Oliver é um garoto genial. Mas quando é atacado por diabos na sua escola, descobre que não sabe nada sobre o mundo real. A adrenalina do momento desperta estranhos poderes pirocinéticos no garoto que mesmo assim precisa ser salvo por Kael, seu anjo...
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Agora pode ler em paz hahahaahaha
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Escura como uma noite sem estrelas. A obsidiana era grande o suficiente para caber na palma da mão de Ursula. Bem maior do que as quatro do ILN, mesmo que juntas. Não era à toa que o Forte Orange estava sob uso tão restrito.
Todo o espaço dentro do Baluarte tinha sido reservado para a pedra mística que até então repousava encima de um pequeno pilar metálico, bem no centro. Ela pôde sentir a barreira desaparecer logo depois de retirar a obsidiava. Finalmente teria tempo para fugir e...
De repente, uma seta sibilou no ar, raspando a bochecha da xamã serpente e penetrou a parede rochosa. Ursula se virou a tempo de ver Natália colocando outra flecha no arco.
— Por favor, professora, venha comigo sem reagir. — pediu educadamente a arqueira vidente.
— Você sabe que perdeu sua única chance de acertar uma dessas em mim, não é, querida? — sorriu a xamã com boca de víbora, metamorfoseando seus olhos em seguida.
— Por favor. — repetiu Natália, puxando ainda mais o fio da arma.
Ursula gargalhou sacodiu a rocha na mão para depois abocanha-la, engolindo a obsidiana como uma serpente devora um ovo. Enxugou os lábios, melados de saliva, e fitou os olhos de Natália que nem piscavam.
— Espero que Agnes também tenha ensinado a fugir. — provocou a secretaria ao sacar eu chicote da cintura.
Subitamente, Ursula disparou na direção da aluna, correndo em ziguezague para desviar das flechas mortais que foram lançadas logo em seguida. A flexibilidade das juntas da xamã serpente eram impressionantes. Mesmo a oráculo prevendo seus movimentos, não conseguia acompanhar a agilidade do corpo tão maleável da mulher.
Depois de errar três disparos, Natália deu uma rápida cambalhota para o lado, esquivando-se do ataque de chicote que castigou o chão onde estava a menina. A arqueira se levantou, mas não teve tempo de recarregar sua arma, pois a oponente já atacava mais uma vez.
Ursula girou o chicote duas vezes no ar e a arma serpenteou até a menina que se defendeu com o arco. A secretária sorriu no canto dos lábios e forçou o cabo do chicote para baixo, enrolando a ponta do cipó na arma da garota.
Quando a oráculo percebeu seu erro, já era tarde demais. Ursula puxou seu chicote, desarmando a garota e lançando o arco para o outro lado da sala.
A secretária sorriu mais uma vez e enrolou o açoite de couro na mão enquanto caminhava na direção da arqueira que agora levantava os braços, de punhos cerrados.
