Capítulo 34

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- Eu vou andando. - Jack interrompe o momento de silêncio e ficamos ouvindo seus passos.

Peter e eu ficamos nos olhando. Nossos cabelos voavam com o vento e nem eu, nem ele quebrávamos o silêncio e o contacto visual.

- Megan eu quero dizer que eu... - Ele ia falar mas eu o interrompi.

- Sim Peter. Eu não vou repetir o que disse porque você não merece essas palavras vindas de mim. Você merecia que eu te odiasse depois de tudo! Eu tento perdoar você! Mas se você continuar a fazer essas coisas, eu não vou conseguir continuar te perdoando! Porque minha paciência tem limite! - Respiro fundo tentar recuperar o fôlego.

- Eu ia só dizer que também te amo. - O olho perplexa sentindo borboletas no meu estômago. - Me desculpa o que aconteceu á pouco. Eu não tava com ciúmes. Mas com raiva. Tava com raiva da maneira que ele falou das duas. - Ri forçado.

- Sério? Porquê? È porque ainda sente algo por ela. - Ele passa a mão no rosto.

- Não Megan! Pare de ser ciumenta! Porra! - Ele dá meia volta buscando paciência com as mãos na cintura e se volta de novo para mim. - Se lembre de quando minha mãe morreu a Stefany e eu já namorávamos. Ela me apoiou no momento que mais precisei! Eu não posso esquecer isso! Stefany pode ter sido muito cruel com você, mas ela também é uma pessoa, ela também tem seus problemas, medos e fraquezas. Eu só queria que um dia vocês se entendessem. Você não deveria julgar um livro pela capa.

- Mas posso pela sinopse.

- Aí se engana. - Ele se senta no chão da calçada e faço o mesmo.

- Então me explica. Porque senão, vou ficar com raiva de coisas que podem ter explicação. - Peter suspira.

- O pai de Stefany sempre exigiu muito dela. Ele bate nela quando suas notas não são suficientes e quando ela dá sua opinião. - Ele me olha fixamente nos olhos. - Nunca notou que ela usa muita maquilhagem?

- Se notei. - Começo a rir mas logo me calo vendo seu rosto sério. - Desculpa.

- Ela ficava com marcas no corpo, principalmente no rosto com os tapas que ele lhe dava e ainda obrigava a própria filha a contar. Quando eu descobri queria fazer algo para ajudar, mas ela não deixou, ela me ameaçou porque tinha medo do pai. - Arregalo os olhos. - Stefany tinha que ser a menina perfeita nos olhos dele. A melhor. Agora entende? - Olho minhas mãos.

- Sim... Mas nada disso justifica o que ela fez comigo. Eu só perdoei você porque me pediu perdão e se arrependeu, não porque me contou sua história, entende?

- Não estou pedindo para perdoa-la. Essa não é minha função. Mas sim mostrar a você que eu e ela tivemos uma relação muito forte. Mas com o tempo eu notei o quanto ela e nossa relação era tóxica. Por isso mudei. Graças a você. - Peter segura minhas mãos e as beija. - E saber que nos amamos me deixa tão feliz.

- Não mude de assunto. - Começo a sorrir como uma boba.

- Eu? - Ele faz de confuso e começo a rir.

Peter encara meus lábios e eu os dele. Logo nos aproximamos e nos beijamos. Peter segura meus cabelos da nuca intensificando o beijo. Ouvimos uma tosse fingida e nos afastamos rápido.

- Pensávamos que tinham raptado você. - Meu irmão fala com os braços cruzados nos olhando na porta.

- Já entro. - Começo a rir e ele desaparece. - Quer jantar com a gente? - Peter assente e logo me dá um selinho.

Nos afastamos e entramos em casa. O jantar correu bem e quando Peter foi embora eu queria tanto que ele ficasse. Mas ele precisa se entender com seu pai também, de repente com o tempo e a convivência as coisas melhorem entre eles.

Amor XXLOnde histórias criam vida. Descubra agora