Eduardo POVEla estava sem fôlego, então decidiu parar um pouco, faço a mesma coisa que ela e agacho na calçada junto. Estávamos sem fôlego mas rindo que nem duas hienas disso. "Você é louco" ela ri. "Só não te bato agora por que estou sem força" ela limpa o suor na testa. "Até parece que ia conseguir" debocho.
Ela se levanta e vêm até mim. Viro o meu rosto e vejo os seguranças bem perto da gente, estavam correndo ainda. "Anne, se abaixa" empurro ela e nós dois cai dentro de um lugarzinho escondido em frente a casa que estávamos. Sem querer cai em cima dela, machucando sua perna e ela dá um grito de dor.
"Aí! Eduardo!"
"Cala boca" tapo sua boca com a palma da minha mão.
"O que?" Ela fala abafado entre os espaços dos meus dedos.
"Xiuu" continuo a olhar os seguranças.
Eles passam em frente ao lugar, sem perceber a gente. O alivio que nós sentimos foi grande. Verifico se já estão longe e já nem estavam na mesma rua. Saio de cima dela, destampando sua boca.
"Me desculpa" ajudo a levantar na maior cara de pau.
"Cara... Não vou te falar nada" ela sai emburrada.
"Eu salvei nossa vida" rio.
"Me da minha bolacha" ela pega da minha mão com raiva.
"Uiui, tá bom, nervosinha" brinco.
"Isso tudo foi porque você falou que estava com fome!" Tento dar uma justificativa.
"Estou te devendo uma" nós rimos olhando um para o outro.
"Depois disso, só quero deitar numa cama e relaxar."
"Eu também"
"Hoje foi divertido, me diverti bastante" ela dá uns pulinhos como criança.
Me sinto completo quando escuto isso, era isso que eu precisava, me sinto orgulhoso por ter feito o dia dela.
"Eu também me diverti, mas ó, você não pode nunca mais voltar naquele mercado" aponto o dedo.
"Ei! Vocês!" Escuto uma senhora de bengala atrás de nós gritando.
"Quem é ela?" "Eu não sei" ficamos confuso."Vocês mesmo! O que estavam fazendo na porta da minha casa?" Ela parecia ter 100 anos.
Vou até ela com a Anne segurando meu braço de medo, pensa numa menina medrosa, é ela. "Me desculpa senhora, foi caso de emergência, eu e minha a-"
Ela bate com a bengala na minha perna "Eu sei que estão fugindo, acabei de ver os seguranças, cretinos!"
"Que porra é essa? Eu não te desrespeitei em na..." Ela me dá outra bengalada. Sinto muito, mas eu parto para a agressão e empurro a véia.
"Eduardo!" Ela grita com dó da véia.
"É uma senhora de idade, Eduardo! Eu não acredito que você fez isso!" "Tu é um babaca!"
"Vem!" Puxo ela pelo braço e começo a correr novamente.
"Eles estão nos seguindo novamente!" Ela olha para trás.
"Corre, só corre muito" continuamos a correr mais do que antes, sem parar.
Anne estava chorando com a bolacha na mão e correndo. Foi o momento mais engraçado da minha vida. Seu joelho tava batendo no estômago de tanto desespero. Com o tanto que a gente correu, dava para calcular uma cidade inteira. "Eles não cansam" grito. "Eu já estou cansada!!" "Por favor, não para agora!"
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Psicólogos não são o que parecem
RomanceAnne é uma estudante de 17 anos que tem a vida totalmente sofrida por conta de seus pais. Por isso afetar tanto seu psicológico, sua mãe decide colocá-la num psicólogo, mas isso fará ela ter mais conflitos por ser a pessoa que ela criará sentimentos...