ғᴏʀ ᴊᴜsᴛ ᴀ ᴍᴏᴍᴇɴᴛ

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𝐓𝐑𝐄𝐒 𝐃𝐈𝐀𝐒 𝐃𝐄𝐏𝐎𝐈𝐒

-Sabe Ed... Eu espero que você se lembre de mim.- Lorraine suspira, sentada na cama, ao lado do homen inconsciente.- Passamos por muita coisa juntos... Espero voltar a ser sua mulher.

Ele não havia acordado. estava a três dias assim-respirando por aparelhos, sem se mover, nem abrir os olhos. Era como se tivesse morrido já.

-Com licença.- Um médico interno diz, ao entrar no quarto.- Senhora Warren... Eu sinto muito te dizer que o senhor Warren não teve nenhuma mudança na situação durante esses dias. Então, ele pode não acordar... Ele provavelmente não está mais aqui. O hospital quer apenas a sua autorização para desligar os aparelhos, já que ele está ocupando o leito de UTI que alguém pode eventualmente precisar.

-O leito é dele. Ele precisa estar aqui. Ele vai ficar bem... Eu...eu sinto isso.- A mulher suplica, olhando o rapaz nos olhos, chorando tanto que chegava a soluçar. Estava perdendo ele, o amor de sua vida.-Ele tem que ficar bem.

-Senhora Warren, eu sinto muito.- O homem diz, entregando a ela uma pilha de papéis os quais ela certamente não assinaria.

-Me deixe sozinha.- Ela diz, secando as lágrimas do rosto na manga da blusa, fazendo com que o homem se retire-novamente estava sozinha com Ed.

-Isso é tão injusto, Ed.- Ela chora, deitando a cabeça no peito do homem adormecido. Podia ouvir seu coração bater. Podia sentir a sua respiração- ele estava vivo. Desligar seus aparelhos seria matá-lo... E ela não suportaria isso.- Isso não pode acabar assim! Você disse que estaria comigo para sempre, Não pode partir agora.

Lorraine respira fundo, jogando os papéis de lado e se afastando de Ed- ela pediria ajuda para o único que poderia ajuda-la naquele momento.
Ela se ajoelha ao lado da cama de hospital com certa dificuldade por conta do peso de sua barriga, segurando seu tipico crucifixo amarrado no pulso.
Juntando suas mãos e fechando seus olhos, deixando cair mais algumas lágrimas, ela clama por ajuda.

-Eu sei que você sabe como ele está, senhor.- Ela sussurra, em sua "conversa" com Deus.- Se for de sua vontade... Ajuda o Ed a voltar para casa... Por favor. O senhor, mais do que ninguém, sabe que eu preciso dele. Eu posso viver sem ele... Mais eu não quero. A minha vida seria tão dolorosa sem ele. Peço que cuide da alma dele, e faça com que ele volte para mim, porque eu não consigo aguentar perder ele aos poucos, dessa forma... Eu preciso dele.- A mulher suspira, abrindo seus olhos ao sentir outra presença no quarto.- Sim?

-A senhora... Já assinou os papéis?- O interno pergunta, olhando-a bem de perto.

-Não. E nem vou. Ele vai ficar bem.- Lorrainde diz, com total confiança de que o homem lá de cima não falharia com ela. Não dessa forma.- Ele vai acordar. É só questão de tempo

...

Mais cinco dias haviam se passado desde que o hospital havia solicitado a assinatura dos papéis. Com esse dia, Ed já estava a oito dias desacordado e inconsciente, trazendo angústia ao peito da jovem moça que dormia em uma poltrona ao seu lado todos os dias. De maneira desconfortavel-ainda mais por conta de sua gravidez.

Lorraine não tinha vontade minima de comer, e as vezes, mesmo sem querer, comia mesmo assim por conta de sua filha. Ia para casa apenas para tomar banho e as vezes, para ter privacidade em suas orações por Ed. Com isso, estava perdendo peso e a sanidade, já que, por falta de uma noite de sono tranquilo, suas visões pipocavam sua mente, e na maioria das vezes não fazia sentido. Já até havia visto o acidente. Sim, ela havia visto Edward Warren sangrando dentro do carro e o caminhão fugindo sem prestar socorro.

Não tinha mais força- não comia direito, não dormia direito e nem bebia água direito, havia oito dias. Estava apenas esperando alguma mudança. Apenas esperando que o homem melhorasse para que pudesse levá-lo para casa.

Esperava que ele acordasse e se lembrasse de algo e que depois disso, pudessem ser felizes ao criar sua filha.

A morena abre os olhos na poltrona ao ser assustada por um barulho que vinha de dentro do quarto.

Não via vulto nenhuma, nem ao menos a presença de nenhum médico. A verdade, é que o barulho vinha de cima da cama. Ed havia feito o barulho, pois estava acordado, a observando com os olhos abertos.

-Ed!- Ela grita, correndo para abraça-lo, porém é impedida por ele mesmo, que se esquiva de forma rápida.- Eu sabia que você ia melhorar!

-Sinto muito... Mais eu ainda não sei quem é você.- O homem suspira, de forma rispida. As palavras atingiram Lorraine como uma flecha-ele não se lembrava. Não lembrava quem ela era.

ᴍʏ ʟɪᴛᴛʟᴇ ᴀɴɢᴇʟ (ᴜᴍᴀ ғᴀɴғɪᴄ ᴅᴇ ʟᴏʀᴇᴅ- ɪɴᴠᴏᴄᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ ᴅᴏ ᴍᴀʟ)Onde histórias criam vida. Descubra agora