ᴍʏ ʟɪᴛᴛʟᴇ ᴀɴɢᴇʟ (ᴜᴍᴀ ғᴀɴғɪᴄ ᴅᴇ ʟᴏʀᴇᴅ- ɪɴᴠᴏᴄᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ ᴅᴏ ᴍᴀʟ)

ғᴀʟʟɪɴɢ ɪɴ ʟᴏᴠᴇ ᴡɪᴛʜ ʏᴏᴜ

Edward abre os olhos cedo naquele dia. Estava deitado com Lorraine ainda na cama do hospital- havia dormido com ela porque era isso que ela queria. Queria sentir o calor do corpo dele, como o costume.

Ele se levanta devagar. Devagar ao ponto de não despertar a clarividente que dormia de forma tranquila, porém gelada. Estava frio demais, como de costume em Connecticut, e o hospital não desligava o ar condicionado de jeito nenhum. Então, Lorraine tremia de frio quando Ed levantou da cama.

Sem demora, ele pega uma manta que estava ao pé da cama.- havia sido trazida na noite anterior por uma enfermeira, porém, Lorraine recusou porque ja estava se sentindo confortavel no peito de Ed. Então a mulher apenas deixou aquilo no pé da cama.

Ed, com um sorriso de lado no rosto, cobre direitinho o corpo delicado da mulher, aquecendo-a. Logo em seguida ele sai do local, seguindo direto a lanchonete do hospital.

...

Já com seu café em mãos, Edward decide visitar a pequena garotinha cujo seria o verdadeiro motivo de estarem naquele hospital, então segue seu caminho para a unidade de tratamento intensivo da neonatal, no andar de cima do hospital.

-Oi pequena... Sou eu de novo.- Ed sorri, ao se sentar ao lado da incubadora.- Você dorme bastante, não é mesmo?

- Você é o pai?-Um interno pergunta, se aproximando com uma prancheta em mãos.

-Eu mesmo.

-Você... Quer pegar ela no colo? A gente acredita que afeto e contato fisico ajudam os bebês a saírem daqui... Deixa eles mais fortes entender que os pais estão aqui por eles.- O homem sorri, abrindo a caixa da incubadora e retirando o acesso de soro que havia no braço da garotinha adormecida.

-Eu... Quero muito.- Ed sorri, ao ver o homem enrolando sua bebê em uma mantinha florida.

O moreno abre um sorriso ainda mais largo quando recebe em seus braços um embrulho pequeno, um emaranhado de cobertas, que se espreguiçava resmungando por ter sido tirada do berço- havia sido acordada.

-Sou eu... O papai!- Ele diz, acolhendo a pequena menina em seu peito quente-Eu... Estou aqui... Estou aqui por você, minha menina.

A pequena garota abre um sorriso, por impulso e Ed sabia disso, ja que Judy não podia entender nem metade das palavras que ele dizia. Mas mesmo assim, a forma como ela mostrava suas gengivas sem dentes derretia o coração do Jovem Warren.

-Eu amo você.- Ed fala, olhando os olhos azuis da menina.-E... Você tem os olhos de Lorraine...

...

Mais tarde, ainda naquele dia, Ed decide que deixaria a filha descansar e veria como Lorraine estava, ja que quando saiu, a mulher estava adormecida. Então, as quatro da tarde, Edward volta para o andar térreo.

Segue seu rumo pelos corredores lotados até chegar no quarto da esposa e observar que a mesma ja estava acordada, lendo uma revista que provavelmente era do hospital.

-Ah... Devo lhe dizer bom dia?- Ele ri- Vejo que dormiu bem.

-Sim... Eu tive um sono tranquilo.- Lorraine fala, desviando o olhar da revista.

-Eu... Fui ver a Judy. Ela é forte e tão...linda.- Ed fala, sem jeito. Não tinha muito o que dizer á Lorraine.

-Ela é perfeita.- A morena afirma, desviando os olhares para as proprias mãos.-Ela é... Tudo que eu imaginei que seria. Já me peguei diversas vezes pensando se ela teria os seus olhos ou os meus. Se ela teria o seu nariz ou o meu... As vezes passava horas imaginando isso, enquanto você conversava com ela, ainda na minha barriga... Você ficava frustrado por ela não dar nem um chute enquanto vocês "conversavam".