CAPÍTULO 36

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Olho para cada canto, pois a piscina é enorme. E lá estava ele, nadando sem camisa como se nada mais importasse. Tento dar meia volta e ignora-lo, mas ele direciona seu olhar sobre mim.

"Ei! Anne!!!" Ele grita e vai para borda da piscina.

"Anne!!" Ele grita novamente.

"Onde está indo?"

"Eu... Eu... Não sei" gaguejo.

"Estava me procurando?" Ele franze a sobrancelha como se já soubesse a resposta.

"Não, ué, só vim ver a piscina mesmo" desvio o olhar.

"Algo me diz que estava me procurando" Ele fala num tom de confiança que me deixa louca.

"Não estava!" Dou meia volta e caminho.

"Fica!" Ele e esse "fica" que me deixa com o coração acelerado.

"Eu não vou ficar aqui parada te ver nadar e também não vou entrar!"

"Por que não?" Ele cerra sobrancelha.

"Por que não o que?" Digo irritada.

"Por que não entra?"

"Eu não quero e também não tenho roupa" Reviro os olhos.

Por algum motivo essa conversa tá me irritando de verdade.

Me viro e caminho até a Ravena e o Ender, mas sinto uma mão molhada no meu ombro esquerdo que me faz virar indignada. "Sai" "eu não vou entrar!" Tiro a mão dele.

"Por que está com raiva?"

"Eu não estou" olho para ele.

"Só queria que ficasse comigo, não quero ficar sozinho na festa"

Ele parecia um cachorro molhado e abandonado, ainda mais com essa cara de tristeza.

"Tem tanta gente que..." Fecho os olhos e susurro, irritada.

"Mas eu quero a sua presença, ué" ele caminha de volta para a piscina.

"Tá, mas eu só vou ficar perto da piscina"

"Tudo bem" ele entra na água de novo.

O jeito que ele estava, não tinha como não olhar, seu corpo estava totalmente marcado, as mulheres da festa toda estavam com a visão focada nele e somente nele. Não sei se eu sou besta de ser amiga dele ou se sou sortuda.

"Ei, Anne, olha" ele dá uma "cambalhota" na água. Só sorrio e dou palminhas para ele.

Ele começa a me encarar como se tivesse algo de errado comigo. Já me deixa nervosa por estar me olhando muito, fico desconfortável.

"Anne, seu lenço está torto"

"Que? Sério?"

"Sim, o laço está muito pra direita, deixa eu arrumar" Ele se aproxima de mim.

"Suas mãos estão molhadas!"

"Não vai dar em nada, vem cá"

Vou até ele e fico de joelhos na borda piscina, me sinto uma criança com o pai. Ele finge arrumar o lenço e me puxa para ele na piscina. Nós dois ficamos em baixo d'agua, enquanto as pessoas olhavam friamente para essa situação. Senti seu corpo ficar grudado ao meu por algum tempinho na água, isso foi estranho demais, porque senti seu corpo sem peça de roupa, aposto que ele adorou isso. "Eduardo!!!" Digo entre tosses tentando ficar com a cabeça para fora.

"Poxa Eduardo, eu estou com roupa" limpo meu rosto com as mãos.

Ele olha para mim com uma cara de satisfeito com o que fez.

Psicólogos não são o que parecem Onde histórias criam vida. Descubra agora