Oliver é um garoto genial. Mas quando é atacado por diabos na sua escola, descobre que não sabe nada sobre o mundo real. A adrenalina do momento desperta estranhos poderes pirocinéticos no garoto que mesmo assim precisa ser salvo por Kael, seu anjo...
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Agora pode ler em paz hahahaahaha
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A tenda era até confortável (para padrões militares). Tinha duas camas metálicas com uma mesinha entre elas e iluminação elétrica. Oliver pegou a cama da esquerda, pois sabia que o seu amigo europeu tinha um toque supersticioso com qualquer coisa nessa direção.
Estava guardando sua mala embaixo da cama quando viu o diretor passar pela cortina de entrada.
— Tudo ok, por aqui? — perguntou o homem com um sorriso curto e o alquimista assentiu.
Cesar foi até a cama e sentou-se, balançando-se para testar o fino colchão que lutava contra as molas metálicas, rangendo a cada sacodida.
— Até que não é tão rum, não é?
— Já usei camas piores — zombou o rapaz, soltando uma risadinha. — Mas o Pedro vai reclamar, com certeza. O senhor o viu?
— Eu andei investigando o que você disse sobre suas visões, Oliver. — comentou o diretor de repente, chamando a atenção do garoto para outro tópico. — Você disse que tinha visto uma gruta perfeitamente oval e um teto de capela acima, correto?
— Isso. Era escuro, mas deu para notar que tinha um teto de madeira ou algo assim.
— Por acaso se aparece...com esse aqui? — questionou o diretor sacando seu celular. Ele selecionou uma imagem e entregou ao menino.
Oliver arregalou os olhos. Era uma foto do próprio diretor na frente da mesma construção que tinha visto em sonho. Estava de dia na imagem, então pôde ver melhor os detalhes da tal gruta que na verdade era um buraco na rocha e acima havia uma pequena cabana de madeira em forma de V. Facilmente confundida com uma pequena capela.
— Pela sua reação, deve ser esse mesmo.
— O próprio! — exclamou Oliver. — Como descobriu?
— Pensei comigo mesmo quais são as capelas que possuem grutas tão expostas na porta. Não são muitas. — zombou o diretor, dando uma risadinha nasal. — Então lembrei do Forno da Cal, que poderia ser confundido com uma pequena igreja em ruinas.
— Onde fica esse forno?
— Por sorte, esse da foto foi tirada aqui mesmo, em Itamaracá. — Confirmou.
Oliver arregalou os olhos e não pôde segurar o sorriso de satisfação que brotou nos lábios. -Acha que meu pai está lá?
— É apenas um palpite, claro. — respondeu dando de ombros. — Mas a ilha é muito antiga e vários conflitos ocorreram por essas terras, mesmo antes dos colonos. Eu não descartaria a possibilidade de outra Ponte para Se'ol por aqui.
