Capítulo 10

268 16 0
                                    


Bendito seja o homem que possa conquistá-la...

Sabe naqueles desenhos animados quando os personagens ficam surpresos com algo e a boca deles ficam no chão? Então, pode-se dizer que, no sentido figurado, estou exatamente assim.

Quando minha mãe finalmente fechou a boca depois do maldito sermão, eu parei segundos para pensar... É a mais pura verdade, eu estou fazendo igual ao meu ex, magoando alguém... E o pior de tudo, sem motivos. Eu magoei o Enzo sem nenhum motivo plausível. Apenas disse que não queria nenhum envolvimento, sendo que eu já estava envolvida. Meu Deus! Eu menti para mim mesma. Menti que não gostava, que não queria nada... Mas na verdade, eu queria tudo e mais um pouco. Agora, ele está com aquela PP do caralho. Como sou burra! Entreguei ele de bandeja para ela. Burra! Burra! Burra! Admitir que supostamente estou apaixonada, vai demorar um pouco, mas quem sabe com o tempo.

Antes de eu ousar falar algo, Carol sorri e bate palmas. Olho-a sem entender.

— Disse tudo, tia! Quer dizer... Alice. Eu venho tentando fazer essa cabeça dura mudar de ideia, mas não consigo. O Cassin também tentou... Eu sabia que a senhora ia conseguir! — sorri e faz um toque de mãos com minha mãe. Eu olho aquilo tudo incrédula. Elas são loucas.

— E você, mocinha — Alice aponta para mim — Não pense que não vou falar com seu pai, viu. Vou falar, sim!

— Hellou! Só para vocês duas saberem, a vida é minha, e faço dela o que quiser! — já perdi a paciência com essas duas. Loucas.

— Mas nós te amamos, e queremos sua felicidade — minha mãe diz e Carol concorda.

Ok... Ok... Eu posso fazer isso.

— Tudo bem... Vocês me convenceram — respiro fundo e elas sorriem — Mas como vou fazer isso? Falar com ele? Enzo deve estar me odiando!

Conversamos mais um pouco, e depois eu e Carol fomos para o trabalho. Estava linda e bela trabalhando, quando meu celular vibra no bolso da minha calça jeans.

Janta comigo? *-*

Era o Wesley. Estranhei, mas respondi.

Sim. Que horas?

Menos de um minuto depois, respondeu.

Às nove está bom para você?

Respondi que sim, e combinamos que ele me buscaria lá em casa. Estranhei completamente. Qual era a finalidade desse jantar?

— Tudo bem para você? — pergunto à Carol assim que entro em seu novo quarto, que arrumamos tudinho quando chegamos do trabalho.

— Tudo sim, amiga. Vai lá. Vou assistir um filme e depois dormir — sorri.

Concordei e desci pois Wesley já me esperava. Fomos à um restaurante japonês.

— Como você está? — me pergunta.

— Tô bem... — sorri — Na medida do possível.

— Eles voltaram — eu já sei, porra — Ela só faz mal à ele, não sei o que aquele cara tem na cabeça — ri sarcástico.

— Chifres — rimos — Preciso conversar com você — falo séria.

— Fale.

— Eu andei pensando, e... Não sei... Eu acho que... Eu gosto dele, assim,não muito, só um pouquinho — gaguejo e ele ri — Não ri, estou me sentindo uma idiota.

Tudo Que Ela QuerOnde histórias criam vida. Descubra agora