Não fiquem com muita raiva do Enzo, por favor, hahahaha (Brincadeira, podem ficar, porque eu também estou). Espero que gostem!
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Enzo Kobayashi
Ela me usou. Apenas me usou. E só de lembrar dela falando que não queria me magoar, um raiva muito grande toma conta de mim. Faça-me favor, eu já sou muito grandinho, e sei me cuidar. Tá, eu já estava completamente envolvido, mas esse detalhe a gente esquece. Só sei que não quero vê-la nem pintada de ouro. Perdi todo o respeito, ali, naquele momento. Para mim, agora, ela não é nada.
Pego meu celular, e disco um número, que sei de cor e salteado.
— Enzo? — atende surpresa — Meu amor, é você?
—Sim, sou eu.
— Ahh, meu moreno, eu sabia que você não ia desistir de nós.
— Você está livre?
— Para você, sempre.
Tomo um banho rápido, me arrumo e saio para encontrar com Lara. Chego em sua casa, e a encontro no portão.
— Vamos, entre — a olho com receio — Meus pais não estão.
Estaciono a moto na garagem e adentro a enorme mansão. Subimos para o seu quarto, e ali passamos o resto da noite, entre beijos, abraços e amassos. Enfim, matamos a saudade e o desejo que sentimos.
— Pensei que você nunca iria me perdoar — diz acariciando meu peito desnudo.
— Eu não te perdoei — afirmo.
— Não? — nego com um aceno — Então...
— Vamos com calma. Pode ser? — ela concorda.
Meu celular toca e vejo que é minha mãe. Puta que pariu, esqueci de avisa-la que iria sair.
— ENZO NOVAES KOBAYASHI — grita do outro lado — Onde você está, seu irresponsável?
— Desculpa, mãe, tive que sair de última hora. Já estou indo — levanto da cama já vestindo minha roupa e ignorando a cara de raiva que Lara está fazendo.
— Te dou 10 minutos, contados no relógio —desliga.
Termino de me vestir, catando minhas roupas que estavam espalhadas pelo quarto.
— Posso saber onde o senhor vai? — cruza os braços.
— Preciso ir, linda — lhe dou um selinho — Me acompanha até o portão?
Ela concorda, veste uma camisola, e saímos porta à fora. Nos despedimos com vários beijos e eu vou embora, acelerando a moto o máximo que posso. Não é que eu seja um filhinho da mamãe que, quando ela liga tem que sair correndo, não sou. Mas o problema é que não avisei que iria sair, então eu posso esperar um sermão de um dia.
— Agora posso saber onde o mocinho estava? — Dona Marina diz assim que eu passo pela porta.
— Fui dar uma volta. Esqueci de avisar, foi mal — me jogo no sofá. Minha mãe chega perto de mim e cheira minha camisa.
— Não precisa nem falar. Já descobri que você estava dando uma volta num certo ninho de cobra — a ironia se fez presente.
— Ninho de cobra? Não é para tanto, dona Marina.
— Só te digo uma coisa, se voltar com aquelazinha, você não entra mais por aquela porta.
Mas não vou voltar com Lara por causa desse ameaça ridícula da minha mãe. Não vou voltar porque não consigo tirar um maldito par de olhos azuis da minha mente.
A manhã e a tarde de sexta-feira passaram-se voando. Na mesma rotina: de manhã, fui à academia, e à tarde trabalhei. À noite, fui ao bar de sempre com os caras (Beto e Leandro). Estranhei a ausência de Cassin.
— Nós ligamos para ele, que disse que tem outro compromisso — Beto diz.
— A Bruna também não veio — Dessa vez é Leandro que comenta. E pra falar a verdade, não gostei nada desse comentário. O que ele tem a ver com isso? Que eu saiba, ele e Bruna não são próximos.
— Falando na Doidinha, como vocês estão?— Beto pergunta para mim.
— Não estamos — digo desconfortável.
— Ue, mas vocês não estavam ficando? — Beto pergunta confuso.
— Ela não gosta de envolvimento emocional — irônico, repito as palavras de Bruna.
Leandro bufa um riso, e eu o olho sem entender.
— Eu te avisei, lembra? — dessa vez é Leandro que fala.
Sim, ele havia me avisado. No dia em que conheci Bruna, naquela festa na casa do Beto. Assim que Bruna saiu da cozinha, Leandro entrou, e me falou que ela não prestava, que só iria me pegar e jogar fora. A princípio, não dei moral, afinal, eu nem a conhecia. Mas agora, eu sei que é a mais pura verdade. Bruna não presta!
— Sim, você me avisou. E na boa, cara, é a mais pura verdade — sinto raiva só de lembrar.
[...]
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Tudo Que Ela Quer
Novela JuvenilEla é mulher com marra de menina. Joga o jogo, leva o jeito e quer sair por cima. E mandou me dizer, pelo brilho do olhar que, a vida que ela leva não vou decifrar tão cedo. Escolhe a dedo as companhias, maldosa, lua no dia, charmosa, corpo perfeito...