Capítulo 6

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Lembro disso e vejo o Patrick no mesmo estado que minha mãe estava no dia que meu pai espancou ela. Essa memória passou muito rápido pela minha cabeça, o que me faz ficar com a mente a milhão, tudo a minha volta parecia girar e ficar embaçado.

Escuto Ravena gritar no fundo - Você está bem, Anne? Sua voz estava ecoando na minha cabeça.

"N-Não" Digo andando para trás.

Começo a chorar desesperada por que isso é um trauma que eu vou levar para o resto da vida, querendo ou não

"Ela tá tendo um ataque de pânico" Amber pega no meu rosto mas só vejo embaçado.

A cena da minha mãe jogada realmente fudeu com minha cabeça e eu não consigo esquecer...

Eu não sinto mais nada em minha volta, quando vejo estou deitada no chão e minha visão está embaçada e Amber parece estar em cima de mim tentando me "acordar"

"Alguém chama ambulância!" Escuto Ravena gritar. Amber me carrega até uma cadeira e me coloca lá

Me sento e os flashbacks não param de aparecer. A cada momento, eu lembrava de algo.

* "O que aconteceu?"

* "Ele te espancou todinha..."

* Choros

Começo a chorar lembrando dessas cenas... Eu sinto ódio só de lembrar de alguma coisa do meu pai. Vejo Patrick vindo em minha direção com um saquinho de gelo.

"E-eu não me machuquei!" Olho para as meninas assustadas.

"Mas você precisa, você bateu a testa no chão!" Ele coloca o saquinho na minha testa. Ele pega minha mão e coloca sobre o saquinho. Olho para ele por alguns segundos.

"Fica assim, até melhorar, se tu achar que melhorou, aí você tira." Ele fala calmo olhando nos meus olhos.

"Tá..." Fecho os olhos sentindo o gelo.

"O que aconteceu ? Vocês pararam de brigar? O que rolou?" Digo com a voz tremula.

"Nós estávamos brigando ainda, mas a Ravena deu um grito tão alto que fez as pessoas todas olharem para ela e verem o que estava acontecendo!" Patrick ri

Ravena: "Sim" Nós quatro começamos a rir.

Amber: "Mas Anne... O que rolou COM VOCÊ?"

"É... Nem eu sei direito" Minto.

"Acho que você estava tão bêbada que imaginou coisas" Ravena e Amber riem.

"Sem graça vocês." Fecho a cara.

"Já está melhorando" digo tirando o gelo da testa.

"Vamos fazer o que agora?" Olha para todos

"Eu não sei, eu acho que quero ir para casa" eu realmente quero.

"Então vamos, eu levo vocês"

Amber e Ravena me levam pelo braço e assim entramos no carro de Patrick, que é bem bonito por sinal. A corrida toda foi dominada pelo silêncio, nem Patrick e Ravena conversam entre si, parecia estar um climão entre eles.

Ele deixa Amber na casa dela primeiro, por ser a mais perto do local da festa e depois eu. Me despeço dos dois e entro em casa, estava tudo escuro, aposto que minha mãe já está no 16° sono

Abro a porta devagar e entro sem fazer barulho, subo as escadas e vou para o quarto. Me deito na cama do jeito que estou e percebo que esqueci minha bolsa lá no carro de Patrick.

Puts! Como que vou avisar? Ravena e Patrick estavam nos bancos da frente obviamente e acho que eles não perceberiam a bolsa atrás.

Eu estou com tanto sono que acho que minha bolsa nem importa mais. Acabo adormecendo.

Psicólogos não são o que parecem Onde histórias criam vida. Descubra agora