Capítulo 20 (Parte 1)

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"Ela levantou o olhar e deu um sorriso. E eu percebi que queria ver aquele sorriso pra vida inteira, ainda que uma vida fosse muito pouco."

***

Bruna Lopes

As duas semanas seguintes, passaram basicamente com o nervosismo de Carol. O meu amigo, Cassin, estava mais tranquilo que não sei o que. Já estava tudo resolvido, uma amiga da minha mãe é cerimonialista. E eu passei dias tentando convencer minha amiga que, minha mãe ja tinha repassado para a cerimonial todas as suas preferências. Mas, a mulher insistia que tudo iria dar errado que, deveriam ter esperado mais algum tempo... Enfim, estava tudo uma loucura.

Com a tecnologia, minha mãe visitou uma loja de vestidos de noiva e mandou fotos de TODOS os vestidos (só minha mãe mesmo). Carol, finalmente deu uma acalmada, quando viu o penúltimo vestido. Sim, o penúltimo!

O vestido era bastante simples, com um decote V,  nada depravado, alguns detalhes em pedraria, e levemente rodado. 

— Viu? Falei que ia dar tudo certo. — falei.

— Agora, estou mais calma — respirou fundo — Eu amei o vestido — sorriu.

— Eu também. É simples mas lindo — a tia Dani disse.

— Enfim, minha mãe disse que já alugou e está tudo certo — digo quando meu celular vibra com uma mensagem da minha mãe.

— Vocês vão embora amanhã mesmo? — a Carol pergunta.

— Sim. Tem tempo que não viajo de ônibus, vai ser legal — sorrio.

— Mas, porque não ficam? — a tia pergunta.

— Ah, tia, tenho que arrumar as coisas por lá, né. Meu vestido, o terno do Enzo... E escolher um presente bem top, já que sou madrinha, né... — rimos.

Ontem à noite, durante o jantar, Cassin e Carol convidaram eu e Enzo para sermos padrinhos da parte da Carol. E claro que aceitamos.

— Isso mesmo. Quero um presente bem caro! — Carol empina o nariz e nós rimos.

Os meninos tinham ido em uma loja de ternos, escolher o terno do Cassin e do tio Mauro. O Enzo optou escolher o seu na capital.

Mais tarde, estávamos eu e Enzo arrumando nossas coisas, porque nosso ônibus estava marcado para sete e meia da manhã. Carol estava em pé encostada no batente da porta e o Cassin deitado na cama. Folgado.

— Porque vocês não vão com a gente? — Enzo pergunta.

— Ahh, ainda não matei a saudade dos meus véinhos — Carol sorri — E quero relaxar um pouco, agora que, está tudo resolvido.

— Olha, já falei com aquela minha colega que faz penteados em noivas, ela vai vir comigo, para o casamento. Quando resolver seu penteado, me manda pelo WhatsApp que eu repasso para ela —  falei para Carol e ela assentiu.

Na manhã seguinte, acordamos cedinho, tomamos o café, despedimos dos tios e partimos para a rodoviária. Cassin e Carol foram com a gente e ficaram até o ônibus chegar.

Eu sempre gostei de viajar de ônibus, não sei o porque, mas minha mãe conta que, quando eu era pequena e viajavamos para o interior nas férias era uma festa. Só que não dava vinte minutos e eu dormia.

E isso não mudou com o tempo, dormi o caminho inteiro, e só acordei com o Enzo me cutucando, avisando que já tínhamos chegados na capital.

Tudo Que Ela QuerOnde histórias criam vida. Descubra agora