"Ela levantou o olhar e deu um sorriso. E eu percebi que queria ver aquele sorriso pra vida inteira, ainda que uma vida fosse muito pouco."***
Bruna Lopes
As duas semanas seguintes, passaram basicamente com o nervosismo de Carol. O meu amigo, Cassin, estava mais tranquilo que não sei o que. Já estava tudo resolvido, uma amiga da minha mãe é cerimonialista. E eu passei dias tentando convencer minha amiga que, minha mãe ja tinha repassado para a cerimonial todas as suas preferências. Mas, a mulher insistia que tudo iria dar errado que, deveriam ter esperado mais algum tempo... Enfim, estava tudo uma loucura.
Com a tecnologia, minha mãe visitou uma loja de vestidos de noiva e mandou fotos de TODOS os vestidos (só minha mãe mesmo). Carol, finalmente deu uma acalmada, quando viu o penúltimo vestido. Sim, o penúltimo!
O vestido era bastante simples, com um decote V, nada depravado, alguns detalhes em pedraria, e levemente rodado.
— Viu? Falei que ia dar tudo certo. — falei.
— Agora, estou mais calma — respirou fundo — Eu amei o vestido — sorriu.
— Eu também. É simples mas lindo — a tia Dani disse.
— Enfim, minha mãe disse que já alugou e está tudo certo — digo quando meu celular vibra com uma mensagem da minha mãe.
— Vocês vão embora amanhã mesmo? — a Carol pergunta.
— Sim. Tem tempo que não viajo de ônibus, vai ser legal — sorrio.
— Mas, porque não ficam? — a tia pergunta.
— Ah, tia, tenho que arrumar as coisas por lá, né. Meu vestido, o terno do Enzo... E escolher um presente bem top, já que sou madrinha, né... — rimos.
Ontem à noite, durante o jantar, Cassin e Carol convidaram eu e Enzo para sermos padrinhos da parte da Carol. E claro que aceitamos.
— Isso mesmo. Quero um presente bem caro! — Carol empina o nariz e nós rimos.
Os meninos tinham ido em uma loja de ternos, escolher o terno do Cassin e do tio Mauro. O Enzo optou escolher o seu na capital.
Mais tarde, estávamos eu e Enzo arrumando nossas coisas, porque nosso ônibus estava marcado para sete e meia da manhã. Carol estava em pé encostada no batente da porta e o Cassin deitado na cama. Folgado.
— Porque vocês não vão com a gente? — Enzo pergunta.
— Ahh, ainda não matei a saudade dos meus véinhos — Carol sorri — E quero relaxar um pouco, agora que, está tudo resolvido.
— Olha, já falei com aquela minha colega que faz penteados em noivas, ela vai vir comigo, para o casamento. Quando resolver seu penteado, me manda pelo WhatsApp que eu repasso para ela — falei para Carol e ela assentiu.
Na manhã seguinte, acordamos cedinho, tomamos o café, despedimos dos tios e partimos para a rodoviária. Cassin e Carol foram com a gente e ficaram até o ônibus chegar.
Eu sempre gostei de viajar de ônibus, não sei o porque, mas minha mãe conta que, quando eu era pequena e viajavamos para o interior nas férias era uma festa. Só que não dava vinte minutos e eu dormia.
E isso não mudou com o tempo, dormi o caminho inteiro, e só acordei com o Enzo me cutucando, avisando que já tínhamos chegados na capital.
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Tudo Que Ela Quer
Novela JuvenilEla é mulher com marra de menina. Joga o jogo, leva o jeito e quer sair por cima. E mandou me dizer, pelo brilho do olhar que, a vida que ela leva não vou decifrar tão cedo. Escolhe a dedo as companhias, maldosa, lua no dia, charmosa, corpo perfeito...