C A P Í T U L O 18

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Oliver mal acreditou no que viu quando ele e Kael foram surpreendidos por diabos horripilantes durante as buscas

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Oliver mal acreditou no que viu quando ele e Kael foram surpreendidos por diabos horripilantes durante as buscas. Os monstros devoravam o corpo de um dos vigias do cemitério quando notaram a presença da dupla que se armou automaticamente. Kael conjurando seus escudos e o alquimista encaixando seu par de soqueiras.

A luta começou difícil. Precisaram voltar ao corredor principal para ter um combate mais justo contra aqueles monstros que além de altos eram ágeis e usavam a cobertura dos túmulos para atacar de surpresa.

Oliver levantou seus braços, montando sua guarda, enquanto encarava o Belzebule coberto de sangue fresco. O monstro ainda parecia cheio de apetite.

O alquimista começou atacando e engajou corpo a corpo contra seu oponente. Socou três vezes e a criatura esquivou-se de todas para em seguida contra golpear tentando agarrar o garoto com seus braços finos e fétidos. Oliver abaixou-se, escapando do aperto e acionando a alavanca de sua arma, brotaram imediatamente duas facas do interior das soqueiras. Com outro golpe, em giro, acertou o abdômen, abrindo dois cortes profundos na carne pálida.

O Belzebule berrou, mas o garoto não tinha terminado.

Naquela mesma posição, abriu as mãos e das palmas evocou uma rajada de chamas, a poucos centímetros da pele do mostro. O fogo purpura disparou pelo ar com violência, consumindo a criatura até que virasse uma tocha ambulante, correndo aleatoriamente na tentativa de apagar as labaredas.

Oliver sorriu orgulhoso do resultado dos treinamentos abusivos do seu guardião. Contudo, cedo demais para contar vitória. O segundo monstro já estava ao lado e se preparava para golpear com a garra, quando um escudo prateado surgiu na frente, bloqueando o ataque e criando faíscas com o choque.

Kael empurrou o Belzebulle com o escudo e depois chutou na altura do peito, afastando-o com a força de um gorila. Oliver sorriu para o guardião, mas logo sua felicidade desapareceu quando viu mais dois monstros brotando dos corredores laterais. Ainda mastigavam sua última refeição.

— Para a igreja! Vamos nos reagrupar! — comandou Kael pelo comunicador e todos os grupos confirmaram. Também sob ataque, pelo visto. — Rápido! — reforçou o anjo para seu protegido, apontando para as torres da igreja no horizonte.

Oliver confirmou com a cabeça e correu, seguido pelo guardião logo atrás. Kael chegou a arremessar seu escudo boomerang duas vezes, na tentativa de atrasar os diabos.

Já tinham cruzado metade do caminho quando algo entre os túmulos chamou a atenção de Oliver.

A figura de um Frade idoso lhe encarava a distância. Tinha o rosto enrugado pela idade, mas mesmo assim dava para perceber os traços de preocupação, quando acenou para que lhe seguisse. O adolescente dobrou as sobrancelhas, encheu o corpo de coragem e alterou sua rota, correndo na direção do idoso.

Se quer se importou com os protestos de Kael que, sem opção, lhe seguiu logo atrás, correndo a plenos pulmões com os Belzebules acompanhando cada movimento, saltando entre as lápides. Oliver corria guiado pelo estranho Frade que parecia teleportar-se entre os corredores, indicando com gestos para onde o garoto deveria seguir – dobrando corredores e saltando obstáculos.

Finalmente o clérigo surgiu parado a frente de uma enorme lápide com as estátuas de dois anjos ao redor. Oliver parou sua corrida ficando cara a cara com o Frade idoso. Kael surgiu logo depois virando-se de costas e levantando os escudos quando os três Belzebules pularam na sua direção.

Contudo, assim que os monstros cruzaram o ar ao redor das estátuas, foram tomados por chamas rubras. Entrando em autocombustão até não sobrar nem suas cinzas, desaparecendo por completo em pleno voo.

Kael abaixou os escudos e olhou para trás, vendo pela primeira vez a figura do Frade que abriu um modesto sorriso e cruzou as mãos. Oliver se aproximou do homem e levantou a mão para tocá-lo, mas foi só piscar para que a imagem clerical desaparecesse.

No chão, logo abaixo de onde estavam os pés da aparição, havia uma sepultura.

"Frei Abelardo Suassuna. 1942 - 2021"

"Santo homem, descansa agora com os anjos. Amigo dos enfermos. Guia dos perdidos."

***

O grupo mudou seu local de reunião devido a nova descoberta feita por Oliver. Pelo comunicador Kael foi informado que estavam todos bem, apesar dos encontros nada auspiciosos com os diabos devoradores de carne. Seja essa viva ou morta.

Cerca de dez minutos depois, chegaram as outras duas duplas. Igualmente sujos e fadigados pelo recente combate. Tinham lutado juntos contra os monstros, bem na frente da igreja. Por sorte ninguém tinha se ferido, graças ao trabalho em equipe e quantidade reduzida de oponentes.

— Encontramos o tal Frei, e aí? — questionou Pedro e todos olharam para Oliver.

— Então. — pigarreou o rapaz antes de continuar. — A pista dizia que um Frade esconde segredos melhor do que um Padre. A julgar que o Frei Abelardo era alguém importante pro meu pai, acredito que ele tenha sido enterrado com alguma coisa relevante. Sabe o que dizem, não é? "Levar o segredo para o túmulo" e tal.

— Você quer cavar o caixão para fora? Profanar o túmulo de um Frade? — calculou Ariel, franzindo o cenho e o garoto confirmou com receio, enquanto o grupo julgava a ideia em silêncio.

— Eu pego a pá. — respondeu Aiyra depois de um suspiro. — Tenho uma na carroceria da caminhonete.

— Por que andas com uma pá? — indagou o europeu, levantando as sobrancelhas.

— Ofícios do jornalismo. O glamour é só para a TV. — respondeu a garota.

— Eu vou com você. — Ofereceu-se a centuriã e logo partiram as duas juntas.

— Deve ter outra por aqui em algum lugar, né? — sugeriu o cupido e logo os que sobraram se dividiram por perto.

Pouco tempo depois, o grupo estava de volta sob o túmulo do Frei. Kael havia achado uma segunda pá e juntos, humanos e anjos, cavaram a terra até chegar no caixão. Pedro foi o responsável por abrir a tampa. Tinha até colocado a mão no rosto, esperando o cheiro da morte invadir o ar, mas não foi o que aconteceu.

O corpo do homem estava em perfeito estado. Pálido e engelhado, contudo, intocado pelos vermes e decompositores. Sob os braços frios ele abraçava uma pasta fichário, cheia de flores murchas ao redor.

Sanctus Incorruptos... — murmurou o cupido e os outros anjos proferiram um amém.

Kael retirou o objeto, estranho para um funeral, das mãos flácidas do santo e entregou para cima, nas mãos de Oliver. A curiosidade foi o que levou os outros a se apertarem perto do menino, enquanto Pedro e o guardião saiam da cova recém cavada.

A pasta continha uma ordem de fichas de A à Z, com nomes próprios nos títulos. Ana, Filipe, George, e vários outros. Dentro haviam fotos, cartas e notas do Frei sobre as crianças que ajudou em seu tempo de vida. Acompanhando-as desde a infância até a vida adulta quando voltavam para ver o velhinho e agradecê-lo.

O garoto passou as fichas com pressa até chegar na letra U e gelou quando viu que entre os títulos estava aquele que procurava. Ulisses Dornellas. 

Evoker - A Relíquia QuebradaOnde histórias criam vida. Descubra agora