ᴍʏ ʟɪᴛᴛʟᴇ ᴀɴɢᴇʟ (ᴜᴍᴀ ғᴀɴғɪᴄ ᴅᴇ ʟᴏʀᴇᴅ- ɪɴᴠᴏᴄᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ ᴅᴏ ᴍᴀʟ)

scared

Ed se assustou quando os objetos da sala, agora caidos no chão, começaram a vibrar como se estivessem em uma mesa sendo chacoalhada. Não podia deixar de admitir: estava com medo. Tanto medo que naquele momento suas pernas tremiam.

Repentinamente, esses objetos, grandes e pequenos, formam um grande tornado, girando sobre a sala e sendo lançados para todos os lados possiveis, em grande parte na direção de Ed, que rapidamente consegue desviar.

Mas, antes que pudesse tentar mais alguma coisa, ele é pego de surpresa por um macaco de brinquedo que atinge sua cabeça em cheio. Nào demora para que o baque se torne real: suas pernas fraquejaram quando sentiu seus dedos formigarem. Os olhos se tornaram tão pesados que ele nem percebeu quando o corpo se chocou contra o chão—havia desmaiado.--𝐂𝐀𝐒𝐀 𝐃𝐎𝐒 𝐖𝐀𝐑𝐑𝐄𝐍𝐌𝐈𝐍𝐔𝐓𝐎𝐒 𝐃𝐄𝐏𝐎𝐈𝐒--Judy continua a chorar enquanto a mulher que a carregava, batia na porta da sala de artefatos. Ed havia chamado ela la de dentro, porém não respondeu quando ela se aproximou. O que acontece é que, depois de coisas cairem pelo chão, algumas foram lançadas contra ele, atingindo-o na cabeça. Então, Ed se encontrava desacordado no chão do pequeno quartinho, enquanto Lorraine o chamava desesperadamente do outro lado da porta, havia praticamente dez minutos.

-Ed?... Por favor... Abre essa porta.- Ela chama novamente, desistindo dessa vez, e se sentando encostada na porta, com a menina nos braços.- Sabe... Eu não suportaria se algo acontecesse a você, Ed. Eu... Ainda acho que você vá se lembrar. Vai se lembrar da noite em que nos conhecemos naquele cinema e de como você vem cuidando de mim desde então. Ainda vai me abraçar com força, para me proteger do mal do mundo, me fazer sentir amada de novo.- Ela sussurra contra a porta, deixando cair uma lágrima.- A verdade é que eu te amo, independente de qual seja a situação.

E isso foi a primeira coisa que Edward ouviu ao abrir os olhos- "A verdade é que eu te amo, independente de qual seja a situação" - isso disparou seu coração ao ouvir aquela voz doce que ele tanto amava.

Atordoado, ele observa o local: estava uma bagunça completa, parecia que lá havia passado um furacão- ou um demonio, no caso- havia um pouco de sague escorrendo pela sua testa, já que foi atingido pelo macaco de brinquedo pouco antes de apagar.

-Lorraine?- Chama confuso, fazendo com que ela abra um sorriso, do outro lado da porta e que Judy, parasse subitamente de chorar.

-O que você ouviu?- Ela pergunta, envergonhada como uma adolescente que acaba de ser pedida em namoro em publico.

-O suficiente, Lou.- Ed diz, naturalmente.-E eu também te amo.

-Eu já te disse o que acho sobre isso.- Lorraine resmunga, e bate na porta novamente, esperando que ele a abra.

-Eu sei mas... Eu...não consigo evitar.

Ela fica quieta, quase como se não tivesse palavras para descrever o que sentia naquele momento. Ed se levanta, se aproximando da porta, e se sentando encostado a aquela enorme tabua de madeira.

-Estava chovendo naquela noite. Ficamos em um gazebo esperando a chuva passar... Foi onde eu te beijei da primeira vez, e não parei desde então.- Ele sorri, e o coração da morena dispara.

-Ed!?- Lorraine sorri, com lagrimas escorrendo de seus olhos azuis.- É você? O meu... Ed?

E o que ela não sabia era que ele havia lembrado apenas de uma noite pelo simples fato de que falava com desdem: o Ed dela era carinhoso e amoroso, tinha amor em sua voz e jeitinho delicado com que falava com ela... Então não era ele, não era era Ed. Não o Ed dela.

-Anda. Sai daí. A gente tem que sair daqui.- Ela suspira.

-Não sei como. A porta está trancada.- Ed resmunga.

-Já tentou olhar os bolsos? Você entrou ai de algum jeito. E desse mesmo jeito, você tem que sair.

Ele se mantem quieto por uns segundos. Como não havia pensado nisso?? Era o mais óbvio! E, claro, Lorraine não estava errada-como sempre- e as chaves realmente estavam em seu bolso.Ela se levanta assim que ouve o trinco da porta se abrir, esperando por um milésimo de segundo, que a porta se abra.- o que não demora- e ela se permite ser abraçada e acolhida nos braços de Ed, junto a Judy.

-Fiquei com medo de que alguma coisa tivesse acontecido com você- Ela chora.

-Eu... Estou bem, Lorraine.- O homem sorri de lado, passando os dedos de forma leve sobre os poucos fios desarrumados da filha.

-Mas eu não sabia disso.-Lorraine diz, se afastando.- Precisamos sair daqui. Não é seguro. Não para Judy.