CAPÍTULO 34

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Amanheceu, me levantei bem cedo com a notificação da mensagem de Eduardo.

"Oi gatinha, quer sair hoje?"

Logo me vêm um sorriso no rosto com a mensagem, já espero que seja um dia animado.

"Claro, que horas?" Respondo e deixo o celular na mesa.

Caminho até a sala e vejo Ravena deitada toda arreganhada no sofá. Acho que ela estava bem cansada ontem noite e provavelmente a discussão só piorou a situação. Volto ao quarto e pego um cobertor para cobrir ela. Me sento ao seu lado e começo a refletir nas coisas que ela me disse. Ela acorda e olha diretamente para mim. "O que está fazendo?"

"Vim te cobrir"

"Não precisava"

"Para boba. Eu não quero ficar mal com você, tudo menos isso. Eu sei que você está certa e..."

"Anne... Eu não vou ficar insistindo nessa história, você já tem 17 anos, sabe muito bem o que faz." Ela encosta sua testa no meu ombro.

"Tem razão, me desculpa por ontem"

"Relaxa"

"Amigas bem de novo?" Ela estende a mão.

"Sim sim" dou um abraço nela.

"Sabe... Me desculpa por aquele dia, foi totalmente desnecessário, não queria ter feito você passar por aquilo"

"Já passou, relaxa"

Chego ao quarto, pego meu celular e verifico meu celular. Tinha mensagens dele já.

"Estou no trabalho agora, hoje terá muitas consultas então, lá pro fim de tarde ou até mesmo a noite se quiser, claro"

"Tá bom" me animo.

Enquanto isso, passo a tarde toda lendo livros e também fazendo uma nova decoração no meu quarto, enjoei da antiga e decidi renovar. Também, decido checar alguns e-mails ou ligações que eu possa ter recebido sobre os currículos que enviei pela cidade. Vejo que fui convidada para fazer uma entrevista na lanchonete que entreguei, estou bem animada, será amanhã.

Depois de algumas horas, Eduardo, depois de séculos finalmente me liga.

"Oi, te encontro no parque daqui 30 minutos" ele desliga imediatamente.

Coloco o celular na mesa e vou procurar alguma coisa para vestir, abro o guarda roupa e procuro alguma peça que já não tenha usado com ele. Pego vestidos, shorts, croppeds, mas nada combina. Me jogo na cama e coloco a mão sobre o rosto, não sei porque estou irritada com isso, nunca fui de me importar com roupa quando estou com ele.

Pego um short com um cinto preto, uma blusa de alça branca e uma bandana para pôr na cabeça. Não estava tão bonito, mas também não estava tão ruim, era mais ou menos.

Pego meu celular e vou direto para o parque, pelo caminho penso em alguns lugares que poderíamos ir agora, porém não vêm nada em mente. Já estava adiantando para não ficarmos no tédio e temos novas "aventuras".

Finalmente chego e me sento no banco em frente a lagoa. Fico mexendo no celular enquanto ele não aparece. Demora alguns minutos, será que aconteceu algo? Acho melhor não pensar no pior, só vou esperar.

Sinto alguém tapar meus olhos. "Eii, eu sei que é você" "pode tirar suas mãos já, engraçadinho" ele anda até a frente do banco e vejo que não é ele.

"Que coincidência você aqui!" Escuto uma voz grossa.

"..."

"... Pai?" Essa foi a única coisa que eu consegui dizer, porque o choque que eu estava sentindo naquele momento era pesado.

Psicólogos não são o que parecem Onde histórias criam vida. Descubra agora