The Change - Beauany

37. Melhor mudança

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Por Joshua

Passar um mês longe de casa foi extremamente difícil, foi a primeira vez que passei tanto tempo longe do meu filho e era realmente muito estranho acordar todos os dias sem te-lo como parte da minha rotina. Foi inevitável não pensar na Any também, tudo dela me fazia falta, desde as birras até a risada gostosa e as manhas que me faziam ceder todas as vezes.

Mesmo falando todas as noites por chamada de vídeo, minha vontade de voltar pra casa e enche-la de beijos era imensa. Dançar é realmente mágico, me completa e me deixa em êxtase, mas nada se compara aos nossos encontros e à maneira como nossos corpos se conectam tão intensa e perfeitamente.

Foi lembrando dela que comprei todos os presentes que juntei na mala, entre eles um anel de brilhantes que me chamou atenção e bastou que pusesse os olhos para saber que seria dela. O Ben não ficou atrás, pelúcias e roupinhas divertidas quase me faliram, impossível a resistir a tantas coisas fofas.

E eu esperava tudo ao voltar para a minha casa, amor, carinho, Alegria e risadas gostosas. Exatamente TUDO, menos uma Gabrierly nervosa prestes a infartar por um teste que me diria agora se seríamos papais ou não.

- FALA LOGO, EU VOU TE BATER! - Me assustei com seu grito repentino e respirei fundo voltando a encarar o papel.

Li e reli umas mil vezes temendo errar alguma coisa, Any me encarava silenciosa enquanto mordia os lábios com força tentando dissipar a tensão, meu coração pulava na boca com tamanho nervosismo.

- BetaHCG... POSITIVO! - Gritei trêmulo ao ver a mulher desesperada à minha frente sem saber ao certo se deveria rir ou chorar com aquilo

Caralho, eu vou ser pai de novo!
EU VOU SER PAI!!

- Ai meu Deus, Josh! - Caiu na cama em prantos, enterrando a cabeça nas mãos. Seu corpo tremia entre soluços que eu já não sabia mais se eram de felicidade ou medo, minha única reação foi abraça-la por trás com toda força que podia. - E se... E se não der certo de novo?

- Eei, o que aconteceu com os pensamentos positivos? Nada é por acaso, meu amor. - Sorri baixinho ainda emocionado e distribui alguns beijos em seu pescoço traçando um caminho delicado até suas bochechas. - Você tem um pedacinho da gente ai... Não ta feliz?

Ela se remexeu virando de frente pra mim e me encarando sutilmente sorriu fraco, antes de colocar a ceva em meu peito e passar as mãos pela minha nuca. Tirei alguns cachinhos do seu rosto para analisa-la melhor e fiz um leve carinho em suas bochechas.

- Beauchamp, eu nunca estive tão feliz e tão medrosa ao mesmo tempo em toda minha vida. - Confessou fechando os olhos por alguns segundos. - É louco como essa é a melhor coisa que poderia ter me acontecido mas também é o maior de todos os gatilhos, eu tenho medo de falhar de novo, de não ser suficiente ou não merecer isso.

- Não fale como se tivesse culpa, você nao tem total controle sobre uma reação involuntária do seu corpo, não expulsou porque quis ou recolheu aquilo. - Esfreguei o nariz sentindo o cheiro maravilhoso dos seus cabelos e busquei um pouco mais de força. - Sei que é difícil pra você, mas estou aqui e vou cuidar de vocês. Any Gabrielly, você merece muito mais e é mais do que suficiente pra mim ou para os nossos filhos, mais do que eu possa ter pedido a Deus algum dia...