A campainha toca e ando em direção a porta animada. Ainda não estava acreditando que o Bernardo havia aceitado a calamidade de ficar comigo em casa, sobre a custódia dos meus pais.
Age normalmente! Penso abrindo a porta. — Meus Deus, que gato! Como vou agir normalmente com um pedaço de mau caminho desse?
Analiso a beleza de Bernardo igual uma criança quando ganha um presente novo.
— Boa noite, linda. — cumprimenta fazendo voltar para realidade.
— Boa noite. — falo timidamente.—Entra. E desculpa novamente por ter tornado nosso cinema em algo constrangedor.
Ele sorri.
— De boa. Vou adorar conhecer seus pais. — conta saindo do meio da porta. — Aposto que não vai ser muito constrangedor.
Ele não imagina o que está a sua espera.
Andamos até a sala de estar, onde meus pais estão sentados no sofá. Quando vêem Bernardo levantam e cumprimentam educadamente.
— Boa noite. — cumprimenta minha mãe. — É um prazer te conhecer. Me chamo Helena. — se apresenta pegando na mão do Bernardo.
— O prazer é todo meu dona Helena. — diz Bernardo.
— Então, você é o Bernardo. — fala meu pai pronto para intimida-lo. — Parece ser um rapaz educado. Senta, por favor, vamos bater um papo, quero te conhecer melhor. — informar fazendo olhar incrédula para ele.
Qual a parte que eles não entenderam que era pra mim deixar a sós com Bernardo! E sem interrogatório.
— Claro senhor. — concorda sentando no sofá.
— Pode me chamar de Vicente. — pede sentando de volta no sofá que fica de frente para o Bernardo. —Vamos lá, você estuda na mesma escola da Chloe, certo? — pergunta.
— Sim. — responde Bernardo literalmente num interrogatório.
Sento ao lado do Bernardo pra tentar diminuir o constrangimento que eles vão fazer passar.
— Você por acaso bebe? Morou sempre aqui, em San Diego ou é de outra cidade? — interroga minha mãe.
Meus Deus que vergonha!
— Faz duas semanas que mudei para cá. Sou de Los Angeles. Estou morando com minha tia agora. — responde e em seguida me olha.
— Hum. Quantos anos você tem? — continua minha mãe.
— 16 anos.
— Quais são suas intenções com minha filha? E não respondeu se bebe ou não. — pergunta Vicente.
— Meu Deus pai! Não precisa responder Bernardo se não quiser. — intervenho.
— Bebo, mas não muito. Esse ano faço dezessete, então posso te garantir que mesmo sendo de menor, tenho responsabilidade. E minhas intenções com a Chloe são as melhores! Ela é a garota mais legal que já conheci e pode ter certeza que fazer mal não faz parte, mas pelo ao contrário a única coisa que quero é deixa-la feliz. — declarar olhando para meus pais e em seguida para mim.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Patricinha de Lady Margaret School
Teen FictionChloe Berkeley é a típica patricinha de um filme de ficção adolescente. Vive no mundo de esteriótipos, onde aparência vem em primeiro lugar e o caráter em último. E neste mundo, o amor e a ilusão andam lado a lado. A amizade é o mais puro sentimento...