Lorraine observa o pai andar de um lado para o outro na sala de casa. Conversava com ela com certa intimidade e um sorriso no rosto, coisa que só tinha aprendido a fazer, depois que ela havia se tornado adulta.
Sua infância não fora lá das melhores, e, por parte, culpava o pai por isso. Não frequentava muitos lugares publicos alem da escola e da igreja, que muitas vezes era obrigada a ir por conta de pesadelos escandalosos durante a madrugada.
-Como você cresceu rápido...- O rapaz diz, com os olhos azuis cheios de admiração.-Você era uma bebê menor que Judy até um dia desses.
-Pois é...-Georgiana suspira e um silêncio pertubador se instala no cômodo.
Lorraine fecha os olhos ao se lembrar de cenas da infância. Em um dia espcifico no qual o pai fora chamado na escola e forçado a sair do trabalho, pois sua presença no colégio era importantissima.
𝐅𝐋𝐀𝐒𝐇𝐁𝐀𝐂𝐊 𝐎𝐍
-O que você fez?-O homem pergunta assim que entra na sala e vê Lorraine sentada em frente a madre superiora de seu colégio católico.
-Eu... vi um senhor. Ele era pálido e triste, mas não me disse o porque.- A garotinha afirma, com esperança de que o pai entenda.- Ele tinha um furo na testa, parecia uma marca de tiro.
A madre superiora e Phillip trocam olhares rapidos.
-Não, Lorraine. Você não viu.-A mulher reprime fazendo o sinal da cruz na testa da menina.
O silêncio se estala por uns segundos até que o homem finalmente pergunta.
-E porque me chamaram aqui?
-Bom... já haviamos alertado sobre esse comportamento de sua filha ser péssimo para um colégio católico. Não é bom para as outras crianças ouvir que a colega de turma, vê gente morta.- A mulher diz, alternando o olhar de Phillip á Lorraine, suas semelhanças eram impressionantes.- Além disso, a aparencia de sua filha está fora dos padrões da escola de novo, algo que já foi avisado.
-Eu não recebi nenhum desses avisos.-Ele esbraveja, olhando para Lorraine achando que ela talvez pudesse ter omitido algo.
A garotinha encarava os pés em silêncio. Sabia que ele não havia acreditado, e não era a primeira vez. Isso lhe renderia um castigo enorme.
-Você e sua esposa assinaram um contrato quando matricularam sua filha aqui. Nele estavam todas as regras do colégio. Avisamos a mãe da garota sobre os comportamentos e também sobre a aparência, e esperávamos que vocês resolvessem essa questão.
-Tudo isso porque eu vim para a escola de cabelo solto?-Lorraine resmunga em sua cadeira, tão baixo que nem seu pai, nem a madre foram capazes de ouvir.
-Se olhar bem ao pátio, pode ver que todas as garotas usam coque no cabelo. A maioria está falando sobre domigo, quando cada familia foi visitar a igreja.-A moça suspira, e então Lorraine foi capaz de olhar para seu rosto, frustrada.
-Mas, pai... eu gosto do meu cabelo solto. Mamãe disse que ele é bonito e que eu podia vir para a escola assim. Ela também falou que não tem problema eu ver esse tipo de coisa, porque foi um dom que Deus me deu.-A menina argumenta e recebe um olhar furioso do pai.
-Georgiana não me falou sobre. Sinto muito.- Ele diz, observando a mulher como se pedisse desculpas. Aquilo renderia até uma discussão entre ele e a esposa.- Prometo que não vai se repetir.
-Sobre isso...- Madre suspira, levantando da cadeira onde estava sentada.- Nós não queremos ela por aqui mais. O colégio não consegue arcar com a rebeldia e com o demônio.
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ᴍʏ ʟɪᴛᴛʟᴇ ᴀɴɢᴇʟ (ᴜᴍᴀ ғᴀɴғɪᴄ ᴅᴇ ʟᴏʀᴇᴅ- ɪɴᴠᴏᴄᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ ᴅᴏ ᴍᴀʟ)
Fanfiction-Não se preocupe. Eu 'tô' só seguindo meu papai.- A forma emite a frase, como um sussurro que só Lorraine era capaz de escutar. -Lorraine? Tudo bem??- Ed pergunta, estranhando a forma como sua esposa estava o encarando. Ele sabia que de duas, uma: O...