Peter narrando
Eu não conseguia estar ali. Senti que Meg estava sentindo algum tipo de atração ou simplesmente seja coisas da minha cabeça. Eu não quero que ela pense que estou fazendo essa aposta por ela. Eu simplesmente queria ter salvado a única pessoa que eu amava e sinto que ao ajudar a Meg isso me alivia como se eu salvasse minha mãe.
Megan narrando
Depois que Peter saiu, decidi ir procurar Jack e o encontrei. Ficamos conversando até chegar a hora das aulas.
No final do dia fui até meu armário e alguém passou e me deu um tapa na bunda. Olhei para trás e um idiota da minha escola falou sorrindo:
- As bundas das gordinhas são as melhores. - Eu ia responder mas de repente o cara voou para os armários.
- Aprenda a respeitar os outros! - Peter falou o olhando no chão.
- Tá maluco cara!? - O garoto se levantou rápido e deu um soco no rosto de Peter.
Peter reagiu o batendo de volta e os dois ficaram ali rolando no chão. Tentei os separar mas um círculo enorme cheio de gente já se formava à volta deles. Dei cotoveladas neles e quando finalmente cheguei eu os separei.
- Parou! Vamos embora antes que o diretor apareça. - Nenhum deles me ouviu, eles só se encaravam como dois leões prestes a atacar. - Vamos Peter.
O agarrei pela jaqueta e o puxei saindo dali. Quando finalmente estávamos fora da escola eu me desafiei a o olhar.
- Você tá todo machucado. - Olhei o corte que ele tinha no lábio e o sangue que saía pelo nariz.
- Depois cuido disso. - Ele limpou com a mão.
- Vamos na minha casa. Você me defendeu, o mínimo que posso fazer é cuidar disso e agradecer.
- Fizemos um acordo.
- Não importa. Isso tá além do acordo. Você se machucou. Agora me dá a chave que você não vai conduzir nesse estado. - Estendi a mão e Peter hesitou.
Peter me deu a chave e eu subi na moto. Peter fez o mesmo com dificuldade e segurou minha cintura. Senti um arrepio pelo meu corpo e engoli seco dando partida.
Chegamos na minha casa e subimos em silêncio para meu quarto. Respondi às mensagens que meu irmão me mandou e disse para ele não se preocupar porque estava com um amigo, ele hoje saía mais tarde e meus pais também, ou seja, estou sozinha com Peter não só no meu quarto mas na minha casa.
- Senta. - Peter se sentou na minha cama e eu fui no banheiro buscar o kit de primeiros socorros.
Fiquei entre suas pernas e cuidei do seu corte no lábio depois de limpar seu nariz. Peter me encarava como se quisesse perguntar algo então eu perguntei primeiro:
- O que foi?
- Nada.
- Não parece. Tá me encarando de um jeito estranho. - Ele pensou.
- Você lida com isso todos os dias? Mesmo todos os dias?
Eu me senti envergonhada. Eu não queria responder a aquilo. Baixei minha cabeça e me virei colocando o algodão no lixo e fiquei ali parada.
- Megan? - Ele insistiu.
- Eu... Sim... Eu lido com isso todos os dias. - Me virei para ele com lágrimas nos olhos. - Não só na escola Peter. - Uma lágrima solitária escorreu enquanto eu falei essas palavras em sussurro.
- Eu mato cada um deles. - Franzi a testa vendo sua mandíbula cerrar e ele veio até mim. - Agora eu estou aqui. Ninguém vai machucar e abusar de você. - Peter segurou meu rosto com suas grandes mãos e limpou minhas lágrimas.
- Eu não entendo. Você mudou tão de repente quando viu... - Hesitei. - Viu aquilo que fiz.... Por quê?
- Não importa o porquê... O que importa é que já não sou a mesma pessoa dantes. - Peter sorriu fraco e eu fiz o mesmo.
Ficamos em silêncio olhando nos olhos um do outro intensamente e seus olhos desceram para meus lábios, tal como os meus desceu para os dele.
Nos aproximamos lentamente um do outro e nossos lábios se roçaram suavemente. Meu coração batia tão depressa que provavelmente era a única coisa que se ouvia no meu quarto. Sua respiração pesada a bater nos meus lábios era tão vibrante e tranquilizante.
Peter envolveu sua mão na minha cintura e a outra na minha nuca, olhei seus olhos que olhavam meus lábios intensamente. Sem perder mais tempo fecho meus olhos e me aproximo dele encostando por completo meus lábios aos dele.
Fecho meus olhos com força e me afasto dele lentamente mas Peter não me dá tempo. Ele me puxa pela cintura colando nossos corpos e me beijando calmamente mas ousadamente tentando invadir sua língua na minha boca.
Não hesito e deixo entrar sem nem mesmo saber beijar assim, mas Peter me guiava como se já soubesse disso.
Peter foi o primeiro garoto que beijei, o que eu menos esperava.
Peter com um simples beijo me fez sentir viva de novo.

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Amor XXL
Roman d'amourEm toda a sua vida Megan sofreu de bullying. Sempre teve sua família e melhor amiga do lado para a ajudar e apoiar, mas tem vezes que isso não é o suficiente. No meio de tanta confusão um amor se vai crescendo. Um amor que qualquer um acharia imposs...