Capítulo 30

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Depois de alguns minutos naquele momento de carinho, nos levantamos e vestimos. A melhor coisa a fazer agora era ir diretamente na minha casa, onde Derick estava, ele deveria estar bem preocupado.

Quando chegamos eu me surpreendi quando Peter entrelaçou nossas mãos. Ele nem me olhou e nos arrastou para minha casa.

- Peter! Você tá aqui! - Meu irmão grita que abriu a porta.

Logo seu olhar desceu para nossas mãos e ele franziu a testa. Entramos e todos já tinham corrido para a entrada da casa. Meus pais olharam nossas mãos completamente chocados.

- Filho! - Derick ia se aproximar mas Peter deu um passo para trás.

- Derick... é melhor não. - Meu pai fala colocando a mão no ombro dele.

- Só quero saber se meu filho está bem.

- Nunca estive melhor. - Peter me encarou mas logo voltou a dar sua atenção para seu pai. - Eu nem vinha, para sua informação. Só estou aqui por outra razão. - Peter não parava de me olhar mas logo ele soltou minha mão e caminhou até meus pais. - Eu queria pedir a mão de vossa filha pra vocês. - Todos o olhamos chocados. Inclusive eu.

O quê? Peter realmente estava pedindo permissão a meus pais para namorar comigo?

Todos ficaram em silêncio mas logo meu irmão o quebrou falando irritado:

- É sério isso? Realmente quer que aceitemos que namore minha irmã depois de tudo o que você e sua querida namorada a fizeram passar?

- Ronny... - Tentei o acalmar segurando seu braço mas ele se esquivou.

- Megan você está sendo muito idiota ao achar que as coisas entre vocês vão dar certo. - Abaixei a cabeça. -Se lembra das coisas horríveis que ele falava para você?

- Disse bem, falava. Ele me pediu perdão e se arrepende de tudo. E também a vida é minha, não sua.

- Ronny, eu adoro sua irmã, eu era incapaz de fazer ela sofrer novamente e eu me arrependo de tudo o que lhe fiz.

- É sério? O que te fez mudar então?

- Conhecer melhor ela. Eu percebi que sou um idiota. E tudo o que fiz foi influências do meu passado. Mesmo apesar de  isso não ser uma desculpa. - Ele olha seu pai que suspirou e esfregou os olhos.

- Tipo o quê? O que te levava a tratar minha irmã daquela maneira? - Peter travou a mandibula tal como meu irmão.

- Já chega Ronny! Quem precisa saber a história sou eu, não você. - Falo já irritada.

- Nós também precisamos saber de tudo. Se não for assim, não aceitamos. - Diz meu pai passando seus olhos de mim para Peter com os braços cruzados.

- Pai. - Derick olha seu filho. - Pode ir para casa. Agora que sabe que estou bem, não precisa mais nada.

- Você fica bem? - Ele assentiu e Derick pegou suas coisas. - Boa noite a todas. - Ele saiu com os ombros caídos.

- Vão para seus quartos. - Diz meu pai autoritário.

- Mas pai... - Tentei continuar mas minha mãe me interrompeu.

- Não piore as coisas filha. - Assenti.

Olhei Peter lhe dando coragem com um pequeno sorriso e logo subi. Meu irmão me seguiu e falou por último antes de entrar no seu quarto:

- Espero que não se arrependa de suas escolhas. Eu te amo irmã. Só não quero que sofra. - Ele sorriu fraco e entrou no seu quarto.

- Também te amo. - Falei baixo encarando a porta do seu quarto e logo entrei no meu.

Para não ficar queimando meu cérebro com todos esses pensamentos do que aconteceu, decido ir tomar um banho longo. Quando termino, seco meus cabelos e me encaro no espelho.

Como pode alguém como Pete gostar de mim?

Suspiro achando que tudo isso é um sonho e vou acordar a qualquer momento. Me deito na minha cama e fico encarando o teto. Eu não queria dormir mas acabei por fechar os olhos e cair no sono.

Peter narrando

Me sentei no sofá e os pais de Megan fizeram o mesmo esperando eu falar algo. Respirei fundo e contei tudo. Primeiro o que fazia com Megan e depois a razão de eu ter me tornado uma pessoa tão estupida.

Seus pais ficaram irritados e chocados e não acreditavam que meu pai fosse uma pessoa assim, no caso um marido assim. Depois eles quiseram saber a nossa aproximação e contei o que vi Megan fazer. Eles não faziam ideia de que ela já fazia isso antes, só sabiam daquela vez que ela foi parar no hospital.

Claro que ficaram tristes e chateados com eles próprios por nunca perceberem. Os tranquilizei e disse que a culpa não era deles, mas sim de quem tratava mal Megan... Eu...

- Desculpem-me por tudo o que fiz á vossa filha. Eu me arrependo tanto. - Suspirei. - Eu estou completamente apaixonado por ela. Nem imaginem o quanto. Nunca pensei que iria acontecer. - Sorri de lado.

- Conseguimos ver isso. - Diz a mãe dela sorrindo. - Querido, eles são jovens. - Ela olhou seu marido enquanto ele suspirava e me olhava intensamente.

- Você pode namorar minha filha. Mas se considere morto se acontecer algo com ela. - Ri nervosamente coçando na nuca.

- Posso pedir mais um favor? - Eles assentiram. - Posso passar a noite aqui? - Eles hesitaram em responder e logo insisti. - Eu prometo que não farei nada de mal e será só essa noite. As coisas com meu pai não estão nada bem e foi tudo muito recente.

- Tudo bem. No andar de cima, o quarto de fundo, fique com ele. - Sorri e me levantei logo eles fizeram o mesmo.

- Muito obrigado. - Os abracei forte. - Boa noite.

- Boa noite. - Eles responderam e logo subi.

Parei na frente do quarto de Meg olhando em volta e entrei devagar para não a acordar. Sentei na sua cama e analisei seu rosto. Ela dormia como um anjo. Passei minha mão na sua bochecha e seus olhos abriram lentamente e sorri para ela.

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