Capítulo 18

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Após uns minutos assim, o sinal tocou e tínhamos que ir para as aulas. Afastei Peter com as mãos em seu peito e ficámos nos encarando por um tempo.

- Temos que ir. - Avisei e ele assentiu.

- Sim. - Pegamos nossas coisas e com uma última olhada saí.

Peter ficou lá, provavelmente para ninguém desconfiar.

O que eu estava sentindo nesse preciso momento era algo estranho. Como borboletas. Eu só queria voltar para trás e continuar o que estávamos a fazer.

Fui para as aulas e me encontrei com Jack. Depois ficamos almoça do juntos e conversando.

- Você quer sair esse final de semana? - Jack pergunta do nada.

- Para onde? - Ele colocou o dedo no queixo como se pensasse.

- Surpresa! Aceita ou não? - Pensei.

- Sim. Faz tempo que não saio. - Ele sorriu.

- Só me manda o endereço de sua casa e te pego no sábado da tarde.

- Beleza. - Sorrimos.

Quando chegou no final do dia eu estava pronta para ir para casa até que alguém me puxou pelo braço.

- Onde vai? - Pergunta Peter me encarando.

- Para casa.

- Eu te levo.

- Deixa eu só ir no meu armário. - Sorri forçado e Peter me seguiu.

Enquanto eu pegava minhas coisas Peter ficou encostado nos armários do meu lado me encarando. A maneira que ele me encarava era tão intensa que me deixava nervosa.

Com todos esses nervos, acabei por deixar alguns livros caírem. Quando fui os pegar Peter me ajudou e batemos com a cabeça um no outro.

Esfregamos nossas cabeças fazendo careta e eu acabei por rir da situação. Afim de um tempo Peter fez o mesmo e algumas pessoas nos olhavam estranho porque riamos tão alto.

- Desculpa. - Ele disse se levantando e segurando minha mão para me ajudar.

- Desculpa eu. - Me levantei e dei um último sorriso para ele.

Peter analisou meu rosto e ficou encarando meus lábios por fim. Ele olhou em volta e fechou meu armário violentamente e me puxou falando:

- Vem. - Fui arrastada por ele até a uma sala.

Quando chegamos ele fechou a porta e a trancou. Fiquei confusa e nervosa. O que ele iria fazer?

- Peter? O que você tá fazen... - Ele me interrompeu com um beijo feroz.

Segurei seus cabelos e ele minha cintura fazendo o beijo aprofundar.

O afastei bruscamente e ele me olhou confuso então falei:

- Eu não sou um brinquedo Peter. Eu não quero que você me use, não quero ser a garota que vai substituir a Stefany.  - Ele me olhou e ia falar mas eu continuei. - Acho que é melhor pararmos por aqui.

- Porquê? Eu quero proteger você. - Ele ia se aproximar mas eu dei um passo para trás.

- Porque eu tenho medo de me apaixonar por uma pessoa como você. - Ele engoliu seco. - Eu mereço alguém melhor.

Peter me encarou buscando palavras. Pela primeira vez ele não me humilhou depois de uma conversa séria assim. Como vi que nenhum de nós dois tinha nada para dizer me dirigi para a porta a destrancando.

- Não fique atrás de mim por esse acordo. É melhor ele acabar aqui e agora. - Com essas últimas palavras eu saí fechando a porta.

Fui caminhando rápido para casa. Eu só queria meu quarto agora. Eu queria fazer algo que quebraria aquele acordo idiota. Afinal ele acabou.

Cheguei e me tranquei logo no banheiro, quando estava prestes a cortar a lateral de minha coxa, recebi uma mensagem. A olhei e dizia:

"Espero que não faça o que estou pensando."

Peter.

Parecia já me conhecer suficientemente bem. Ele sabia que eu iria fazer isso. Então eu não fiz. Me levantei enxugando minhas lágrimas e desci para ver um pouco de TV.

Eu não queria admitir, mas eu estou realmente gostando de Peter. Ele nunca iria olhar para uma garota como eu, eu sei. O pior é que se essa relação fosse dar certo, eu provavelmente não iria me sentir bem todos dias pensando que ele tem repulsa do meu corpo com todas as coisas que ele disse no passado. Eu só não quero ser magoada, eu acho que já sofri o suficiente para um adolescente.

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