[...] Amigos são o um em um milhão
Agulha do palheiro que caiu na sua mão
Mais água no feijão a mágoa sem razão
A divisão do pão, primeira e ultima comunhãoAmigos são alegria da gente
Saudade mais latente
Lembrança mais presente
Um churrasco na laje, uma madrugada fria
A espera pelo ônibus o sol que trás o dia
Amigos são aquele carro que pega no tranco
Um pedaço do lanche, a companhia na fila do banco
Conselho salvador, risada por besteira
A manhã de segunda e a noite de sexta-feiraAmigos são a coragem que enfrenta nosso medo
Amigos são o cofre pra guardar todo segredo
E se contar nos dedos quantos amigos tem
Se encher uma mão você já tá muito bemHey irmão, me diz como você tá
A saudade ainda vai me matar [...]Hey irmão - Projota
*****
Chegamos ao hospital e lá encontramos Marina, algumas pessoas que suponho ser da família de Enzo, os pais de Wesley e sua irmã mais nova. Corri até a Tia Larissa, mãe de Wesley, e a abracei tão forte, queria lhe passar um conforto que nem mesmo eu estava sentindo, o pai dele também se juntou ao abraço, e logo éramos três doidos chorando feito criança, mas naquela circunstância eu não estava me importando nenhum pouco, queria mesmo é chorar até não ter mais lágrimas, para ver se esse medo que se instalou em meu coração fosse embora. Desfiz o abraço e vi a irmãzinha de Wesley, Maria Eduarda, ou Duda, encolhidinha em um canto, com os olhinhos amedrontados. Agachei em sua frente e a peguei em meu colo. Duda tem apenas cinco anos e, coitada, não deve estar entendendo nada do que está acontecendo.
- Tava com sodade docê, Bú - falou baixou fazendo biquinho. Eu ri e chorei ainda mais.
- Eu também, pequena. Mas você sabe, a Bú trabalha, estuda. Lembra que eu te falei que estou no último ano da faculdade? - ela balançou a cabecinha concordando. A última vez que nos vimos, depois do réveillon, eu contei para ela que estava terminado a faculdade, e que teria mais tempo de vê-la.
- Então, e por isso, quase não tenho tempo de ir te ver, infelizmente - também fiz bico. Há quem diga que, Duda aprendeu esse biquinho comigo, já que nos primeiros anos de sua vida eu era bastante presente. Era eu, Cassin e Wesley de babá, durante a semana depois do Colégio, para a Tia Larissa ir trabalhar.
Flashback
- Porra Wesley, não é assim que se coloca uma fralda cara, sai daí - empurro Wesley que ri.
- E a senhorita Sabe Tudo sabe como se coloca isso? - aponta para a fralda.
- Lógico que sei, sou mulher - falei orgulhosa.
- Hahaha, conta outra, Bruna. Aposto que pegou umas aulinhas com a Tia Alice - Cassin diz rindo.
- Também... Mas andei pesquisando na internet, sabe como é... - ri.
- Malandra! Quer dizer que, quando tiver filhos, vai pesquisar as coisas na internet?
- Não vou ter filhos, Wesley - faço careta - Essas coisinhas são lindas, mas não é para mim - termino de colocar a fralda em Duda e a pego no colo.
- Lógico que é, você pega ela direitinho, olha, eu sequer dou conta de pegá -la.
- Vocês são ótimas babás, né - falo irônica e eles riem - Ótimo, porque eu vou cuidar da Duda, e vocês fazem o almoço.
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Tudo Que Ela Quer
Ficção AdolescenteEla é mulher com marra de menina. Joga o jogo, leva o jeito e quer sair por cima. E mandou me dizer, pelo brilho do olhar que, a vida que ela leva não vou decifrar tão cedo. Escolhe a dedo as companhias, maldosa, lua no dia, charmosa, corpo perfeito...