Capítulo 21 - Liberdade incompleta

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— Meu sonho é que minha noite seja como a sua! — Alice fala suspirando depois que contei a noite espetacular que tive

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— Meu sonho é que minha noite seja como a sua! — Alice fala suspirando depois que contei a noite espetacular que tive. — Liam superou todas minhas expectativas em relação a ele.

— Está louca! Não queira sentir a dor miserável que sentir. — franzi o cenho mudando minha posição de lado e ficando de barriga para cima, sobre a cama da Alice.

— De acordo com minhas pesquisas, tem mulheres que sentem dor mesmo na primeira vez, outras na segunda, terceira vez... e outras, que nem sentem. — conta a especialista. — Talvez nem vai doer quando vocês forem fazer relação sexual de novo.

— Deus te ouça. — estendo as mãos pra cima. — Pretendo fazer muitas vezes.

— Então a senhorita vai ter que arrumar outras desculpas. Porque foi por pouco que minha mãe não nos pega no flagra.

— Como assim? Ela desconfiou de algo.

— Acho que não. Ela veio cedo nos acordar e quando viu que não estava aqui, me acordou aos grito. Inventei que você tinha indo embora. Porque tinha algo importante para fazer. — conta.

— Espero esse castigo acabe logo. Ficar omitido pode piorar mais ainda nossa situação, caso descobrem. — digo pensando no quanto dramático será caso descubram que estamos enganando eles novamente.

— Olha! A sua noite foi surpreendente mesmo, até criou juízo.

— Boba. — sorrio. — O que foi bom na hora está sendo ruim agora. Estou sentindo um dor muscular de leve, na região da vagina. — conto.

— Você deve ter ficado um pouco nervosa. Dá próxima vez que for fazer relação sexual, fica completamente relaxada. Aposto que não vai sentir nenhum desconforto. — diz como se fosse experiente.

— Hum, parece experiente falando. — digo e ela articula as mãos se achando. — Eu acho que quando fazemos amor com a pessoa que gostamos, embora seja algo natural do nosso corpo, no caso a dor, tudo fica melhor. — digo pela minha experiência recente. — Acho que agora eu te entendo, quando fala que só vai fazer relação sexual com a pessoa que ama. Talvez se eu não  gostasse tanto do Liam e tivesse tido minha primeira vez, só porque estava com vontade, não seria tão perfeito.

— Não mesmo. — concorda. — E falando do meu "amor" em alguma parte desse planeta. Acredita que o irmão da Louise tem namorada! — choraminga.

— Não acredito que você realmente ficou interessada no irmão dela. — sorrio da sua cara.

— Estava. Fiquei mais ainda quando ela mandou a foto dele. Embora quando disse que tinha namorada, perdi minhas esperanças em tentar algo a distância. — gargalho.

— Desculpa Alice! Você é muito comédia. — tento controlar minha risada. — Ele pelo menos é bonito pra te deixar encantada?

— Bonito é pouco! É um gato. Um pedaço de mau caminho. Não parece ser irmão da Louise. — conta me deixando curiosa.

— Quero ver a foto.

— Apaguei com raiva. — ri. — Depois me arrependi. Porque é gato demais.

— Que pena! Fiquei curiosa. — dou uma pequena pausa. — Mudando de assunto. A Liz disse o que da nossa proposta? — pergunto ao relembrar que ela havia dito que ficaria responsável de convencer ela de ficar do nosso lado.

— Disse que vai pensar. Acho que vai nos ajudar.

— Espero. Estou contando os dias para as voltas as aulas.

— Também. Ah, e.. — antes de Alice falar. Tia Marina, mãe da Alice, entra no quarto sem bater.

— Meninas descem que eu e Helena temos algo muito sério pra falar com vocês duas. — ordena Marina séria.

Eu e Alice olhamos uma para a outra. Será se descobriram que não passei a noite aqui? Malditas câmeras de segurança.

Levanto da cama no mesmo instante que Alice. Acompanhamos Marina, sem pronunciar nada.

Sabia tinha algo de errado. Minha não é de fazer questão para vir comigo na casa de Alice, ela costuma vir sozinha.

Desconfiadas, Alice e eu sentamos no sofá, próximo da minha mãe e ao lado de Marina.

— Estava conversando com Marina. E chegamos numa conclusão. — minha mãe faz suspense.

— Como vocês se comportaram muito bem. Estão liberadas do castigo. — conta Marina.

Isso só pode ser um sonho.

— Porém. — tinha que ter um porém. Resmungo. — Vocês não podem frequentar as festas de antes, muitos menos ingerir bebida alcoólica. Caso tentem nos enganar o castigo vai ser pior. — informa minha mãe.

— E, independente dos lugares que forem sair, vão ter que voltar cedo. — continua Marina.

— O cedo de vocês são uma ou duas da madrugada, né? — pergunto com certa esperança.

— Não! Meia noite e ponto. — responde minha mãe séria.

— Melhor do que nada. — resmunga Alice. — Pelo menos vou poder sair quando eu quiser. — comenta Alice sorrindo.

— Dependendo do lugar não, mocinha. — repreende Marina, desfazendo o sorisso de Alice. — O cartão de vocês estão liberados também.

— Glória a Deus! Preciso de uma renovada completa. — comemoro entusiasmada, com a única parte que vou poder usufruir completamente.

— Eba!  — diz Alice com um sorisso seco.

Quem sabe quando formos de maior  teremos a liberdade que tanto almejamos.

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