CAPÍTULO 35

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"Vamos pra onde?" Ela pergunta.

"Não sei..." Respondo coçando meu cabelo.

"Que tal festa?" Ele supõe.

"Festa, Eduardo?" Faço cara de indignada.

"Sim, temos que nos divertir, tá todo mundo aqui pra baixo agora, temos que animar!"

"Não é uma má ideia" Ela concorda.

"Só vocês mesmo" bufo.

"Eu não vou assim, desse jeito!" Falo

"Aaah que que tem? Você tá linda, meu bem" Eduardo diz sorrindo.

Esse elogio fez a Ravena olhar com os olhos arregalados para mim. Já sabia o que ela queria dizer só com esse olhar. Sorte que o Eduardo não percebeu.

"Tudo bem, então vamos" disfarço a situação.

Eduardo tenta achar alguma festa que esteja rolando com seus amigos. Ele logo acha uma que apenas começou, lá ia ter piscina e pessoas da nossa idade, uma festa normal. "Vamo que vamo" ele se levanta animado.

"Posso chamar um amigo para ir com a gente?"

"Claro!" Respondo, Ravena e seus gados.

"Tá bom"

Pegamos um uber e fomos direto para o local da festa. Era uma casa de praia bem grande e bonita, suponhamos que esse amigo dele, seja bem rico. Descemos do Uber e lá já havia muita gente. Pessoas bebendo outras comendo e também na piscina ou dançando. Me arrependi muito de vim desse jeito, eu estava com a mesma roupa que vou na padaria de manhã enquanto algumas mulheres estavam de vestidos, eu não sei qual é o tema da festa, algumas estão de vestidos, outras com chinelo e short, alguns de ternos e outros de sunga, era uma festa bem aleatória.

"Caralho..." Escuto Eduardo falar baixinho olhando as pessoas.

"Ele sabe dá uma festa né" rio de nervoso.

"Com toda certeza!" Arregalo os olhos.

Ravena logo se distancia de nós para encontrar seu "amigo". Eu e Eduardo ficamos sentados na grama que tinha na casa, bem perto da areia da praia, que dava para observar as pessoas de longe.

"Isso não te lembra algo?" Ele olha para mim com seu rosto inocente.

"Como não esquecer..." Dou um sorriso.

"A sua falha tentativa de tentar fazer amizade comigo" dou risada lembrando daquele momento.

"Falha não, dá licença porque se não fosse eu, nada disso teria acontecido" ele debocha.

"Tem razão" sorrio olhando para as ondas do mar.

Ficamos em silêncio apenas escutando as outras pessoas da festa, a música e o barulho da água da piscina.

"Eu ainda acho muita coincidência o que aconteceu... Logo você? De tantas pessoas que poderiam estar no seu lugar"

"Eu também acho. Tinha tantas garotas para ser sua paciente e foi logo a que você tentou conversar" reparo em seu rosto.

"Engraçado, não?" Ele sorri olhando para mim.

"Parece que o destino te colocou na minha vida na força do ódio para me ajudar de todas as formas" dou uma risada de leve.

"É..." Ele me observa mais ainda.

Eu e ele começamos a rir desse momento. É bom quando você está com alguma pessoa e você e ela começam a lembrar desses momentos e cada um vai contando o que sentiu de verdade ali, a sua versão. Isso é a melhor coisa.

Psicólogos não são o que parecem Onde histórias criam vida. Descubra agora