Neste preciso momento estou no carro a caminho da casa do Derick.
Eu não estava com muita disposição para ir, mas fiz o esforço pelos meus pais.
Paramos na frente da casa dele e logo saímos do carro. Fiquei caminhando do lado do meu irmão e minha mãe ficava abraçada a meu pai. Eles tocaram na campainha e esperamos na frente da porta.
- Olá! - Derick abriu a porta. - Entrem! - Ele se colocou de lado nos dando passagem.
Todos nós o cumprimentamos e o seguimos até sua sala. Sua casa era enorme! Era linda e totalmente clara. A minha era simples e pequena, perfeita para quatro pessoas.
- Sintam-se à vontade. O que querem beber? Whisky? - Meus pais assentiram e ele foi até a um pequeno bar com bebidas. - Meu filho já está quase descendo.
- Olá. - Olhei para trás e vi Peter.
Espera. O quê? Peter? Peterson? Ele é o filho de Derick?
- Olá! - Ele cumprimenta meus pais e depois vem até mim e meu irmão.
- Olá. - Ele mais me encarava do que meu próprio irmão.
- Oi. - Meu irmão respondeu e sorriu forçado.
Eu fiquei calada. Não conseguia nem respirar com o modo que ele me olhava. Ele estava tentando me intimidar?
- Bom Violet o teu caso está indo muito bem. Estamos perto a apanhar o verdadeiro culpado. Se bem que temos muitos suspeitos. - Diz Derick logo depois de beber seu whisky.
- Oh Derick você nem sabia como sou grata a você! - Minha mãe fala apertando a mão do meu pai sem conseguir esconder toda a sua felicidade.
- Imagina. Para além de minha cliente é minha amiga. - Derick sorriu. - E vocês crianças? Porque não vão fazer algo?
- Pai. Pelo amor de Deus. - Peter fala debochado.
- Vai conhecer melhor eles. Mostra o jardim. Você passa tanto tempo lá. - Peter suspira aborrecido e faz sinal para o seguirmos.
Em silêncio caminhamos até ao grande jardim que era absolutamente lindo. Sentamos em um banco comigo no meio dos meninos e tossi incomodada com o silêncio.
- A noite está calma. - Falei tentando dar assunto mas ninguém respondeu.
- Eu curto sua moto. - Peter fala para meu irmão me ignorando completamente e eu reviro os olhos.
- Obrigada cara. Mas ela não era minha. Não fui eu que a escolhi.
- Sério? - Meu irmão assentiu. - De quem era? - Fiz um sinal para meu irmão não responder.
- Da minha irmã. - Sério isso? Porque ele teve que dizer?
Peter me olhou chocado e curioso e eu olhei minhas mãos. Quase ninguém da escola sabe que ando de moto, por isso nego às vezes de ir com meu irmão. Vou explicar a história.
Quando eu tirei a carta, recentemente, eu tava indo na casa da Lisa para a mostrar a minha moto, mas ela avisou para nos encontrarmos num bar para nos divertirmos um pouco. Quando cheguei no bar tinha dois homens fumando do lado de fora e eles me olhavam de maneira desconfortável. Quando estava prestes a entrar no bar, eles começaram a dizer coisas nojentas do tipo "e aí gostosa? Não fura o pneu com esse peso não?". Eu corri de lá chorando e a partir daí nunca mais ganhei coragem para andar de moto.
- Verdade? - Ele me olhou e eu Assenti olhando minhas mãos. - Porque parou de andar?
- Importa? Eu não quero falar sobre isso. - Comecei a pressionar as unhas em minhas palmas das mãos tento a lembrança daquele dia.
- Maninha... Tudo bem? - Meu irmão segurou minhas mãos fazendo eu parar com aquilo.
- Eu vou no banheiro. - Me levantei e entrei na casa.
Fiquei procurando o banheiro por todo o lado mas eu não achava. Até que eu abri a porta e um lindo quarto decorado nos tons claros rosas apareceu.
Fechei a porta atrás de mim e fiquei pensando de quem era esse quarto. Será que Peter tinha uma irmã?
- O que faz aqui? - Dei um pulo de susto.
Olhei para a porta e Peter caminhava até mim com o rosto torcido de raiva.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amor XXL
Roman d'amourEm toda a sua vida Megan sofreu de bullying. Sempre teve sua família e melhor amiga do lado para a ajudar e apoiar, mas tem vezes que isso não é o suficiente. No meio de tanta confusão um amor se vai crescendo. Um amor que qualquer um acharia imposs...