C A P Í T U L O 1

1.7K 165 788
                                    

Hello! Que bom que você decidiu conhecer mais sobre o mundo dos Evocadores!
Pode comentar, dar dicas, críticas ou qualquer coisa. Eu respondo tudo!!!
No fim, se gostou do Capítulo, clica no votar! Obrigado s2

Agora pode ler em paz hahahaahaha

 Eu respondo tudo!!!No fim, se gostou do Capítulo, clica no votar! Obrigado s2Agora pode ler em paz hahahaahaha

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Já ouvia o crescente tilintar das armaduras aproximando-se a cada segundo, chacoalhando a galope. Porém, foi ao som do relinchar das montarias profanas que arrepiou-lhe a nuca. O inferno enviou seus algozes.

Ele estacionou o carro com pressa, ocupando quase duas vagas na lateral da rua. Não tinha tempo para as regras de trânsito e a estrada estava muito traiçoeira depois da chuva intensa naquela noite, deslizando os pneus com facilidade. Recife não era famosa pela qualidade das estradas.

Seu cigarro ainda estava na metade quando destravou o cinto de segurança. Olhou pelo retrovisor procurando pelos seus perseguidores, mas encontrou apenas as rugas de seus quarenta e poucos anos e o suor frio da testa. Ele ainda tinha tempo.

Virou-se para o banco do passageiro, agarrou a marreta que veio de companhia e a encarou por alguns segundos. Suspirou profundamente e encostou o metal frio e cilíndrico testa, fechando seus olhos, quase como em uma oração. Essa noite seria sua última missão.

Ainda chuviscava quando o homem soturno saiu do carro. Deu uma última tragada no cigarro e lançou o resto na estrada molhada, apagando as brasas e não se preocupou em travar o automóvel, sabia que não voltaria para casa.

Escondeu a marreta dentro do seu sobretudo e apertou o passo, cruzando a famosa Praça Nossa Senhora do Carmo até chegar na Basílica de mesmo nome. Já passavam das onze e o lugar estava fechado, mas ele sabia que as freiras jogavam truco até tarde nas sextas-feiras. Bateu com força três vezes nas portas duplas e largas de madeira secular, datadas da época colonial.

Não houve resposta imediata e precisou bater mais três vezes, com ainda mais agressividade, competindo com o barulho da tempestade que ameaça cair do céu.

Subitamente, a porta da direita rangeu abrindo uma pequena brecha na passagem, revelando apenas os olhos enrugados de uma das irmãs e seu semblante obscuro, exatamente no momento em que um relâmpago iluminou o céu noturno seguido pelo estrondo de um poderoso trovão.

— Irmã Celeste? Sou eu. — disse o recém-chegado de cabelos e barba molhados.

— Doutor Dornellas? O que faz aqui a esta hora? — reconheceu a freira apertando seus olhinhos por trás dos óculos.

— Peço desculpas pelo horário, irmã, mas será que posso entrar? Está bem frio aqui fora.

Celeste abriu passagem para acolher o visitante e rapidamente fechou as portas da basílica, trancando-as como se faz nas fortalezas católicas. Nem mesmo o frio atravessava as paredes grossas do lugar, principalmente ali, na nave da basílica, um espaço amplo onde celebravam os ritos, todo ornamentado com ouro, santos e padroeiros. Religiosos e seus hábitos faraônicos...

Evoker - A Relíquia QuebradaOnde histórias criam vida. Descubra agora