Capítulo 18

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"Tô pagando pra ver sim, tô com a cara exposta sim, e pode doer o quanto for, podem maldizer o quanto for, o sorriso que eu levo hoje apaga todos os outros rastros. Eu aprendi, aos trancos, que ser feliz não dói. Ser feliz não dói! "

— Tati Bernardi.

***

— Responde logo, Enzo! — puta que pariu, estou quase tendo um ataque de nervos e o cara não responde.

— É claro que eu quero, meu amor! — ele me pega e rodopia no ar.

— Ufa! — sorrio aliviada.

— Agora sim posso te chamar de minha. Minha NAMORADA! — rimos.

— Não chamou antes porque não quis — empino o nariz e ele faz careta — Tô brincando! — ri.

Final de Junho chegou, o que significa: FÉRIAS! Na semana passada, nós concluímos o TCC, então estou sem nenhuma preocupação. Agora, estou na casa do Enzo, tentando ajudá-lo arrumar a mala.

— Enzo! — eu grito — Só isso de cuecas?

— Sim, Olhos Azuis. Porque? — ele pergunta.

— Porque? PORQUE? Só tem quatro cuecas aqui. QUATRO! Enzo, alguém te avisou que vamos ficar duas semanas lá? — respiro fundo, já estou ficando irritada. Homens!

— Sim. Nós resolvemos isso anteontem, lembra? — ele fala enquanto guarda duas blusas na mochila.

— Sim, eu lembro perfeitamente! Mas caso você ainda não saiba, eu não vou lavar suas cuecas, entendeu?

— Para quê lavar, linda? Quatro da perfeitamente. — sua tranquilidade me irrita.

— ENZO!  Pelo amor de Jesus Cristo! São duas semanas! Quinze dias! Você usa quatro cuecas em quinze dias?

— É... Pensando por esse lado. Então eu preciso levar quinze cuecas? — bufo.

Depois de, finalmente, terminar de arrumar a bendita mala, jantamos com a minha sogra. Sim, agora eu a chamo assim! E ela adora. O cardápio era  macarrão ao molho bolonhesa dos deuses. Logo depois do jantar, partimos para a minha casa. Porque pegaríamos estrada logo cedo, então também temos que dormir mais cedo.

No outro dia, comemos rapidinho e pegamos estrada. Fomos no carro da Carol, com o Cassin dirigindo. Nosso destino era a cidade natal de Carol. Não era muito longe, mais ou menos duas horas de viagem. Desde que conheci Carol é de lei irmos para lá nas férias de Julho. Só que esse ano levaríamos mais uma pessoa. O Enzo. E tenho certeza que a Tia Daniela vai adorar conhecê-lo.

Quando Cassin virou na rua da casa de Carol, ao longe já vi, a Tia Daniela sentada em sua cadeira de madeira em frente à casa. Mas o tio sempre vem nos recepcionar, também. Cadê ele? O carro mal parou e a Carol já está fora dele. Abraçando a Tia cheio de saudade, olhei aquela cena sorrindo. Depois de algum tempo, elas se soltaram. A tia veio me abraçar, e eu fui logo perguntando pelo tio.

— Ele foi ao mercado, Bruninha. Esqueceu de comprar os refrigerantes, acredita? Acabou de sair — falou com aquele sotaque do interior que amo.

Pegamos as malas no carro e entramos. Deixei a minha no quarto da Carol e os meninos, no quarto de hóspedes. Fomos para a sala, e só agora lembrei que não apresentei  O Enzo formalmente para a tia.

— Tia — chamei-a.

— Oi, Bruninha — ela me olha sorrindo.

— Este é o Enzo, lembra? Que eu te falei na nosso última conversa. — sorri e ela olhou para ele.

Tudo Que Ela QuerOnde histórias criam vida. Descubra agora