Por JoshuaNão sei ao certo o que me deu, não estava sóbrio mas também não tinha bebido o suficiente para me arrepender ou esquecer tudo que fiz. Talvez o álcool só tenha me encorajada a fazer aquilo que a minha consciência gritava por todo esse tempo, quando Noah me desafiou rapidamente me neguei, tentei me esquivar por medo de ter que lidar com algo assustador depois. Mas foi exatamente o oposto do que aconteceu, ver Any sozinha observando o céu reativou todos os meus extintos, o tecido branco iluminado somente pela lua se destacava da sua pele escura lhe dando um brilho todo especial e o balançar do vento lhe dava um poder absurdo.
Ela era leve, natural e bonita sem esforço nenhum, deslumbrante é pouco para descrever a minha visão no momento em que me aproximei dela, que estava tão concentrada a ponto de não se mover e tampouco sentir minha presença. Seus cachinhos pareciam me convidar, sem me intimidar segui a diante juntando nossos corpos em um abraço e obedeci todos os meus extintos começando por afundar meus lábios em seu pescoço inalando todo seu doce perfume e finalizando em seus lábios macios e carnudos, que esperavam ansiosamente por mim.
E cada sensação ainda está aqui, todos os arrepios intensos, a forma presunçosa como seu corpo correspondia meu toque, o calor dos seus braços, a conexão entre nossas línguas. Todas as vezes que fecho meus olhos as memórias voltam bem vivas e isso me assusta, me apavora, me descontrola. Naquela mesma noite Any me deixou em casa, ela era a única sóbria e apesar de estar consciente, ela não me deixou ir embora sozinho.. Foi então que nos beijamos outra vez e mais outras, até que ela decidiu ir embora levando tudo de mim.
— Animado para o primeiro dia como dançarino? — Noah me interrompeu de repente entrando na sala de funcionários. Cinco desde a bendita festa e eu sequer me lembrei disso, havia outra coisa ocupando minha cabeça. — Por que você ainda tá de faxineiro? — Disse ao notar meu uniforme.
— Pedi a Sabina que dividisse meu expediente até que pudesse ter frutos como dançarino, tenho um filho pra cuidar. — Suspirei evitando contato visual, não estava a fim de conversar.
— Nossa, tá tudo bem? — Assenti movimentando a cabeça. — Desembucha.
— Eu te odeio. — Ri fraco sabendo que não conseguiria enrola-lo. — Não consigo parar de pensar no que fiz sexta, isso tá me atormentando.
— Mas por que? Você gostou do beijo que eu sei. — Se encostou nos armários com uma expressão de indignação, podia jurar ver uma interrogação nascer na sua testa.
— Esse é o problema, to confuso pra caramba. — Bufei jogando minhas coisas de qualquer jeito. — Any Gabrielly é o sonho de qualquer cara, ela é... Como um raio de sol sabe? Quente, brilhante e sedutor, ao mesmo tempo chegar perto demais pode ser perigoso e eu não sei se estou à fim de me queimar. — Ele me olhou mais confuso ainda. — Eu sou uma bagunça, Urrea, uma bagunça tão grande que não merece alguém tão perfeita assim, mesmo que ela esteja disposta a arrumar não vai conseguir. Porque quanto mais se tenta arrumar, pior eu fico.
— Você já pensou na possibilidade dela conseguir? Já tentou focar no lado positivo da coisa? — Riu fraco me dando um leve empurrão.
— Não sei, da ultima vez pensei assim e me deixaram sozinho com um filho nas mãos. Acho que tenho um dom para estragar coisas boas, não quero que isso aconteça com a Gabrielly, entende? Sei que foram só beijos, mas se não pararmos agora vai ficar mais difícil parar depois. Porque sinceramente, Urrea, eu nunca senti tantas coisas estranhas e boas ao mesmo tempo, nem com a katharine. Parece que eu me perco quando estou perto dela, sabe? É esquisito como não sei controlar minhas ações, me tornei um adolescente impulsivo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Change - Beauany
FanfictionJosh Beauchamp é um cara simples, humilde e disposto a enfrentar as barreiras da vida - até porque ela ama brincar com ele. Do outro lado temos Any Gabrielly, dona de um império em ascenção e completamente imersa na sua bolha de ouro. Mas quando o a...