolver pessoas nisso tudo, eu estava mal a cada dia que passava.




- O que será que está acontecendo com ele ? Essas crises estão sendo tão frequentes  - disse Ângela que estava com um tom de voz de preocupação.



- Ele meio que se afastou de mim, então não sei o que está acontecendo  - disse Diego - Vicent mudou muito,  não é o mesmo de antes.



- Ele está muito distante da gente agora, mas não podemos abandonar ele, mesmo a gente se falando pouco, ele continua sendo o nosso amigo.


- Sim, mas ele nunca vai falar o que está acontecendo, também não podemos forçar ele a falar.


- Nem o Bucky consegue tirar alguma informação dele, as coisas estão bem sérias.


- Estão sim - senti a mão da Ângela em minha testa, eu estava ouvindo o que eles falavam e ao mesmo tempo fingindo estar apagado, não queria falar com eles.




- Ei gente, obrigado por ficarem aqui na enfermaria com o Vicent,  agradeço muito  - era a voz do Bucky.




- Não precisa agradecer, só estamos ajudando um amigo.



- Ele teve outra crise....



- O diretor conversou comigo, vou falar com o Vicent quando ele estiver melhor.


- Faça isso, bom a gente tem que voltar pra aula agora, depois vamos fazer uma visita ao Vicent.



- Obrigado Ângela, faça sim, o Vicent vai adorar.


Depois de ouvir o som da porta se fechando , senti a mão quente do Bucky em minha testa, abri meus olhos pra olhar para ele que estava com aquela expressão séria mas também de preocupado, olhei em volta e vi que estava na enfermaria.



- Ei amigão, está se sentindo bem ?.


- Um pouco..... gostaria de ir pra casa.


- É o que vamos fazer, acha que consegue se levantar  ?.


- Sim  - coloquei minhas pernas pra fora da cama e fiquei de pé, colocando a mão na minha cabeça - Acho que consigo sobreviver até em casa.



- Vou chamar um táxi pra nós, não dá pra você ir andando até em casa não.



Depois de falar isso, Bucky e eu saímos da enfermaria e saímos da escola,  de frente a ela esperava um táxi por nós que no qual entramos e fomos pra casa.


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VicentOnde histórias criam vida. Descubra agora