— Já tô indo vovô. - Desço as escadas sem pressa e passo por ele dando um beijo em sua bochecha antes de me sentar.
— Dormiu bem?
— Sim, e o senhor?
— Ótimo por ter minha neta em casa de novo. - Sorrio pra ele antes de dar o primeiro gole de café.
— Tem falado com o garoto?
— Todos os dias. - Respondo ao me servir com algumas torradas. Falava com Bakugou quase toda hora desde que ele havia ido embora há quatro semanas atrás, antes que sua mãe ''pegasse a vassoura e voasse atrás dele'' por não ir pra casa nas férias, como ele mesmo disse. Sabia que não ficaria muito aqui, ainda assim, no momento que ele me beijou antes de entrar no carro, já estava sentindo sua falta.
— Ele é um bom rapaz.
— E como o senhor sabe disso?
— Porque conversamos por muito tempo. - Ele responde colocando sua xícara vazia na pia.
— Quando?
— Em uma das manhãs que você dormiu até quase na hora do almoço.
— E falaram sobre o que?
— Coisas. - Ele diz de maneira simples, e fico só observando, tentando imaginar quais coisas seriam essas. — Gostei dele e da forma que ele olha pra você.
— De que forma vovô?
— Como se fosse cuidar de você com a vida dele.
— Não sei se ele me olha assim mesmo ou se o senhor está vendo coisas demais. - Respondo da maneira mais natural que consegui, mesmo estando praticamente entalada com a comida depois de ouvir isso.
— Eu sou velho, sei das coisas.
— Claro, claro. - Aceno sem ter o que responder em seguida, a frase ficou ecoando na minha cabeça.
— Vou até a vendinha do bairro, volto daqui a pouco. - Ele responde e sai da cozinha.
Pego o celular e as primeiras mensagens são dele, falando sobre algum assunto que conversávamos ontem a noite antes de eu pegar no sono. Ficávamos nos falando até quase três da manhã ou um dos dois dormir, o que acontecesse primeiro... na grande maioria das vezes era eu.
Mesmo gostando de estar aqui com meu avô, começava a sentir falta do pessoal e em como o tempo passava rápido quando estava com eles, nunca era monótono e ainda que eu tivesse vários livros pra ler, filmes e séries pra pôr em dia, me sentia entediada em manhãs como essa.
Coloco as louças sujas na pia e desfaço a mesa do café da manhã. Termino de lavar a louça pensando no que fazer a seguir pra passar o tempo e lembro então da rede social que eu menos usava, até havia perdido a senha e nunca mais tentado entrar há um bom tempo.
Entro no e-mail e perco alguns minutos pra recuperar a senha e entrar no aplicativo. Acho que usava essa rede social antes de entrar na UA então penso em procurar os demais, e é claro que ele é o primeiro que vem na minha cabeça. Coloco seu sobrenome na pesquisa e antes de tocar no seu perfil, já aparece a opção de seguir de volta, mostrando que ele já havia me procurado antes.
Seguindo muito menos que a metade dos seguidores que ele tinha, havia bem menos fotos do que eu imaginava, e as que tinha eram em festas, ou dos treinos dele, uma que parecia de uma trilha ou algo assim e uma em especial e a mais recente que reconheci logo de cara: a noite que comemoramos meu aniversário. Havia uma sequência que variava entre os meninos fazendo alguma besteira, todos juntos e a que eu mais gostei... a que estava somente ele e eu, sendo segurada pela cintura.
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LIKE DYNAMIGHT - Bakugou Katsuki
أدب الهواة𝑀𝑎𝑙 𝑠𝑎𝑏𝑖𝑎 𝑒𝑙𝑒 𝑞𝑢𝑒 𝑎 𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑝𝑟𝑒𝑜𝑐𝑢𝑝𝑎𝑑𝑜 𝑞𝑢𝑒 ℎ𝑎𝑣𝑖𝑎 𝑑𝑎𝑑𝑜 𝑒𝑚 𝑚𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑐̧𝑎̃𝑜, 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑝𝑒𝑟𝑡𝑜 𝑓𝑖𝑐𝑎𝑣𝑎 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑟𝑎𝑣𝑖𝑙ℎ𝑜𝑠𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎𝑟𝑟𝑢𝑖𝑛𝑎𝑟 𝑚𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑣𝑖𝑑𝑎 𝑝...