— Meu sonho é que minha noite seja como a sua! — Alice fala suspirando depois que contei a noite espetacular que tive. — Liam superou todas minhas expectativas em relação a ele.
— Está louca! Não queira sentir a dor miserável que sentir. — franzi o cenho mudando minha posição de lado e ficando de barriga para cima, sobre a cama da Alice.
— De acordo com minhas pesquisas, tem mulheres que sentem dor mesmo na primeira vez, outras na segunda, terceira vez... e outras, que nem sentem. — conta a especialista. — Talvez nem vai doer quando vocês forem fazer relação sexual de novo.
— Deus te ouça. — estendo as mãos pra cima. — Pretendo fazer muitas vezes.
— Então a senhorita vai ter que arrumar outras desculpas. Porque foi por pouco que minha mãe não nos pega no flagra.
— Como assim? Ela desconfiou de algo.
— Acho que não. Ela veio cedo nos acordar e quando viu que não estava aqui, me acordou aos grito. Inventei que você tinha indo embora. Porque tinha algo importante para fazer. — conta.
— Espero esse castigo acabe logo. Ficar omitido pode piorar mais ainda nossa situação, caso descobrem. — digo pensando no quanto dramático será caso descubram que estamos enganando eles novamente.
— Olha! A sua noite foi surpreendente mesmo, até criou juízo.
— Boba. — sorrio. — O que foi bom na hora está sendo ruim agora. Estou sentindo um dor muscular de leve, na região da vagina. — conto.
— Você deve ter ficado um pouco nervosa. Dá próxima vez que for fazer relação sexual, fica completamente relaxada. Aposto que não vai sentir nenhum desconforto. — diz como se fosse experiente.
— Hum, parece experiente falando. — digo e ela articula as mãos se achando. — Eu acho que quando fazemos amor com a pessoa que gostamos, embora seja algo natural do nosso corpo, no caso a dor, tudo fica melhor. — digo pela minha experiência recente. — Acho que agora eu te entendo, quando fala que só vai fazer relação sexual com a pessoa que ama. Talvez se eu não gostasse tanto do Liam e tivesse tido minha primeira vez, só porque estava com vontade, não seria tão perfeito.
— Não mesmo. — concorda. — E falando do meu "amor" em alguma parte desse planeta. Acredita que o irmão da Louise tem namorada! — choraminga.
— Não acredito que você realmente ficou interessada no irmão dela. — sorrio da sua cara.
— Estava. Fiquei mais ainda quando ela mandou a foto dele. Embora quando disse que tinha namorada, perdi minhas esperanças em tentar algo a distância. — gargalho.
— Desculpa Alice! Você é muito comédia. — tento controlar minha risada. — Ele pelo menos é bonito pra te deixar encantada?
— Bonito é pouco! É um gato. Um pedaço de mau caminho. Não parece ser irmão da Louise. — conta me deixando curiosa.
— Quero ver a foto.
— Apaguei com raiva. — ri. — Depois me arrependi. Porque é gato demais.
— Que pena! Fiquei curiosa. — dou uma pequena pausa. — Mudando de assunto. A Liz disse o que da nossa proposta? — pergunto ao relembrar que ela havia dito que ficaria responsável de convencer ela de ficar do nosso lado.
— Disse que vai pensar. Acho que vai nos ajudar.
— Espero. Estou contando os dias para as voltas as aulas.
— Também. Ah, e.. — antes de Alice falar. Tia Marina, mãe da Alice, entra no quarto sem bater.
— Meninas descem que eu e Helena temos algo muito sério pra falar com vocês duas. — ordena Marina séria.
Eu e Alice olhamos uma para a outra. Será se descobriram que não passei a noite aqui? Malditas câmeras de segurança.
Levanto da cama no mesmo instante que Alice. Acompanhamos Marina, sem pronunciar nada.
Sabia tinha algo de errado. Minha não é de fazer questão para vir comigo na casa de Alice, ela costuma vir sozinha.
Desconfiadas, Alice e eu sentamos no sofá, próximo da minha mãe e ao lado de Marina.
— Estava conversando com Marina. E chegamos numa conclusão. — minha mãe faz suspense.
— Como vocês se comportaram muito bem. Estão liberadas do castigo. — conta Marina.
Isso só pode ser um sonho.
— Porém. — tinha que ter um porém. Resmungo. — Vocês não podem frequentar as festas de antes, muitos menos ingerir bebida alcoólica. Caso tentem nos enganar o castigo vai ser pior. — informa minha mãe.
— E, independente dos lugares que forem sair, vão ter que voltar cedo. — continua Marina.
— O cedo de vocês são uma ou duas da madrugada, né? — pergunto com certa esperança.
— Não! Meia noite e ponto. — responde minha mãe séria.
— Melhor do que nada. — resmunga Alice. — Pelo menos vou poder sair quando eu quiser. — comenta Alice sorrindo.
— Dependendo do lugar não, mocinha. — repreende Marina, desfazendo o sorisso de Alice. — O cartão de vocês estão liberados também.
— Glória a Deus! Preciso de uma renovada completa. — comemoro entusiasmada, com a única parte que vou poder usufruir completamente.
— Eba! — diz Alice com um sorisso seco.
Quem sabe quando formos de maior teremos a liberdade que tanto almejamos.
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A Patricinha de Lady Margaret School
Teen FictionChloe Berkeley é a típica patricinha de um filme de ficção adolescente. Vive no mundo de esteriótipos, onde aparência vem em primeiro lugar e o caráter em último. E neste mundo, o amor e a ilusão andam lado a lado. A amizade é o mais puro sentimento...