Eduardo POVO bom é que eu não tive contato nenhum com ela, a não ser aqueles dias, o que torna tudo mais fácil. Apenas vou ignorar o que aconteceu e seguir em frente.
Anne POV
"Oh, ok." Digo um pouco insegura.
"Então, retornando. O que você e suas amigas mais gostam de fazer quando estão juntas?"
- É... São várias coisas, ir a festas, fazer compras, ir na casa de uma da outra e etc... Coisas normais!" Respondo claramente.
"Ok..." Ele anota pela última vez.
"É isso Anne, amanhã você terá que retornar novamente, para começarmos de verdade, hoje, conversei com sua mãe, entretanto era para apenas te ver pessoalmente" Ele diz guardando suas coisas.
"Oh, tudo bem, mas olha... Acho que não vai adiantar muito, a terapia" Me levanto da cadeira.
"Por que não?" Ele me olha sério e curioso.
"Não sei, eu sinto que não vai adiantar, eu contar algo ou você me dar conselhos de vida, falar que não preciso ser assim... etc" Fico atrás da cadeira e ele me olha atenciosamente. Ele expressa confusão em seu rosto, aposto que fiz ele pensar.
"Anne, psicólogos não estão aqui para te dar conselhos apenas. Estamos aqui para conversar com você, te orientar em certas situações, fazer você desabafar, acompanhar sua vida... até porque não será 1 ou 2 terapias, será por anos. Isso fará diferença na sua vida, mais do que você pensa, garotinha!" Ele continua a guardar suas coisas.
"Hum... Sei não" Provoco.
Ele me olha surpreendido.
"Bom, só o tempo vai dizer. Duvido que vai falar a mesma coisa daqui alguns meses" Ele diz.
"Veremos... até mais Doutor Cooper." Ando até a porta, sinto que ele está me observando.
A porta abre automaticamente e vou embora para casa, chego cansada, voltei a pé, não era tão longe, mas cansou mesmo assim. Abro a porta e vejo Ravena deitada assistindo tv. Por um momento eu esqueci que Ravena não tinha ido embora, fico feliz em vê-la.
"Oii! Já voltou?" Ela se levanta toda animada.
"Sim, hoje era só o básico, era para me conhecer pessoalmente, eu acho" Me sento.
"Como foi lá? Me conta!" Ela me olha alegre como se eu tivesse ido num parque de diversões.
"Ah, você não vai acreditar!"
"Diga logo mulhe!!"
"O psicólogo é aquele homem que eu estava sentada no gramado da festa." Digo
"Mentira, para, é sério?" Ela grita.
- S-sim. Respondo assustada com a reação dela.
"Tá doida? Ele nem parece ser psicólogo"
"Eu não esperava por isso também" rio de desespero.
"Talvez ele tenha se formado agora, o que é um pouco ruim para você!"
"Ue, porque?"
"Poxa amiga, mas você sabia que vocês não podem ser amigos né?" Ela diz.
"É... Agora eu sei, ele me avisou" Briso na ideia.
"Tô feliz.. mas o que ele perguntou?"
"Ah, nada de demais... Só o que eu faço no meu dia, minha relação com minha mãe e etc" Mexo em meus cabelos.
"Ahh, que chato!" Ela ri.
"É, realmente, é um psicólogo, não uma festa."
"Eu chamei a Amber para vir, tem algum problema?" Ela me olha esperando minha resposta
"Claro que não, faz tempo que não fica nós três juntas"
.
.
.Me deitei no sofá abraçada com Ravena, enquanto Amber não chegava. Esperamos por uns 30 minutos e nada dela. Esperamos por muito tempo e ela não apareceu, talvez estaria ocupada.
Ficamos a tarde toda assistindo filme sozinhas até que ela vai embora. Minha mãe chega logo em seguida. Eu não sei mais o que conversar com ela, me dá tanto desgosto mas ainda sim, tenho que respeita-la pois moro na casa dela.
"Como foi lá?" Ela senta no sofá confortavelmente, jogando seus óculos.
"Bem... bem" Sou fria.
Eu não quero papo com ela, quanto menos ela souber da minha vida agora melhor vai ser, por mais que ela esteja pagando o psicólogo, não me importo porque não fui eu que pedi. Saio da sala deixando-a sozinha. Vou para o meu quarto deitar e dormir logo, mas acabo nos meus pensamentos de novo. Como será que vai ser daqui pra frente a minha relação com ela? E o psicólogo, será que vai adiantar? E o meu pai? Será que ele vai morar aqui? Perguntas como essas percorrem pela minha mente a noite toda.
Abro os olhos e percebo que dormi, vejo que é de manhã ainda, são 6:10. Levanto e vou logo para o chuveiro, me banho com água super quente, isso é relaxante. Depois, pego qualquer roupa e me visto para ir a escola, faço um rabo de cavalo bem alto e pego minha mochila para descer.
"Bom dia" Escuto minha mãe falar.
"Dia, de bom não há nada!"
Pego uma maçã e vou conferir meu material.
"Você não devia se comportar como se não tivesse mãe, Anne" ela levanta suas sobrancelhas.
"É, deve ser porque eu não tenho"
"O que é, garota?" Ela se levanta pronta para discutir comigo.
Pego minha mochila e saio de casa no mesmo instante.
Eu cansei daquela mulher me enchendo o saco, ela perdeu toda credibilidade comigo, quanto menos eu olhar para ela melhor eu vou ficar. Ando até a escola escutando música e pensando. Depois, encontro Ravena e Amber e como sempre, foi normal a aula, não teve nada de interessante. Quando finalmente acaba. Amber vêm falar comigo.
"Annette, que tal sairmos eu, você e a Ravena hoje?" Ela faz gracinha me cutucando.
"Poxa, Amber... Não vai dar, tenho psicólogo" Realmente não vai dar penso comigo mesma.
"Oh, tá bom." Ela vai embora sozinha.
Faço a mesma caminhada de sempre na volta, passo pela lagoa que tem a vista maravilhosa e não posso deixar de lembrar do Eduardo. Com certeza nunca vou esquecer disso. Até por que... Ele está ali? Fico confusa, cerro os olhos tentando enxergar.
A miopia me ataca essas horas, mas me aproximo um pouco do banco em que estávamos sem ele perceber... vejo que é realmente ele. Será que eu falo com ele? E se ele não gostar? Mas será que agora eu sou paciente dele ou amiga? Não sei o que pensar.
Me aproximo dele e resolvo cumprimentar, ele estava escutando música e olhando para a lagoa.
"Oi, Anne" Ele resmunga e me olha meio desapontado.
"Tem algum..." Ele me interrompe
"Tem" Ele é frio.
Como ele adivinhou que eu ia perguntar se tinha algum problema?
"Nossa, mas por que tanto mistério de psicólogos não poderem ser amigo dos seus pacientes?" Digo sem saber.
"Anne... Por favor... vai embora!" Ele olha com angustiado.
"Me desculpa... Eu não devia." Ando para trás.
"Não"
Nossa cara, por que eu fiz isso? Agora vai ficar mó climão na terapia. Fico com peso na consciência de ter puxado assunto aqui.
Eduardo POV
Isso vai ser mais difícil do que parece, por que ela veio aqui? Eu expliquei para ela que não pode, eu fui sério ainda, não sei que parte ela não entendeu. Me levanto e vou embora.
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Psicólogos não são o que parecem
RomanceAnne é uma estudante de 17 anos que tem a vida totalmente sofrida por conta de seus pais. Por isso afetar tanto seu psicológico, sua mãe decide colocá-la num psicólogo, mas isso fará ela ter mais conflitos por ser a pessoa que ela criará sentimentos...